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Roger Responde 199 – Quem criou o mal? Se nós nascemos de Deus, que é só bondade e amor, de onde surgiu o mal?

199 – Pergunta (07/10/2013): Prezado Roger, venho alguns dias questionando-me a respeito de um assunto que muito me intriga. Deus na criação dos espíritos os fez simples e ignorantes, ou seja, sem ciência de nada, como está escrito no livro dos espíritos. Esses espíritos também tinham o livre-arbítrio, como temos hoje, porém como um espirito criado por Deus pode no inicio de sua jornada evolutiva optar, através do livre-arbítrio, o caminho do mal se o mesmo nem existia, uma vez que no princípio havia só Deus e sendo ele só bondade e amor não poderia ter criado o mal? E mais, se foi o homem quem criou o mal ele não poderia ter saído de Deus que é um ser perfeito e só faz o bem. Mas o mal existe… É um fato, então quem o criou?! Ou será que a maldade não existe, talvez seja apenas nosso estado evolutivo que não permite ver as coisas como ela realmente são… Desculpe-me pelo tamanho da pergunta, é que as duvidas foram aparecendo enquanto escrevia. Responda-me se puder e quiser. Grande abraço e fique com Deus.

Roger: Querido amigo, o mal não existe. Ele é apenas a ausência do Bem. Assim como a escuridão se trata apenas da ausência de luz. Deus não criou o mal, mas ele passa a se manifestar quando ocorre a falta do bem e do amor. Logo, o mal não é criação divina, mas sim um subproduto da imaturidade espiritual dos filhos de Deus em seus primeiros estágios de evolução. O ato de andar de bicicleta não preconcebe a queda do ciclista, mas a imperícia deste em dirigir a bicicleta pode ocasionar a queda.

Em geral temos aquela visão de duas grandes e poderosas facções: os agentes do Bem e do Mal. No entanto, só existe o Bem e um grupo de espíritos rebeldes, que mesmo sendo poderosos, são apenas almas em provisória desarmonia com a criação de Deus, que leva inevitavelmente ao Bem e ao Amor. Só que nós, por ainda estarmos limitados à precária consciência da vida física, vemos o mal como uma força gigantesca. Mas o mal não é forte por si só. Ele precisa de dois elementos para vencer-nos: o nosso medo e a nossa imperfeição moral. Até os poderosos magos negros sabem disso. Eles só se aproveitam da ignorância do homem comum para imporem-se.

O maior mal (e mais poderoso de todos) é apenas a nossa ignorância, que nos leva ao erro, sendo que errando prejudicamos a nossa caminhada para a mais breve felicidade. Aos olhos de Deus, o mal do homem é algo inofensivo que serve apenas como mecanismo de despertamento para o próprio homem. Nunca existiu uma guerra épica entre o Bem e o Mal. O homem que acredita existir essa batalha dual, por ser ainda pequeno demais para compreender a magnitude de Deus, que foi, é e sempre será Único e Soberano.

As forças do mal que tememos são apenas o medo do desconhecido e do fruto de nossas próprias imperfeições, que geralmente apontamos como resultado da ação dos agentes das trevas. Naquela tentativa tão comum de colocar a responsabilidade de nossos erros e atos na ação dos outros, em vez de assumirmos a nossa responsabilidade de nos autoconhecermos e nos tornarmos pessoas melhores. Todo o Bem e o Mal moram dentro de nossa própria mente e coração. O Bem é a plenitude de Deus. O Mal é a ilusão que construímos devido a nossa ignorância e imperfeição. Um é Luz, o outro é ausência dela.

