Roger Responde 165 – Impressões sobre o filme “A Viagem” (“Cloud Atlas”)

165 – Pergunta (11/02/2013): Roger, creio que você  já assistiu o filme que estreou semana passada nos cinemas: “A Viagem”  (título original : “Cloud Atlas”). Este filme é dirigido pelos “irmãos Wachowski”, que são os mesmos diretores da trilogia Matrix, que você cita em alguns dos seus livros. É um filme que aborda os temas reencarnação e espiritualidade. Eu gostaria que você fizesse alguns comentários sobre o que achou do filme. Desde já fico muito agradecido. Deus te abençoe!

Roger: Sim, eu assisti. Achei o filme bom em diversos momentos. Principalmente na ligação entre o escravo e o advogado, quando este fala para o advogado que somente o que importa é o olhar (a conexão) entre eles, e que as diferenças sociais nada representam. Achei também muito especial o desencadear destes personagens nas encarnações futuras, lutando pela causa do fim da escravatura nos EUA e, depois, no futuro, pela causa do despertar da consciência humana, que, de certa forma, é uma representação do trabalho que o Universalismo Crístico procura realizar nos dias de hoje.

Contudo, o filme é muito longo e confuso em diversos conceitos. Creio que se eles tivessem um consultor brasileiro sobre os temas espiritualidade e reencarnação chegariam mais próximo de uma mensagem  positiva, clara e de fácil entendimento. Nós brasileiros estamos mais familiarizados com os conceitos de carma e reencarnação. No último “ciclo de encarnações” do filme, é mostrado um futuro onde a Terra está destruída e seres mais avançados ajudam os habitantes primitivos, semelhante a narrativa de nosso livro “Atlântida – No Reino da Luz”, mas com outro contexto. Esta futura Terra, destruída e primitiva, também foge das informações espirituais que 99% dos médiuns recebem em suas comunicações. No entanto, os diretores deste filme são leigos. Abordam um tema que não possuem muito conhecimento. Além do que, o filme é baseado em um livro homônimo, de David Mitchell chamado, obviamente, “Cloud Atlas”. Portanto, devem ter apenas adaptado o seu roteiro às informações trazidas neste livro.

O aspecto filosófico do filme é bem interessante, algo típico nos trabalhos dos “irmãos Wachowski”. Gostei muito da abordagem de estarmos todos interligados e que fazemos parte de algo maior, que é a humanidade como um todo. O conceito de que “ todos somos um”, que nós trabalhamos bastante em nosso último livro “Universalismo Crístico Avançado” e que a Alta Espiritualidade da Terra está dando cada vez mais ênfase desde a entrada do século vinte e um, foi abordado de forma inteligente, apesar de muito brevemente, haja vista a longa duração do filme.

O filme oscila entre momentos magníficos e outros muito pobres. O momento em que tentam fazer uma comédia com os idosos fugindo do sanatório é cansativo e totalmente dispensável, ainda mais em um filme com duas horas e cinquenta minutos. Mesmo assim, como são muito raros os filmes com abordagem espiritual, creio que vale a pena assistir, e rever, para entender os pequenos detalhes que são difíceis de serem percebidos na primeira vez que se assiste.

Em resumo, a minha avaliação do filme se resume àquele famoso ditado: “Em terra de cego, quem tem um olho é rei!”. Espero que no futuro tenhamos muitos bons filmes com abordagem espiritual de qualidade.

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