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Roger Responde 057 – Reflexões sobre o livre arbítrio

057 – Pergunta (17/01/2011):  Primeiramente, gostaria de dar parabéns pelo livro Atlântida no Reino das Trevas… Como sempre, muitas conexões feitas e dúvidas tiradas… e melhor ainda… novos questionamentos surgiram… No final de Atlântida no Reino das Trevas, vocês escrevem: “O Espírito Criador, em sua Mente Suprema, consegue prever com exatidão as ações de seus filhos com milênios de antecedência, apenas analisando seu perfil psicológico. Para Deus, o mistério absolutamente não existe.” Temos nosso livre arbítrio, mas se Deus sabe como tudo vai acontecer, a espiritualidade maior, os espíritos mais elevados, devem também ter consciência disso tudo… então por que alguns “fracassos” não puderam ser evitados? Como no caso da tentativa de Akhenaton em implantar a crença de um único Deus. Se existe uma previsão, por que tantas guerras? tantos desastres? Não poderíamos evitar isso? Gostaria que você falasse mais a respeito do livre arbítrio, fiquei um pouco confusa, porque no fundo parece que não temos tanta liberdade assim, já que tudo já está previsto.

Eu tenho uma pergunta para você, e vi que estava apurado em suas viagens, vou coloca-la aqui novamente se você puder me responder: é sobre o livre-arbítrio. No Atlântida vol2, você fala sobre ele e como Deus conhece seus filhos amados. Como “funciona” então o livre-arbítrio? Uma vez que temos uma missão, um comprometimento com a vida e conosco mesmo o livre arbítrio permite que escolhamos as atitudes e ações no caminho, mas o caminho já está traçado? Seria assim que ele age em nossas vidas?

Roger: Essa questão realmente é um pouco complicada. Vamos tentar colocar de forma clara e objetiva. O livre-arbítrio, ou seja, a liberdade de escolha, é um direito fundamental de todos os filhos de Deus. A escolha de nossos próprios caminhos, ou seja, tomarmos as nossas próprias decisões, é que nos caracteriza como verdadeiros filhos de Deus, e não apenas robôs autômatos, que agem segundo a vontade da Mente Suprema de Deus. A beleza da vida está em nossa individualidade e liberdade de decisão, independente das consequências. Espíritos que já se iluminaram, sentem-se realizados através dessa liberdade e conquista, já os que ainda se encontram na estrada da imperfeição, por sua limitada consciência, terminam semeando o caos durante a sua caminhada evolutiva, causando distúrbios nos projetos de luz, que terminam ocasionando fracassos.A nossa imperfeição espiritual faz com que tomemos decisões equivocadas, mas que nos levam ao aprendizado. E Deus não está preocupado com resultados imediatos, mas sim com o proveito que tomamos da lição ensinada pela vida. Para o Criador, a “aprovação” no final do período de aprendizagem só tem real valor se realmente tivermos evoluído, ou seja, aprendido a lição necessária em nosso momento evolutivo.

Mas, então, como Deus sabe tudo de antemão, com milênios de antecedência? Veja, estamos falando de uma Inteligência incompreensível a nossa natureza de espíritos ainda imperfeitos. Falar de Deus, sempre é um desafio. Como analisar um Ser que jamais foi criado, que sempre existiu? A nossa mente mal consegue refletir sobre algo que jamais teve um princípio, quanto mais entender a Inteligência Suprema e sua capacidade de análise psicológica do comportamento de seus filhos no transcorrer dos milênios. Analisando os nossos filhos na infância, devido a convivência diária, podemos perceber quais serão suas inclinações futuras na vida adulta. Mesmo assim erramos muitas vezes… Já o Espírito Criador consegue avaliar-nos por centenas de encarnações futuras, por milhares de anos, e acertar com 100% de precisão quais serão as nossas escolhas. A mente Dele é o Todo, nela residem o passado, o presente e o futuro. Em Deus não existe espaço nem tempo. E isso não é fácil de compreendermos devido aos limitados paradigmas da vida humana.

E somente o Cristo Planetário, espírito responsável pela evolução da Terra, tem acesso completo a essas informações assim tão amplas. Nem mesmo os grandes mestres da Terra, como Jesus, entre outros, tem tamanha consciência dos futuros da humanidade e das individualidades das consciências que evoluem na Terra. Portanto, trabalham com esperança no futuro, realizando os projetos que, quando são falhos, mesmo assim oferecem importante aprendizado para a humanidade como um todo. O fracasso de implantar o monoteísmo na Terra, realizado por Akhenaton, que narramos no livro “Akhenaton – A revolução espiritual do antigo Egito”, não foi uma perda, mas sim uma necessária escola para os espíritos que evoluíam em nosso mundo naquele período. Talvez se o projeto de Akhenaton tivesse dado certo, sem a humanidade ter os reais valores para compreender a sua mensagem, teríamos problemas futuros nos estágios seguintes da evolução coletiva de nosso planeta, assim como acontece quando um aluno é aprovado para o nível seguinte em sua escola sem ter aprendido adequadamente a matéria.