 

Roger Responde 135 – Teorias espirituais e prática dos valores crísticos

135 – Pergunta (16/07/2012): Olá Roger, tudo bem?Tenho observado inúmeras pessoas que dizem ser pessoas despertas para a Nova Era, porém também observo que elas geralmente estão focadas a assuntos de destruição da Terra, de como se “salvar”, falam muito de governos ocultos, iluminattis,chips,implantes etc..etc… Sinto, muitas vezes, um grande desconforto nessas pessoas, porque de uma certa maneira, elas me passam grande agressividade aos nossos próprios irmãos da Terra… Já ouvi referências e eles como “ignorantes da Terceira Dimensão”…como se eles fossem muito mais elevados…Não sei, mas não os vejo falar de amor, fraternidade, humildade, carinho e respeito…
Por isso venho te perguntar: Será que realmente preciso deixar de ser alienada sobre esses assuntos sombrios e enfrentar o medo e desconforto desses assuntos? Ou, estou no caminho correto, onde escolhi somente o amor, a alegria, e o respeito, deixando esses assuntos de lado e seguindo adiante, perante as minhas escolhas internas???? O que fazer, quero seguir o melhor….Que assim seja, amigo da luz!
Obrigada por me ouvir e responder aos meus questionamentos internos…paz, luz e amor, para todos nós!

Roger: Esta é uma pergunta interessante. Até porque tenho me perguntado a respeito disso também. Os estudos espirituais e a busca pela consciência espiritual tem levado as pessoas a uma frieza e indiferença preocupante. Isso também tem me afetado em alguns momentos e, certamente, não é legal. A essência e fator fundamental do processo de espiritualização é tornar-se uma pessoa melhor, adquirindo bons valores espirituais e humanos, buscando harmonizar-se com tudo e todos. Se começamos a nos tornar intolerantes, vaidosos e preconceituosos porque o resto da humanidade se encontra distante do caminho da Luz, algo está muito errado em nossa busca. Por isso devemos refletir até que ponto é válido todos esses estudos e teorias que, algumas vezes, parecem não nos levar a lugar nenhum. Sem contar que alguns desses estudos são de natureza duvidosa, ou seja, crenças de difícil credibilidade e que nada acrescentam para a nossa evolução.

De outra forma, existe o lado negativo daqueles que não estudam nada sobre isso e acreditam que viver no amor, alegria e respeito resume-se a somente aquilo que ele acredita serem essas virtudes. Mas na verdade está mascarando os seus próprios defeitos, vivendo escravo das convenções distorcidas humanas. Em resumo, vivendo uma vida de alienação onde acredita que o seu modelo de mundo é um conto de fadas perfeito, mas que, na verdade, não lhe traz evolução nenhuma. Uma boa forma de medir isso é ver se o seu comportamento perante a vida tem lhe trazido bons resultados. Se a sua vida (e daqueles com quem convive) está sempre enfrentando problemas e situações negativas é porque a aparente semeadura de luz, na verdade é uma ilusão. Já é hora de a humanidade entender que o verdadeiro amor não se resume a apenas em ser meigo e compassivo. Exige também sabedoria. Muita sabedoria! Há momentos em que a determinação, a franqueza e a convicção de ideais forjam os bons valores que precisamos conquistar para evoluirmos. Não podemos inverter valores. Quando a sinceridade é vista como grosseria e a hipocrisia como educação, estamos caminhando por uma via perigosa que leva ao sutil mascaramento de nossas imperfeições. O verdadeiro amor é aquele que adquirimos através da consciência espiritual. Não basta somente sermos querido com as pessoas.

Logo percebemos, mais uma vez, que Hermes tem razão quando no diz que o equilíbrio é tudo! No quinto princípio da tábua de Esmeraldas, o “princípio do Ritmo”, ele nos afirma que tudo flui, fora e dentro. Tudo tem as suas subidas e descidas, assim é a vida. O ritmo compensa e mantém o equilíbrio. O sábio deve saber comandar os ciclos vitais seguindo o seu fluxo, nunca violentando-os! Ele sabe que tudo possui a sua época e que a balança oscila de acordo com o peso específico de cada ação. O sábio deve ser puro equilíbrio!

