211 – Pergunta (30/12/2013): Roger, me ajude com argumentos para eu convencer meus amigos e familiares sobre a realidade espiritual que você disserta tão bem em seus livros. Quero que eles aceitem e abracem as minhas crenças, mas não consigo convencê-los. Muito obrigado!
Roger: Nestes últimos dias de 2013, somos chamados a muitas reflexões sobre toda a nossa caminhada espiritual. E em minhas reflexões particulares cada vez mais percebo que as crenças são secundárias. Por que ficarmos tentando fazer as pessoas crerem em algo que ainda não lhes toca o coração e não percebem como real? Por que discutir temas como “quem foi quem” em determinada encarnação, como fazem os espíritas? Ou se Jesus ressuscitou no terceiro dia e ele é o próprio Deus, como afirmam os católicos? Ou se devem ou não adorar e aceitar Maria e os demais santos como fazem os evangélicos? Tudo apenas crenças que separam em vez de unir.
O que realmente importa é analisar e refletir sobre todo o Bem e o Mal que fazemos aos nossos semelhantes. Vivenciar os valores crísticos de forma verdadeira e incondicional. Libertar-se de dogmas e rituais que escravizam e mergulhar verdadeira e sinceramente na busca de harmonizar o mundo ao nosso redor, sem hipocrisias, com gestos de bem querer a todos, sem distinções. Estes procedimentos são fatos universais de evolução espiritual, e não apenas crenças sectárias das religiões. Luz contra treva; real contra ilusão.
Relato informações espirituais nos livros, que escrevo junto com Hermes, que são vistas por muitas pessoas como sendo surreais. Mas o que realmente importa é o quanto aquelas informações e narrativas tornam os leitores pessoas melhores. Portanto, não procure jamais convencer essa ou aquela pessoa com as suas crenças. Não são as crenças que elevam as pessoas. E, sim, a forma como aplicamos elas em nosso dia a dia. Se nos tornamos pessoas melhores e mais agradáveis (a partir de nossas crenças), isso reflete de alguma forma no coração dos que convivem conosco, auxiliando-os a despertar.
A evolução espiritual é como as camadas de uma cebola. À medida que removemos cada camada em busca do âmago da cebola, aquela camada passa a ser uma etapa vencida. A essência é o real. Só que precisamos caminhar até ela, em camadas, passo a passo, acreditando (sem fanatismos) naquela visão momentânea que nos mostra o caminho para o verdadeiro real.
Desejo a todos que acompanham este nosso espaço de perguntas e respostas que tenham um 2014 repleto de felicidades e crescimento no desenvolvimento de sua consciência espiritual e humana. Precisamos de um mundo melhor. E para isto é importante que cada um faça a sua parte para harmonizar a grande família terrena. Amor, autoconhecimento e aceitação dos semelhantes. Eis o verdadeiro caminho evolutivo.