Roger Responde 056 – É possível romper o cordão prateado?

056 – Pergunta (10/01/2011):  No Livro Universalismo Crístico, durante o desdobramento, que é narrado no começo do livro, quando você está conversando com o “mago das trevas” ele ameaça romper o seu Cordão Prateado. A partir disso, procurei realmente saber se o cordão poderia ser rompido, pesquisei na internet e encontrei trechos de literaturas espíritas que afirmavam: O Cordão só poderá ser rompido com o desencarne, com a morte do corpo físico. Também encontrei essa proposta de rompimento no livro “Sob o signo de Aquário”. Em pesquisa no Google encontrei entre outras: “Desse modo não é possível a ‘tomada do corpo por outro espírito’, ‘me perder durante a projeção e nunca mais voltar’, ‘enroscar meu cordão e rompe-lo’, ou ainda ‘um espírito cortar meu cordão’. Essas são apenas fantasias e mitos criados por muitas ordens esotéricas.” O que você pode nos dizer a respeito dessas informações que me parecem contraditórias?

Roger:  O cordão prateado é mais uma simbologia para entendermos a ligação do espírito ao seu corpo físico, quando encarnado, do que propriamente o fato de um fio que nos liga ao nosso corpo, no momento em que estamos projetados no astral. Imaginem bilhões de espíritos trafegando libertos de seus corpos, por distâncias de milhares de quilômetros,… seria algo como bilhões de cabos de fibra ótica entrelaçados pelo globo terrestre. Algo meio sem sentido, não é mesmo? Se um determinado espírito retornasse por outro caminho ao seu corpo, ficaria enredado em bilhões de outros “fios prateados”, causando o caos no tráfego extracorpóreo…

O cordão prateado é somente uma forma simbólica de descrever o “elo” que mantém o corpo físico ligado ao espírito, mas ele não é de natureza física, como um cabo de fibra ótica, mas sim um elemento de ordem espiritual, sem estar preso a correlação “espaço-tempo”. Com o seu amadurecimento espiritual, a humanidade perceberá que as narrativas referentes a temas espirituais que se baseiam nas formas materiais da vida humana não fazem sentido. Elas apenas servem para elucidar o nosso entendimento das coisas espirituais. Por exemplo, espíritos vivendo em casas, sentados em cadeiras e tomando sopas no plano astral só ocorrem nas mentes de espíritos recém desencarnados e de pouca evolução ou, então, nas narrativas dos mentores espirituais para termos um melhor entendimento de um mundo que foge de nossa ainda limitada compreensão materialista. O universo espiritual é mental, e não físico.

Os estudos espíritas são louváveis instrumento de pesquisa, assim como todos os ramos da ciência, no entanto, assim como a ciência humana, ainda não dominam completamente toda a abrangência do conhecimento que se propõem a estudar, portanto não podemos atestar suas informações como absolutas. Com o passar dos anos, novas verdades se revelam, e sábio é aquele que não se prende ao passado e busca ampliar o seu entendimento espiritual.

Mas no que diz respeito a pergunta, realmente não é comum ocorrer o “rompimento” do cordão prateado pela ação de outros espíritos que não sejam aqueles designados pela Alta Espiritualidade a procederem o desencarne do espírito em seu momento extremo. Entretanto, não existe regra sem exceção. Por exemplo, a tomada do corpo por outro espírito, os casos de possessões, são raros, mas ocorrem. Existem relatos bem interessantes. E no que diz respeito a ação dos magos negros, todo o cuidado é pouco. Obviamente que os espíritos protetores não permitiriam que esses espíritos das sombras efetivassem as ameaças que me fizeram durantes as narrativas citadas acima. Essas ameaças tiveram mais a finalidade de provocar-me medo e tensão para me desestabilizar emocionalmente naquelas ocasiões.

Contudo, recomendo sempre as pessoas que evitem se envolver com esse tipo de entidades espirituais. Ainda mais se não tiverem uma “boa retaguarda” protegendo-os. É comum vermos médiuns que se envolvem com esses espíritos que possuem vigoroso poder e, por se distanciarem da luz do Cristo, devido a indução hipnótica destas, sofrerem terríveis consequências. Sendo muitas delas levadas à morte por vários meios, entre eles, o próprio rompimento do cordão prateado, resultando em mortes inesperadas e inexplicáveis. Se “orarmos e vigiarmos” estaremos com a proteção dos espíritos de luz, mas se nos distanciarmos do caminho da luz, estaremos por nossa conta e risco. Essa é uma regra de segurança elementar, mas que médiuns fascinados esquecem rapidamente, quando sob a influência sinistra de espíritos das sombras.

Inclusive, depois de terminarmos o livro “Atlântida – No reino das Trevas”, Hermes alertou-me que deveremos trabalhar, nos próximos livros, em temas de muita luz, paz e amor, porque as emanações e impressões deletérias dos magos negros ficam impregnadas no próprio médium, causando perigosa fascinação, mesmo com o trabalho sendo conduzido pelos mestres da Luz. Temas como de nosso último livro, de forma central, novamente, somente daqui há alguns bons anos.