Sendo assim, temos que encontrar o meio termo para essa questão. Buscar exercitar diariamente os bons valores espirituais, vigiando-nos para não entrarmos na sintonia equivocada da intolerância, arrogância e vaidade e, ao mesmo tempo, buscar estudar o que realmente é importante na filosofia espiritual. Não é necessário adentrar nestes temas pouco produtivos como os citados acima na pergunta. Realmente, eles são apenas informátivos e, algumas vezes, apenas especulativos. Porém, entender e fazer reflexões sobre os excelentes ensinamentos da filosofia espiritual que temos ao nosso alcance, através de toda a literatura espiritualista, é fundamental para adquirirmos a verdadeira compreensão do amor, que tanto almejamos conquistar.

Roger Responde 131 – Aquecimento global e consequências.

131 – Pergunta (18/06/2012): Sabemos que o aquecimento global atual é intensificado pelas atividades humanas ambientalmente insustentáveis , como a indústria, a queima das florestas tropicais, a predominância da matriz energética não-renovável (petróleo, carvão, gás), etc. Mas é apenas isso ou o aquecimento do planeta também é resultado de um carma negativo coletivo da humanidade acumulado durante toda sua história? Nesse caso, o planeta cessaria de aquecer na Nova Era que está para iniciar, possibilitando uma vida saudável e confortável para todos os eleitos, os da “direita do Cristo”?

Hermes/Roger: Os carmas, tantos individuais como coletivos, não ocorrem devido a uma punição divina infundada. Tudo no Universo segue uma perfeita ordem harmônica com a finalidade de provocar um aprendizado na escola que é o nosso planeta. O aquecimento global segue a um processo natural da lei de ação e reação. O homem agride a natureza e portanto colhe a natural reação de sua atitude inconsequente.

Hoje em dia, os efeitos são cada vez mais visíveis por causa do aumento populacional e da obsessão consumista exacerbada. Para manter o motor da economia mundial em pleno funcionamento, os indivíduos menos conscientes são estimulados a um consumo desenfreado, mesmo sem teres condições financeiras para isso, utilizando-se de financiamentos cada vez mais longos, comprometendo suas rendas, as vezes, por toda a vida. Dessa forma, os recursos naturais são exauridos de forma nunca antes vista. Essa produção alucinante, intensifica a emissão de gases poluentes levando a saturação da atmosfera do planeta como nunca se viu.

Os carmas são modificáveis, a partir do despertar e do aprendizado do motivo que o gerou. Tanto os carmas individuais como os coletivos seguem esse princípio. Esperamos que as reflexões ecológicas semelhantes a que estão ocorrendo nesse momento na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, mais conhecida como a “Rio+20”, despertem a humanidade, tanto indivíduos como empresários e políticos, para que toda a nossa ação diária com relação a natureza seja analisada, em busca de soluções. Os danos que causamos em nossa “casa maior” precisam ser analisados e a humanidade como um todo precisa tomar consciência do preço a ser pago pelas gerações futuras. Só modificaremos esse “carma planetário” com uma ação conjunta e consciente para reverter o mal que estamos causando à Gaia, nossa mãe Terra. E como “somos todos um”, naturalmente precisamos tomar consciência de que estamos agindo contra nós mesmos.

O planeta só cessará de aquecer quando a humanidade utilizar energias limpas e promover atividades humanas ambientalmente sustentáveis. Não basta a humanidade tornar-se melhor apenas em valores espirituais, bem que, proteger a natureza, não a poluindo e destruindo, é atitude de almas de elevados valores espirituais. Infelizmente, hoje em dia, existe ainda uma dissociação de espiritualidade e ação humana. Isso é possível perceber nos maus tratos para com os animais, poluição ambiental, degradação da natureza, consumo de produtos antiecológicos, etc. por pessoas que se dizem religiosas e espiritualizadas. Mas esse é um cenário que mudará com a humanidade do futuro. Os eleitos para a Nova Era, os da”direita do Cristo”, serão plenamente conscientes e terão esses valores de preservação da vida naturalmente, revertendo, portanto, o atual cenário que coloca em risco a vida em nosso mundo.

