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Vibração Coletiva (29/01/2020) – Aprendendo a renunciar

Aprendendo a renunciar

              
A renúncia é um importante sentimento que deve existir no âmago de todo aquele
que busca a elevação espiritual, a partir do desprendimento do seu ponto de
vista pessoal e do entendimento e amor pelo seu semelhante. Sabemos que o
trabalho para o aperfeiçoamento moral é incessante, por isso convidamos a todos
nessa semana a vibrar pela busca desse importante passo a ser dado em nossas
vidas. Muitas vezes nos achamos muito mais evoluídos do que nossos irmãos do
mundo animal, mas ainda temos muito a aprender com esses seres e um bom exemplo
a ser observado para essa lição é a característica das formigas, que
disciplinadas e incansáveis, trabalham provendo o seu alimento e o de todo o
formigueiro.

              
Devemos ser como as formigas trabalhando em busca do alimento, só que aqui
buscamos o alimento da alma, e não o alimento do corpo. Nossas irmãzinhas sabem
o que é renunciar em favor do coletivo, assim como nós precisamos aprender a
nos desprender de nosso orgulho e egoísmo, em benefício aos nossos irmãos de
caminhada. Dessa forma, a renúncia se torna um valoroso meio para se adquirir a
ascensão de mais um degrau na evolução do espírito.

A prática da renúncia se dá no dia-a-dia, nas
interações com nossos irmãos, pois sabemos que é na convivência que
desenvolvemos os valores essenciais para a elevação de cada indivíduo. Imagine
se vivêssemos solitários, sem o convívio com outros seres, o que poderíamos
aprender? E se aprendêssemos algo, com quem compartilharíamos o aprendizado?
Sem dúvida, sem o convívio com outros seres é impossível progredirmos, pois não
exercitamos os verdadeiros valores que nos alimentam a alma.

São palavras que deixamos de dizer, em resposta a
ofensas que ouvimos; é o nosso ego que abandonamos em situações que nos são
difíceis, não impondo nossas verdades; é a nossa ajuda no momento em que
identificamos irmãos que necessitam de auxílio, deixando de lado nossos
afazeres; é na caridade que promovemos a outrem, não importando ele quem for; é
mostrando com exemplos e não com palavras, o caminho que nossos irmãos devem
seguir; é sabendo ouvir, deixando nossos irmãos desabafarem, contando com nossa
ajuda; é perdoando a todos do fundo de nossas almas, independente da situação
ou da pessoa. Em resumo, podemos afirmar que a renúncia é um conjunto dessas e
de muitas outras atitudes.

Porém, queridos irmãos, sabemos que a tarefa não é
fácil quando desejamos renunciar a nós mesmos em busca do autodesenvolvimento.
O homem ainda encontra-se em um estágio de evolução em que o ego possui voz
ativa em seu íntimo, deixando de lado as virtudes que o enobrecem. Acaba por
procurar a felicidade nos prazeres e paixões mundanas, nas relações vazias, sem
meditar sobre o porquê das coisas que ocorrem em suas vidas, não se apercebendo
de que a felicidade que está ao nosso alcance encontra-se nos pequenos
detalhes, nas gentilezas que recebemos e doamos, nas boas ações que praticamos
e principalmente no amor que colocamos em tudo o que fazemos e a todas as
pessoas que conhecemos.

Quando ouvimos que a felicidade não é desse mundo, não devemos deturpar
o ensinamento pensando que aqui, em nosso mundo, não temos o direito de sermos
felizes, mas sim, compreender que essa máxima nos diz que somos integrantes de
uma grande família universal, e que enquanto encontrarmos em nosso mundo irmãos
sofredores que necessitam de amparo, nós também não estaremos felizes de fato.
Por isso, devemos nos colocar sempre a postos, como obreiros do Senhor,
dispostos a nos renunciar na busca do auxílio aos nossos semelhantes, e assim,
também estaremos nos auxiliando, despertando e fixando em nós as raízes do
nobre sentimento de amor ao próximo.

Paz e Luz a todos!