Roger Responde 055 – Jesus teve mais encarnações na Terra?

055 – Pergunta (03/01/2011):  Li todos os livros do Roger e na mesma sequência do lançamento. Tenho lido muito durante os meus 58  anos e aprendi muita coisa. A conclusão que cheguei depois de tanto ler é que independente da história e conteúdo, o mais importante é a mensagem contida em cada livro. Depois de me preocupar se tenho a marca da besta, se vou ficar por aqui ou não, concluí que o mais importante não é para onde vou, mas o que vou poder contribuir em qualquer mundo que Deus me oferecer. Todos têm muito a aprender, e esse aprendizado se faz vagarosamente e Deus é tão maravilhoso que espera milênios para que possamos dar um passo. Em um dos livros do espírito  Ramatís, ele mencionou uma obra chamada Harpas Eternas, comprei o livro e descobri que a obra completa é composta por 14 livros. Li todos, maravilhosos, eu recomendo. Em um dos livros, o guia espiritual, Hilarião de Monte Nebo, informa que Jesus teve sete encarnações aqui na Terra, sendo uma delas a personalidade de Antúlio na própria Atlântida. Gostaria de saber se isto é verdade. É obvio que verdade ou não isto não vai mudar a minha vida, é pura curiosidade.

Roger: Caro leitor, essa pergunta já foi respondida na questão número 26, do dia 14/06/2010, da coluna “Roger Responde 2010”. Eu poderia ter lhe dito isso diretamente por e-mail, como estou fazendo com todas aquelas perguntas que já foram respondidas no site anteriormente, mas que porventura o leitor não tenha percebido.

No entanto, a tua reflexão inicial foi tão profunda e maravilhosa que decidi dividi-la com os demais leitores. Creio que, mesmo que eu me esforçasse muito, não conseguiria resumir de forma tão singela, e ao mesmo tempo profunda, tudo que temos procurado dizer a todos. Essa é essência! Parabéns por ter compreendido! Continue pensando dessa forma que a tua luz interior e as decorrentes ações de tua forma de pensar te levarão finalmente a “Grande Revelação”, que é impossível de ser descrita, pois só pode ser vivida, por aqueles que atingirem o ápice da compreensão espiritual. Prossiga por esse caminho, e quando chegares ao final dessa atual jornada humana, ingressarás no plano espiritual de forma exitosa.

Roger Responde 054 – Livro Transição Planetária

054 – Pergunta (27/12/2010):  Roger, você já leu o livro “Transição Planetária”, do Divaldo Pereira Franco, ditado pelo espírito Manoel Philomeno de Miranda, recém lançado? O livro é excelente e aborda muitas informações que você já nos traz desde o ano 2000, a partir de sua primeira publicação “A história de um anjo”. Por anos eu tentei abordar os temas de seus livros em minhas palestras na casa espírita que frequento, mas era tolhido pela direção da casa que dizia que os seus livros não são referendados pela FEB. Agora com as confirmações do Divaldo, poderei questioná-los sobre isso! Obrigado por todo o trabalho que você tem feito em nome da Espiritualidade, independente das religiões! Deus te abençoe, irmão. Como diz o próprio livro do Divaldo: “O bem não se detém ante qualquer tipo de fronteira, limite, preconceito, porque é emanação divina para a edificação da vida”.

Roger:  Sim. Eu já li o livro. Ele é excelente! A mediunidade do Divaldo é uma grande benção para todos que buscam Espiritualidade. Ele, apesar de estar em avançada idade, mantém-se progressista e não se aprisiona as crenças que ajudou a construir no passado. Sabe que a humanidade deve evoluir para outros níveis de compreensão espiritual. Contudo, em meio a ensinamentos de vanguarda em seu novo livro, ele repreende aqueles que questionam os dogmas espíritas. Essa atitude provavelmente tem a finalidade de evitar maiores atritos com os conservadores. Ele já teve problemas quando começou a abordar a questão das crianças do terceiro milênio, vulgarmente chamadas de índigo. Divaldo é o médium mais lúcido dentro do cenário espírita. Obviamente, ele tem que ser ponderado em suas colocações para não gerar melindres em quem ainda não está pronto para abandonar seus próprios dogmas e sua visão sectária a respeito das religiões. No auge de sua sabedoria, Divaldo sabe esperar e caminha na velocidade certa, dentro do cenário em que está inserido.

Leiam o livro, pois ele é realmente ótimo. Fiquei muito feliz em ler informações que já abordávamos há anos como, por exemplo, o novo estágio espiritual da humanidade, abandonando o instinto e rumando para o despertar da consciência, o exílio dos rebeldes para os mundos de ordem inferior, a Terra como herança para os pacíficos, influência de espíritos extraterrestres auxiliando-nos nesse período de transição, entre outras importantes informações sempre relatadas com o brilhantismo característico do Divaldo.