Nada foge ao controle do Espírito Criador. Antes de destruirmos o planeta, uma nova consciência estará implantada. Ou pela nossa mudança, a partir de nosso aprendizado humano e espiritual, ou através das almas que encarnarão no planeta nas próximas gerações. O exílio das almas rebeldes para um mundo primitivo tem, também, essa finalidade: proteger a Terra da ação destrutiva de almas primárias. Deus não permitirá que “macacos vivam em um palácio de cristal”, ou seja, espíritos brutais e primários, dominando tecnologias destrutivas em um mundo já saturado como a Terra. Somente seres conscientes e responsáveis, que amem e respeitem seus semelhantes e o planeta como um todo, terão a oportunidade de seguir evoluindo na escola Terra nas gerações futuras. Eis o novo ciclo evolutivo de nosso mundo.

Roger Responde 128 – Qual o objetivo de evoluirmos?

128 – Pergunta (28/05/2012): Qual o verdadeiro e maior objetivo da evolução? Onde vamos parar ou em que nos transformaremos (daqui a milhões e milhões de anos) quando tivermos evoluído o máximo possível? Qual o objetivo de Deus ou dessa Grande Organização (como gosto de chamar) em evoluir tudo? É por acaso acabar com toda energia negativa que existe em todo o Universo? Tá! Mas e depois? Depois que tudo estiver na paz e completo? Obrigada!

Roger: Essa pergunta é daquelas bem complicadas de responder, simplesmente porque transcende a nossa capacidade de entendimento. Ela é o mesmo que perguntar o que é Deus? Qual a sua Natureza? Como pode Ele não ter tido um princípio? É possível sempre existir? O nosso entendimento de “criaturas” é limitado, por isso não conseguimos conceber o “Criador Incriado”! Como fomos criados em determinado momento, torna-se difícil conceber Deus, que sempre existiu. Absolutamente fora do espaço-tempo, sem princípio nem fim.

O objetivo da evolução é nos tornarmos seres semelhantes ao Pai, através de um processo longo e infinito de evolução. Nunca chegaremos até Deus, porque ele também está em constante processo evolutivo, assim como o Universo, seu corpo físico, está em constante expansão. Somos partes de Deus, centelhas divinas, mas jamais conseguiremos igualá-lo, porque ele é o Todo, nós somos partes incompletas, sem Ele e sem a integração com a família universal. Somos todos um!

Em nosso atual momento evolutivo lutamos para perceber e aprender os valores crísticos, contudo, nos séculos futuros ingressaremos em um processo de aprendizado que hoje em dia nem conseguimos sonhar, muito menos compreender. Atualmente nos é impossível compreender Deus em sua absoluta magnitude. Por isso as religiões possuem verdades relativas. Elas são aquilo que conseguimos compreender. Explicar Deus e o objetivo da evolução é o mesmo que explicar a grandiosidade dos oceanos a um peixe que vive confinado ao limitado mundo de seu aquário.

Por isso só nos resta caminhar passo a passo, compreendendo e evoluindo a cada dia. Buscando nos tornarmos pessoas melhores e sintonizadas com o Grande Plano. E meditar e refletir sobre a grandiosidade de Deus, do Universo e da vida criada por Ele. Contudo, mergulhem com cuidado e os pés no chão. O tema é tão transcendental e além de nossa compreensão que pode nos levar à loucura.

Roger Responde 125 – Aborto em bebês anencéfalos

125 – Pergunta (07/05/2012): Olá Roger, tudo bem? Você poderia me elucidar uma questão? Gostaria de saber qual a posição Universalista acerca da temática do aborto em bebês anencéfalos… Sou a favor da vida, mas quando entra em questão a vida da mãe, entro em conflito… Você poderia me ajudar a clarificar essa questão que me afeta tanto o íntimo? Afinal, tendo a mãe risco de vida, ela não deve ser preservada?

