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Roger Responde 244 – Como despertar a humanidade para a responsabilidade de amar e respeitar todos os seres vivos, tanto na alimentação quanto nas relações humanas e sociais?

244 – Pergunta (06/10/2014):  Roger, a questão da alimentação vegetariana, vegana ou qualquer outra que respeite a vida é uma questão de consciência. Na atualidade a maior parte da humanidade não está com essa percepção; estão no conceito da cadeia alimentar que é “o maior come o menor”. A sociedade está longe de compreender que todos os seres vivos estão evoluindo cada um a seu tempo e da maneira que condiz com o seu grau de evolução. Essa Humanidade só mudará com a dor, e então teremos muitos entendendo que se alimenta para prover o nosso organismo de energia para a sua existência sendo uma ação de sobrevivência e não de prazer, claro que podemos nos alimentar para viver e com prazer, mas respeitando os nossos irmãos que também estão aqui, planeta Terra, para aprender e crescer como Consciências (Espíritos). E como o Amor ao próximo é a nossa busca, não podemos ter preconceitos de nenhuma pessoa, tanto racial, preferência sexual, preferência alimentar ou até de conduta dentro dos padrões do correto e do respeito ao “Próximo”. Nós nesse momento temos que fazer a nossa reforma íntima, que é uma ação continua e que nos levará a ter a consciência da certeza de como se alimentar, portar e conduzir a nossa Vida. Não devemos, caso não conseguirmos nos portar como a nossa consciência considera o correto,  nos culpar e com isso entrar em depressão. Não podemos desanimar se não conseguimos assimilar as regras de uma conduta correta,  sabemos que estamos numa escola, e devemos recomeçar sempre com o objetivo de Evoluir. Como você analisa a conduta da nossa humanidade nesse momento? O que podemos fazer para ajudar no despertar da humanidade?

Roger: Boa pergunta, querido amigo! Na semana retrasada respondi sobre a questão da alimentação e fui mal interpretado por alguns leitores que condenaram a minha “postura permissiva” com relação à alimentação carnívora. Mas quem sou eu para julgar e condenar? O Universalismo Crístico é baseado em uma filosofia de evolução gradual e progressiva. Não podemos nos comportar de forma fundamentalista. Sem dúvida, a postura correta e ideal é vivermos sem causar mal aos nossos semelhantes e demais seres vivos do nosso planeta. Inclusive no que diz respeito à alimentação.

No entanto, esta é uma realidade que ainda precisa ser construída individualmente no coração de cada um. Além disto, precisa ser uma ação de conscientização coletiva da humanidade para termos mais e mais opções e locais que sirvam comida que não implique na morte de animais. Conscientização, também, sobre maus tratos dos animais, como estas estúpidas e degradantes festas como touradas e farras do boi etc.  Sem dúvida, creio que esta meta será atingida através de um real despertar da humanidade em todos os campos, através da nova consciência que vigorará na Nova Era, como tu bem colocou em tua pergunta.

A mudança do planeta, em todas as áreas, seja na alimentação ou no comportamento fraterno passa por um despertar e uma libertação da alienação em que a humanidade vive. Sendo assim, como no momento cobrar de um ser entorpecido pelo ódio e pela ignorância, que inclusive prejudica os seus semelhantes sem remorso nenhum, muitas vezes matando, que ele venha a respeitar outras formas de vida?

E como devemos realizar o despertar da humanidade? Esta não é uma tarefa fácil. Mas o projeto Universalismo Crístico na Terra tem este objetivo. Semana que vem responderei uma pergunta sobre a humanidade estar madura para compreender o Universalismo Crístico. O UC é uma semente que está sendo plantada. Talvez floresça somente nas gerações futuras. Enquanto isso, devemos trabalhar com afinco para ajudar a esta bela árvore a criar suas primeiras raízes e fortalecer o seu caule para gerar muitos e muitos frutos no futuro. Como fazer isto? Creio que o caminho mais correto é tendo uma postura de aceitação, compreensão e entendimento para com as diferenças, aceitando ainda algumas posturas equivocadas do homem, mas convidando-o a reflexão para um novo entendimento da vida. Se agirmos com intransigência, seremos pouco menos que os fundamentalistas do Estado Islâmico, que desejam impor as suas crenças radicais através da força e da morte.