Esse livro, para o nosso trabalho, é bem importante! Apesar de serem informações reservadas, facilitará as nossas exposições, pois poderemos realizar as nossas palestras e divulgações dos livros utilizando como referendo essa bela obra do mais importante médium encarnado no momento. Como bem afirma o leitor, finalmente será possível falar para os irmãos espíritas mais abertamente sobre esses temas tão importantes nesse período em que vivemos. Chegou o momento de aprofundar as informações espirituais nesse meio. A comunidade espírita já está madura para ir além do que tradicionalmente tem recebido nas últimas décadas. As casas espíritas têm que perceber que consolar aqueles que as procuram é importante, contudo, esclarecê-los é de vital importância. Temos que ensinar a pescar, e não apenas ficar dando o peixe.

 

Roger Responde 053 – O verdadeiro significado do Natal

053 – Pergunta (20/12/2010):  Desde que comecei a ler os seus livros, muitas coisas mudaram em meu íntimo. Não vejo mais o mundo com os mesmos olhos, como muitos outros leitores têm manifestado. Inclusive as festas de fim de ano, o Natal e a entrada do novo ano, me parecem agora tão fúteis e vazias. Gostaria que a Nova Era já estivesse implantada na Terra e pudéssemos celebrar essas datas com o devido valor espiritual que elas merecem. O nascimento de Jesus se tornou apenas uma festa comercial, onde o papai Noel é o centro das atenções e as famílias representam um “falso teatro de confraternização”, que representa a mediocridade de nossos valores. Vi esses dias uma frase de uma atriz dizendo que para o Natal ela gostaria de receber um bom comprimido para dormir ou uma passagem para viajar, demonstrando o esgotamento emocional que todos vivemos frente a essa visão superficial de data tão importante.  O que você pode nos dizer a respeito disso?

Roger:  Em nosso livro, “A Nova Era – Orientações espirituais para o 3° milênio”,  já externamos a nossa opinião a respeito desse tema. Realmente, é lamentável observarmos o quanto o homem atual permitiu se alienar em busca de uma fuga dos seus compromissos espirituais. O homem moderno acredita que substituindo a mensagem de renovação interior de Jesus pelo conto de fadas do papai Noel será mais feliz. Mas, a cada ano que passa, a superficial troca de presentes materiais provoca um vazio ainda maior em todos, porque percebem que novos tempos são chegados e a escola de evolução espiritual, que chamamos de planeta Terra, exigirá de seus alunos novos horizontes evolutivos. A infantilidade com que tratamos a vida, não será mais tolerada. E aqueles que tem olhos para ver, já percebem isso.

A crença no papai Noel deveria ser incentivada apenas para crianças de até 7 anos. Isso se os pais veem algo de proveitoso nessa crença imatura. Acima dessa idade, todos deveriam ter real consciência da importância de uma reflexão sobre os ensinamentos espirituais trazidos por Jesus. Ao invés das conversas fúteis, da comilança e das bebidas desenfreadas, deveríamos ater-nos a reflexões sobre as nossas atitudes durante o ano com relação aos ensinamentos desse grande mestre, analisando, assim, o nosso progresso evolutivo no período. É lamentável, mas tornar-se uma pessoa melhor, tornou-se algo secundário para a humanidade em geral. E isso pode não parecer, mas acarreta no campo psicológico das pessoas uma terrível frustração. Na área inconsciente de sua mente, o individuo percebe a sua falência espiritual. Descobre que a vida está passando rapidamente mas ele nada faz para tornar-se uma pessoa melhor, ou seja, adquirir os valores da alma, que são as riquezas imperecíveis da alma. Ano após ano esse cenário se repete, até que uma angústia se apodera de sua alma, e por não saber como resolver isso, termina se deprimindo simplesmente por ouvir as alienantes músicas natalinas, que retratam muito bem a sintonia com o “velho mundo” que está por extinguir-se. Isso pode parecer apenas um clichê, mas volto a afirmar: abandonem o mundo das ilusões e busquem sua espiritualidade interior, sua verdadeira conexão com Deus, só assim se libertarão da tristeza, da depressão e do grande vazio que impera nos corações que já estão cansados do circo em que a vida humana se tornou.

A confraternização natalina através da troca de presentes é saudável, mas de forma alguma pode estar em primeiro plano. Lembrem-se: acima de tudo, Natal é Cristo! Aproveitem essa data especial para debaterem e refletirem sobre os ensinamentos de Jesus e o quanto o estão aplicando em suas vidas, de forma descontraída e fraterna, sem ritualismos. E convidem-no para participar de suas festas natalinas! Tenho certeza que ele ficará muito feliz com esse convite. Infelizmente, o homem atualmente só se lembra de Jesus quando uma familiar está hospitalizado, entre a vida e a morte, ou quando ocorrem tragédias. Na festa de seu aniversário, geralmente, ele é desprezado por aqueles a quem deu a vida para ensinar-lhes o caminho da Luz.

 

Roger Responde 052 – Roger, por que seus livros não são reconhecidos pela FEB?