Roger: Amigos, recebi dezenas de emails a respeito dessa questão que foi aprovada no Congresso faz poucas semanas. Vale ressaltar que foi aprovado o direito de realizar o aborto, e não a sua obrigatoriedade. O livre arbítrio de cada um, nosso direito mais precioso, está preservado. No entanto, vale algumas considerações para que seja tomada a decisão consciente.

Esse é um assunto muito delicado e que devemos opinar com prudência. Na compreensão que tenho das coisas que me foram passadas até hoje pelos mestres, entendo que o aborto só deve ser realizado quando existir risco de morte da mãe. Se for esse o caso, indiscutivelmente sou favorável a realização do aborto. Caso não seja esse o caso, sou contra até mesmo ao aborto em situações de estupro que não haja risco de morte da mãe. A experiência na vida humana é um campo de aprendizado de Deus, e não obra do acaso. Não vivemos situações as quais não necessitamos passar. Colhemos o que plantamos e vivemos segundo a lei de “ação e reação”. A gestação de um filho concebido em um ato de estupro ou com deficiências pode resultar na encarnação de um espírito iluminado que irá trazer grande aprendizado para os pais e para o meio onde viverá. Não devemos nos focar somente na “casca” e/ou na situação trágica da concepção.

Logo, nada ocorre por acaso. A gestação de anencéfalos trata-se de um aprendizado para os pais e um processo de retificação cármica para o espírito que está ligado a esse corpo em formação, com o objetivo de reconstruir o seu corpo perispiritual degradado devido a algum ato destrutivo de suicídio. Nessas situações, geralmente os pais e o nascituro estão ligados por laços cármicos, e é um gesto de generosidade dos genitores acolhe-lo até o momento de sua inevitável morte prematura, permitindo assim a reconfiguração de seu corpo perispiritual através do molde físico transitório. E, também, essa gestação serve de instrumento para amenizar as dores de sua alma sofrida, através do amor que receberá de pais conscientes que lhe devem dirigir pensamentos e sentimentos de amor. Se não implica em risco direto de morte para mãe, por que não realizar o gesto generoso de vibrar com energias de amor para esse irmão que necessita de carinho e encontra-se acolhido em seu útero?

É um tema realmente difícil e delicado. E nós, espíritos encarnados, por mais contato que tenhamos com a Espiritualidade Superior, não temos todas as respostas. No entanto, creio que o gesto mais sensato e de acordo com a vontade divina, é o de respeitar essa aparente “obra do acaso”, com uma predisposição e determinação divinas de fazer o bem ao nosso semelhante, no caso, o feto anencéfalo.

Ninguém vive experiências as quais não necessita para seu aprendizado. Acreditar no acaso, é não crer na Inteligência divina. Infelizmente, a humanidade ainda vive muito distanciada do saber espiritual para compreender o quão importante é esse gesto de amor de permitir que essa gravidez siga o seu curso normal. A realidade espiritual ainda é invisível aos olhos dos leigos. Na minha opiniãoa lei está certa em não ser proibitiva. O que falta em nossa humanidade é o desenvolvimento da consciência espiritual para saber decidir qual o caminho correto a seguir.

Além disso tudo, achar natural o aborto de anencéfalos pode ser o primeiro passo para justificar o aborto de qualquer outras situações de gestações fora dos padrões da normalidade. E em breve poderemos até mesmo estarmos abrindo as portas para interromper, de forma aparentemente justificável, gestações de crianças que não nasçam loiras e de olhos azuis por meio de técnicas de engenharia genética. A defesa do aborto, seja de que forma for, permite a humanidade inconsequente caminhar em direção a um pensamento nazista e típico dos magos negros atlantes, assim como narramos no livro “Atlântida – No reino das trevas”, onde se procurava dar oportunidades de reencarnação somente a filhos ditos perfeitos. Os demais deveriam ser eliminados.