Roger Responde 242 – Alimentação vegetariana e o preconceito com relação às pessoas que comem carne.

242 – Pergunta (22/09/2014):  Roger, eu nunca tinha ouvido falar do Universalismo Crístico, mas quando entrei no site, sem querer, acabei gostando de tudo que li… Inclusive pretendo adquirir seus livros para estudo. Entretanto, eu gostaria de lhe pedir licença para fazer uma pergunta um tanto indiscreta, mas que não quer calar… Você é vegetariano? Pergunto isso porque, sendo você um gaúcho, deve adorar um churrasco… Mas na minha consciência, só podemos ser Crísticos de verdade se amarmos igualmente tudo o que há na natureza, incluindo-se é claro, os animais…

De qualquer forma, fico muito feliz pelo ensinamento que você está passando…

Roger: Bom dia, querido amigo, fico feliz em ver que várias pessoas estão “ouvindo falar” do Universalismo Crístico. Em um mundo com tantas opções e informações, como o que vivemos atualmente, é uma grande alegria percebermos que estamos conseguindo projetar este ideal que resume a essência de todas as religiões e todo o saber espiritual. Sobre a pergunta dirigida diretamente a mim, diria que sou um vegetariano sem preconceito. Apesar de ser gaúcho, não gosto de churrasco. Acho uma comida pesada, de difícil digestão e de uma vibração que prejudica os nossos campos sensoriais. E por incrível que possa parecer, os melhores restaurantes vegetarianos do Brasil, na minha opinião, estão em Porto Alegre. Melhores tanto na comida quanto no preço. Perto do meu trabalho existem diversos restaurantes vegetarianos fantásticos. O que facilita optar por essa alimentação mais saudável.

Entretanto, não tenho preconceito com quem come carne e jamais os ofendo quando vou almoçar ou jantar em suas casas. Até mesmo quando sou convidado a jantar em restaurantes que não possui outra opção, aceito sem problemas. Até mesmo porque aprecio, eventualmente, um bom peixe e até mesmo comidas feitas com aves. Procuro evitar de me alimentar de mamíferos, que são seres que já se encontram em um nível de consciência mais avançado e registram de forma intensa dor e sofrimento. Aves e peixes possuem cérebros apenas instintivos. Já a alma grupo dos mamíferos interage de forma mais profunda com seus cérebros que possuem razoável desenvolvimento do sistema límbico. Isto torna mais intensa e dolorosa a experiência dos abates. Basta ver que os mamíferos expressam sentimentos e, inclusive, choram e riem.

Respeito o excessivo amor de algumas pessoas a tudo que há na natureza, mas somos almas em evolução e é natural que o processo de evolução nesse quesito também ocorra de forma gradual. Respeito e apoio o trabalho de conscientização dos vegetarianos, mas desaprovo algumas atitudes agressivas e desrespeitosas para com aqueles que comem carnes e não comungam de seus ideais. O respeito e o amor são fundamentais para a construção de um mundo novo. Devemos respeitar a opção de nossos irmãos. É imprescindível defender nossas ideias sempre com gentileza e respeito. Assim como Jesus fez ao jamais condenar a alimentação de seus discípulos e dos costumes hebraicos. Na santa ceia teve um cordeiro na mesa. Mas Jesus o dispensou com gentileza e educação. Se Jesus visitasse as nossas casas, Ele nunca atacaria a bagunça moral e espiritual em que vivemos. Faria como fez em toda a sua vida humana, dar-nos-ia o seu bom e generoso exemplo. Quando viveu no mundo físico, Ele percebeu que era mais importante mudar a consciência humana para o amor e deixar que a reflexão evolutiva fizesse o resto.

A evolução espiritual passa primeiro pelo que “sai de nossa boca” e depois segue pelo “que entra em nossa boca”. Precisamos antes adquirir um bom coração e bons valores. Quando o homem aprender a amar verdadeiramente os seus semelhantes, terá dado um importante passo para entrar em outro nível evolutivo. Neste momento, a alimentação carnívora passará a se tornar algo do passado, naturalmente, sem brigas e desavenças entre os homens.