052 – Pergunta (13/12/2010):  Roger,  tenho uma noção elementar da doutrina espírita embora tenha nascido neste berço. Diante de tantas “idas e vindas” para à casa espírita e embora  ouvir dentro de mim “uma voz” dizendo que meu momento já chegou, somente há pouquíssimo tempo decidi ler um livro seu que estava em minha estante há alguns anos, “AKHENATON”. Uma vontade imensa  de ler me invadiu, então decidi pelo seu livro porque sempre tive uma paixão muito grande pelas histórias do Egito. Entrei em êxtase. Também não havia como não entrar… Dei então continuidade com Moisés I e II, Atlântida I e II, agora estou lendo A história de um anjo e já estou com A Nova Era a minha espera. Quero ler os outros 2 que se não me engano são os que faltam das suas obras. Comecei através deles, a ter uma outra visão não sei se do espiritismo, ou da vida e o desenvolvimento dos fatos… Não sei dizer, mas sei que percebi que preciso sair do vício de achar que o fato de dizer que sou espírita ou de frequentar vez ou outra a casa ou fazer o evangelho no lar, etc., vão me tornar uma pessoa diferente “salva”, sem sequer me atentar para o melhoramento do meu íntimo, meu comportamento diante das situações corriqueiras, minhas tendências…  Não via isso dessa forma tão peculiar… Vergonha… Não sei exprimir o que sinto diante de tanta ignorância. Quero te agradecer, por ter despertado através dessas obras tão maravilhosas, a vontade de mudança e buscar o conhecimento. Não quero tomar mais ainda seu tempo com meus temas pessoais, porém, gostaria que me tirasse uma dúvida. Tenho falado dos teus livros para aqueles que me cercam, e me entristece muito o fato de algumas dessas pessoas colocarem em dúvida a veracidade das obras pelo fato de não serem reconhecidas pela FEB (Federação Espírita Brasileira). Por que não são, já que as mesmas trazem informações tão sensatas?

Roger:  Antes de iniciar essa resposta, gostaria de agradecer a todos os leitores pelas perguntas pertinentes e inteligentes que temos recebido. Estamos, nessa semana, comemorando um ano da coluna “Roger Responde”. E é a participação de vocês, leitores, que tornou esse canal de comunicação algo tão importante e rico em informações para todos nós. Espero continuar recebendo mais e mais perguntas para darmos prosseguimento a esse trabalho. Muitas delas não puderam ser respondidas, devido a grande quantidade, ou  serem informações que não devem ser revaladas ou, também, por simplesmente não ter a resposta para dar-lhes nesse momento, mas sei que os leitores compreendem isso.

A pergunta da semana é bem interessante. Primeiro porque coloca “em xeque” o rótulo de ser espírita e segundo por causa da visão que temos da instituição burocrática denominada FEB. Os nossos livros cada vez mais procuram demonstrar ao leitor que as religiões nada mais são do que instrumentos que nos ligam a Deus. São apenas ferramentas que nos fazem compreender o objetivo maior da vida, que é evoluir rumo à luz de Deus. As religiões não são times de futebol, e, portanto, não devem ser adoradas como tal. Gastemos as nossas energias na louvável ação de nos tornarmos pessoas melhores, e não defendendo ideias que, com o passar do tempo, tornam-se obsoletas, devido ao natural avanço da humanidade. Já faz muito tempo que abandonei o rótulo de espírita. Hoje em dia me orgulho apenas do título de “irmão” de todos os seres do Universo, de todas as crenças, que reconhecem em Deus o Espírito Criador do Universo. Como afirmamos em determinado trecho do livro Atlântida – No reino das Trevas: “As religiões são instituições humanas! As mensagens incólumes dos grandes mestres, que procuramos resgatar através de nossos relatos, é que foram divinas. As religiões são como rodinhas auxiliares de uma bicicleta infantil; quando aprendemos a nos equilibrar, não necessitamos mais delas. Insistir em manter essas rodinhas, após aprender a andar de bicicleta, prejudica e atrasa o deslocamento, fazendo-nos perder os melhores momentos do passeio. A aquisição da verdadeira consciência espiritual nos faz compreender os caminhos que devemos seguir para alcançarmos a verdadeira felicidade, independente de crenças sectárias.”

E sobre a questão da FEB não reconhecer os nossos livros, isso na verdade não tem nada a ver com eles serem verdadeiros ou não. Trata-se apenas de uma questão política desta entidade. Por algum motivo, provavelmente influências das trevas, no século passado, a citada entidade resolveu abolir do cenário espírita os livros e mensagens do espírito Ramatís (sem justa causa e sem argumentos sólidos), causando grave prejuízo aos planos da Alta Espiritualidade para a evolução do espiritismo, que, assim como Kardec preceituou, deveria ser uma filosofia progressista. Infelizmente os órgãos oficias espíritas engessaram o espiritismo, tornando-o uma religião sectária, como suas antecessoras, devido a visão estreita de suas lideranças nas ultimas décadas, assim como nos alerta o livro “Os Dragões”, do espírito Maria Modesto, psicografado por Wanderley Oliveira. Por sinal, um excelente livro. Hoje em dia o espírita ortodoxo condena quem pensa diferente, assim como fora feito no passado com as mensagens libertadoras que inovaram o cenário espiritual da humanidade. Foi assim com Allan Kardec, que teve seus livros queimados no “Auto de fé de Barcelona” pela Igreja, e, anteriormente, com Jesus, que foi crucificado por trazer a mensagem do amor para a evolução do modelo espiritual vigente em sua época. O próprio Akhenaton, que foi citado nessa pergunta, sofreu a mesma intolerância religiosa, antes mesmo de Jesus. Analisando a História, fica claro perceber que pessoas retrógradas tem dificuldade em aceitar o novo. Quando Chico Xavier escreveu o livro “Obreiros da Vida Eterna”, em 1946, a obra foi considerada como ficção por membros dessa instituição. Hoje, obviamente, ela já é amplamente aceita.