 

Roger Responde 047 – As origens atlantes das lendas mitológicas (Arca de Noé, deusa Ártemis, Odin, Thor etc)

047 – Pergunta (08/11/2010): No momento em que os atlantes-capelinos estavam construindo os barcos para partirem da Atlântida, antes de seu afundamento, me veio a ideia de que esse acontecimento deu origem a história da “arca de Noé”. Será que é possível, já que o livro nos mostra tantos exemplos de crenças e lendas que se construíram a partir dos fatos acontecidos na Grande Ilha? Assim como as lendas da deusa Ártemis, dos deuses escandinavos, Odin e Thor, etc…

Roger: Sim. São tantas informações nesse último livro que algumas nos “escaparam” em sua elaboração. Como já relatamos no livro “Moisés – Em busca da Terra Prometida”, quase a totalidade dos textos do Velho Testamento são baseados em lendas ou, então, em linguagens figuradas, interpretativas, das coisas como realmente aconteceram. É só analisarmos a partida dos atlantes-capelinos da Atlântida, antes de seu trágico fim, e rapidamente podemos perceber que a lenda de Noé se enquadra facilmente na interpretação desse acontecimento.

Inclusive, a decadência da sociedade atlante reflete diretamente a narrativa de que “Deus decidiu destruir o mundo por causa de sua perversidade”. Imaginem os primitivos habitantes do mundo primevo interpretando os acontecimentos fantásticos que se sucederam através de sua estreita visão de mundo… Fica fácil compreender que não poderíamos ter interpretações muito diferentes desta. Por fim, “Deus faz um pacto com Noé e sua descendência”, que nada mais é do que o compromisso dos atlantes que se salvaram do afundamento da Atlântida no sentido de trabalhar ativamente pela evolução das civilizações do mundo primevo.

Como afirmei na pergunta anterior, em uma futura adaptação para o cinema, com mais calma e tranquilidade, deveremos encadear todos esses fatos. Para escrever um livro por ano, tenho que me desdobrar em meu trabalho profissional e demais atividades para dar conta da agenda designada pelos mentores espirituais. Não sou um Dan Brown que ganha milhões a cada publicação e tem até um escritório de pesquisas para fornecer informações que atendam aos seus futuros livros. Além disso, estou longe de uma mediunidade brilhante e de uma capacidade de trabalho notável como a de Chico Xavier, apesar de todo empenho de Hermes e da equipe espiritual nesse sentido. Logo, o leitor terá que perdoar esses pequenos lapsos desse escriba que lhes escreve. Meus agradecimentos ao leitor que elaborou essa pergunta, e por mais essa importante lembrança que não deveria ter ficado de fora do relato oficial do livro.

Roger Responde 040 – Falhas na missão de Akhenaton e seu legado.

040- Pergunta (20/09/2010): Gosto muito de seus livros, e acredito que o Universalismo Crístico responde a muitos de meus questionamentos pessoais. A respeito do livro Akhenaton tenho uma séria dúvida e angústia. Ele foi o único de seus livros que não consegui ler até o fim. Explico. A mim, me pareceu que a forma de Akhenaton ao administrar os negócios públicos do Egito (tendo que conciliá-las com as necessidades de implementação de uma nova consciência coletiva considerando os anseios e crenças do povo da época) não detinha capacidade política e administrativa suficientes para isso. A mim, me pareceu que em alguns momentos ele agia como um autista feliz, sem conseguir interpretar o mundo real em que ele vivia e sem compreender os imperativos e as necessidades que o cargo dele,enquanto administrador de um Estado exigia. Era como se ele quisesse colocar o mundo de cabeça para baixo em um curto período de tempo e esperasse que todo mundo agora soubesse andar em um espaço invertido. Os homens, seus valores, sua moral e suas instituições não mudam da noite para o dia. É um processo lento e por vezes silencioso e não é preciso colocar o mundo de cabeça para baixo para mudá-lo. A falta de expertise política de Akhenaton me deixou muito angustiada. Além disso, pergunto: se não há registros dos feitos de Akhenaton no mundo, melhor, se dele nada nos foi legado, a não ser aquilo que você relata, de que valeu aquela sua experiência para o mundo?

Roger: Entendo a tua pergunta. E ele mesmo, Akhenaton, reconhece que cometeu erros nesse sentido. No entanto, te pergunto, se a missão de Jesus não foi similar nesse sentido? O Mestre dos mestres também quis colocar o mundo de cabeça para baixo, atacando diretamente a estrutura corrupta do Sinédrio judeu, fato que o levou à crucificação. A única diferença era que Jesus não tinha o poder governamental, enquanto Akhenaton era o rei mais poderoso do mundo da época. Ele sonhou com um mundo de paz, sem guerras, sem violência. Como afirmam os egiptólogos modernos, ele era como um “hippie californiano” pregando a Era de Aquário com uma antecedência de mais de trinta séculos. Akhenaton era um homem muito a frente do seu tempo. E talvez seu maior erro tenha sido não perceber isso. Se tu leres o livro até o final, verás que nos últimos capítulos tem uma interessante reflexão sobre os egípcios não estarem preparados para essa mudança. Eles não tinham como crer em um Deus tão abstrato como Aton. Radamés reflete sobre isso após a morte de Akhenaton. Inclusive, a crença em santos, feitos de pedra, que perdura até os dias atuais, é um reflexo dessa dificuldade humana de crer em um Deus intangível.

Creio que Deus, em sua infinita sabedoria, programou a missão de Akhenaton para mostrar mais uma vez aos seus filhos que Ele sempre nos permite o caminho da evolução através do amor e da sabedoria. Por não seguirmos esse caminho luminoso, necessariamente temos que trilhar o caminho da dor e do sofrimento para despertar. E foi isso que fez o Altíssimo enviando cem anos depois Moisés para realizar o projeto que era imprescindível para evolução espiritual da Terra. Se tivéssemos lucidez espiritual, talvez perceberíamos que todo o sofrimento que enfrentamos é ocasionado por nossa cegueira espiritual. Quando nos afastamos do caminho harmônico, alertas amoráveis são acionados, mas geralmente estamos surdos e cegos a uma salutar reflexão, fato que desencadeia sobre nossas cabeças o terrível guante da dor para despertar-nos.

Os feitos de Akhenaton foram apagados da história. Até recentemente, devido a ignorância dos homens, seu reinado era desconhecido. Como eu disse, ele estava muito além do seu tempo. Agora a sua história está sendo reavivada em uma época de maior compreensão da humanidade. Tudo tem o seu tempo. O próprio Saint Germain, herdeiro do posto de governador espiritual da Terra para a Era de Aquário, sucessor de Jesus, é um ilustre desconhecido da grande maioria dos encarnados. Porém isso não será sempre assim. Tudo tem o seu tempo… Em breve conheceremos todo o trabalho realizado por esse grande mestre, desde os tempos em que era o notável mestre Kundô na Atlântida, passando por sua importante existência como José, pai de Jesus, momento em que ele foi bem mais que um simples carpinteiro, até chegar a sua encarnação excepcional como conde de Saint Germain, durante os eventos notáveis da Revolução Francesa, momento em que a humanidade despertou em sua consciência a importância do ideal de liberdade, igualdade e fraternidade, mesmo dentro de um período de terror, que ainda foi sucedido pelos impulsos ditatoriais de Napoleão Bonaparte e Adolf Hitler. Este último, fazemos interessantes análises durante o transcorrer de nosso último livro “Atlântida – No reino das Trevas”.