Como os nossos livros são a continuação do processo de universalização das religiões iniciado por Ramatís, através do médium Hercílio Maes, é natural que os burocratas da FEB desconsiderem o nosso trabalho. Porém, em nenhum momento, poderão avaliar a veracidade de nossas informações; principalmente porque não são qualificados para isso. Infelizmente essa organização dá sua chancela a algumas obras espíritas que são motivo de chacota pelos céticos. No campo espiritual tudo é muito subjetivo,  mas existem livros publicados e apoiados pela FEB com absurdos erros históricos e científicos, fato que coloca o espiritismo em descrédito no cenário acadêmico. Obviamente que não citarei essas obras por motivos éticos. Mas, por exemplo, existem relatos sobre a época do faraó Akhenaton, (sobre o qual escrevemos e que o leitor bem reconheceu o valor), que são completamente equivocados. Já recebi vários e-mails relatando esses erros históricos, que estudantes iniciantes de Egiptologia detectam com facilidade. Seriam esses livros mediúnicos verídicos? Por que a FEB dá seu apoio a eles? Provavelmente, nada mais que a velha política de interesses: alinhamento de pensamento, sem compromisso com a evolução tão defendida por Kardec. O medo das mudanças evolutivas naturais, os aflige, assim como ocorreu com Caifás ao se deparar com a mensagem libertadora do sublime rabi da Galiléia; ou, então, como aconteceu com os sacerdotes de Amon quando perderam seus privilégios com a revolução espiritual promovida por Akhenaton no antigo Egito.

No entanto, temos que compreender esse comportamento tão comum na história de nossa imatura humanidade. Não se pode pedir a uma instituição com os olhos voltados para o passado que apoie projetos de vanguarda. É como pedir a Igreja Católica, com raízes medievais, que reconheça a veracidade do espiritismo moderno, por exemplo. Temos que ter paciência e aguardar a ação das mentes progressistas dentro do cenário espírita. E isso é apenas uma questão de tempo. As novas gerações tomarão os postos de controle da doutrina no futuro e promoverão as evoluções necessárias, fruto natural de suas mentes mais abertas e aguçadas.

Por isso sempre recomendo aos leitores: cuidado com as determinações absolutistas das instituições burocráticas religiosas. Atenham-se as mensagens dos grandes mestres que as inspiraram. Busquem a verdade por suas próprias mãos! Os seguidores das religiões são pessoas falíveis como todos nós e, no caso do espiritismo, ainda é pior, porque são espíritos muito endividados que receberam a benção de trabalhar em nome dessa nova revelação para saldar seus débitos do passado, como nos narra diversas obras mediúnicas. A Nova Era será fundamentalmente baseada na filosofia de “busca de Espiritualidade”. Será o fim da era da submissão a líderes religiosos. “Busque a verdade e a verdade te libertará”. E certamente ela não está nas mãos dos homens, que geralmente colocam os seus interesses pessoais acima dos interesses divinos. Sendo assim, onde poderemos encontrar a verdade que tanto procuramos para iluminar os nossos caminhos? O melhor juiz para a busca da verdade é a nossa própria consciência. Jamais deleguem essa importante tarefa a outrem. Isso significa escravizar-se ao pensamento alheio, que é tão passível de erro quanto o seu próprio.

Logo, esperamos que no futuro a FEB seja dirigida por líderes de mente aberta que resgatem o real papel dessa instituição, que hoje em dia está sendo negligenciado. As casas espíritas com visão mais aberta terminam se descredenciando por não tolerarem a imposição de tamanho atraso em suas convicções e ficam sem o apoio de uma importante instituição que poderia lhes nortear os rumos e dar subsídios para realizarem suas atividades. É uma pena que isso venha a ocorrer nos dias atuais, quando já obtivemos diversos avanços no campo da compreensão e universalização do saber espiritual.

 

Roger Responde 051 – Explicações sobre os magos negros

051 – Pergunta (06/12/2010):  Acabo de ler o livro “Atlântida – No Reino das Trevas” e, de antemão, cumprimento-o pela obra. Uma questão me deixa intrigado e gostaria de esclarecimento. A narrativa me deixou a impressão de que os magos negros atlantes, por seu conhecimento e poder, suplantaram de certa forma os padecimentos que seriam esperados tanto no plano astral como em futuras encarnações. Tome-se como exemplo o caso de Arnach. Após a queda do continente atlante, construiu para si um ‘império mental’ a seu gosto que perdurou por milênios; viveu sua ‘falsa’ realidade por longo tempo até retornar para a luz e viver a experiência física novamente. Certo é que não podemos nos afastar da colheita obrigatória nem de pagar nosso último ceitil; porém, o que nos pareceu com a narrativa é que o espírito avançado no campo psíquico/mental, ainda que imensamente atrasado no amor ao próximo, leva uma ‘vantagem’ sobre o espírito mais simplório. Reforço que esta é uma impressão que o livro me suscita; não creio que seja assim. Por isso, gostaria de mais explicações nesse ponto.

Roger:  O mundo espiritual é essencialmente de natureza mental, ou seja, um reflexo de nossa própria consciência. Se somos virtuosos, a nossa mente sintoniza-se com as esferas sublimes, entrando em uma frequência de luz. Porém, se vivemos em desacordo com a lei suprema “ama ao teu próximo como a ti mesmo e não faça aos outros o que não gostaria que te fizessem”, nossa mente, em sua estrutura inconsciente, cobra-nos por estarmos em conflito com esse principio divino, precipitando-nos às sombras, onde se fará presente em nossa tela mental todas as coisas que abominamos, entre elas, dor (na condição de remorso) e miséria.

Naturalmente esse é o destino das almas corrompidas, principalmente devido a carga trazida através de todos os relatos das religiões a cerca do Inferno. Assim é, para espíritos comuns, inevitável que a consciência cobre o seu preço, infligindo a ele até mesmo deformações no corpo perispiritual, por mais que o infrator deseje se enganar. No entanto, os magos negros atlantes são seres que sempre possuíram assombroso poder mental, desenvolvido com afinco em seus rituais de magia e hipnose. Após desencarnarem na extinta Atlântida, perceberam que poderiam controlar inclusive a área inconsciente de suas mentes, projetando para si um mundo ilusório de conforto, poder e requinte, mesmo vivendo no reino das sombras. E é essa a maior perdição das sombras… O prazer de viver na opulência. Caso não fosse assim, todos retornariam para a luz rapidamente. Mas Deus precisa dos senhores da escuridão para ajudar no trabalho de despertamento das almas primitivas, que estagnam no processo evolutivo. Assim como nós precisamos dos policiais e do exército para livrar os morros cariocas da criminalidade. Eles não ouviriam a mensagem evangélica. Pastores, padres e demais líderes espirituais não seriam ouvidos. Criminosos contumazes necessitam de forças mais intensas para serem chamados à razão. Assim ocorre também com as consciências mais primitivas de nosso mundo.

Certamente que ninguém foge da colheita daquilo que plantou, como sabiamente nos ensinou Jesus. No entanto, Deus permite esse “momentâneo” período de ilusão dos magos negros para que obtenham um aprendizado de acordo com as suas necessidades evolutivas incomuns. Deus não deseja o sofrimento e a autopunição de seus filhos. Nós é que nos flagelamos com os dramas de nossas próprias consciências. Deus não condena, apenas aguarda serenamente a nossa redenção espiritual. Ele espera pacientemente que retifiquemos os nossos erros e que aprendamos a viver em harmonia com o Universo.

Arnach pode ter passado ao leitor a ideia de impunidade; mas, no transcorrer desses séculos, também teve as suas amarguras, e se protegeu dela, da forma que lhe era possível, com a armadura da ilusão. Hoje em dia ele necessitará realizar uma grande tarefa transformadora no mundo dos homens para resgatar os seus erros. Ele pagará até o ultimo ceitil, como reza a Lei Maior, mas com um verdadeiro trabalho voltado para o Bem coletivo. É isso que Deus espera de nós… que nos tornemos pessoas melhores. Dor e sofrimento é uma construção da mente humana em desalinho com a sua natureza divina. Lembrem-se: culpa e medo são construções de nossas mentes. Deus não quer isso para nós. Nós construímos esses sentimentos deturpados e promovemos um autoflagelo que muitas vezes nem percebemos.

Se não fosse dessa forma, Deus teria privilegiado Paulo de Tarso, que era um assassino de cristãos até o seu encontro com Jesus na estrada para Damasco, onde modificou totalmente a sua vida para a Luz e foi recebido no plano espiritual como um grande vencedor e passou a habitar as paragens celestiais.

E como nos narra o livro, caso Arnach fracasse nessa missão abençoada, sofrerá a ação implacável da lei cármica, sem privilégios, porque a lei de Deus é igual para todos, mas sempre respeitando o momento evolutivo de cada um. Deus oferece o remédio de acordo com a enfermidade de cada alma. Carma é reeducação da alma. Não é punição! Depende somente de como vemos o mundo. Para alguns, nascer em situação menos favorável é castigo divino. Já para almas focadas no Bem é oportunidade de trabalho em nome do Cristo dentro de um cenário mais instigante. Existem médicos que preferem atuar na África ou em outras regiões assoladas pela miséria para levar o Bem a todos. Outros já preferem o conforto de seus consultórios. Quem está mais perto de Deus?

 

Roger Responde 050 – Atlântida de Roger…verdade ou mentira?

050 – Pergunta (29/11/2010): “Post no Orkut”: Atlântida de Roger…verdade ou mentira? Caros amigos, ultimamente tenho refletido bastante sobre as leituras que tenho realizado nos últimos anos. Sei que não devemos aceitar tudo o que lemos, e temos que nos questionar sempre sobre a lógica e veracidade da obra, fazer comparações, sendo imparciais, “olhando de fora”, para não cairmos nas garras da fascinação. Foi com esse intuito que sentei e peguei os livros de Roger Bottini Paranhos, sobre a Atlântida. Os livros contém um conteúdo moral inegável, passando uma mensagem de esperança, amor e amizade, mas encontrei algumas narrações que me deixaram “com um pé atrás”. Ao iniciar a leitura de Atlântida I, estava bastante entusiasmado em conhecer a história do continente perdido sob uma nova ótica, que respondesse as questões que a ciência é incapaz de responder. Conforme fui avançando na leitura, comecei a achar estranho quando o Roger mencionava trechos de outros de seus livros, sobre suas outras encarnações, onde sempre se colocava na personalidade de alguém conhecido e influente na história da humanidade, mesmo a humanidade contando entre 30 a 40 bilhões de espíritos diferentes. É muito fácil dizer ter sido Leonardo DaVinci, Dom Pedro, o rei da Inglaterra, Buda, Platão e Elvis Presley, e tem muita gente que jura de pés juntos que foi várias celebridades como essas em encarnações passadas. Mas, até aí, tudo bem, pois, apesar de 99,99% difícil, não considero isso algo impossível de acontecer. Terminei o primeiro livro e iniciei a leitura de Atlântida II. Neste segundo livro, minha desconfiança aumentou bastante, quando Roger acrescentou sua suposta relação íntima com duas deusas perfeitas e tremendamente sexy, que estranhamente eram completamente viciadas em fazer sexo com ele, e pior, AO MESMO TEMPO! Esse tipo de coisa é difícil de levar a sério, pois isso é, nada mais nada menos, a fantasia de todos os meninos adolescentes: ter duas admiradoras fanáticas lindas e perfeitas, que andam grudadas com ele pra lá e pra cá, na frente de toda a sociedade, causando inveja em todos os outros homens e ciúmes em todas as outras mulheres, que o seguiriam incondicionalmente e aceitariam todas as suas decisões, que fossem loucas por ele, e que fossem ótimas na cama, não só na cama como na piscina, na mesa, etc, e as duas juntas! Até mesmo a descrição das vestimentas das gêmeas, ousadas e eróticas, ficou um tanto surreal……nos sonhos ocultos dos adolescentes rejeitados, esse é um jeito dos meninos fugirem da realidade dura e cruel, onde são baixinhos, feios, nerds, chatos ou impopulares, e são obrigados a criarem essas idealizações de mulheres, que são perfeitas em todos os sentidos, as “amiguinhas” imaginárias para suprir suas necessidades de serem amados por alguém no mundo e causar boa impressão nos outros, coisa que não acontece no mundo real. Bom, terminada a parte das gêmeas, outra característica da narrativa que me deixou desconfiado foi o Roger ter se colocado como o rei atlante no final; mais uma vez celebridade! Além de ser celebridade, toda a sua roda de amigos também é formada por grandes celebridades da história, isso é muito difícil de acreditar! Pra finalizar, o “estopim” que me deixou convencido de que essa não é uma história verídica, foi o fato de Roger ter mencionado que a estrela Alcyone é o centro da galáxia. Ora, se ele foi assistido por seu mentor Hermes o tempo todo, como Hermes deixaria esse erro tão bobo escapar e se perpetuar no livro? Por acaso o inteligentíssimo Hermes não sabe que o centro da galáxia é o buraco negro supermassivo ”Sagittarius A” ou simplesmente “Sag.A.”, que está a cerca de 30 mil anos-luz daqui na direção das constelações de Sagitário e Escorpião, enquanto Alcyone está a apenas 410 anos-luz na direção oposta, na constelação de Touro?? Anteriormente, eu havia mandado um alerta para o Roger sobre o mesmo equívoco de Alcyone, que estava em uma das respostas do site do Universalismo Crístico. Eu mostrei algumas informações, matérias e vídeos que provavam que a estrela Alcyone está longe de ser o centro da galáxia. Ele analisou o material e agradeceu o aviso sobre esse equívoco. Sua resposta foi:
“Oi, realmente tu tens razão. Existem teorias bem consistentes a respeito disso, contradizendo informações anteriores. Os astrônomos vivem se contradizendo, portanto, o ideal é não mergulhar muito nessa seara em nossos livros. Estive verificando as informações relativas a isso no próprio livro. Falamos somente de estarmos nos aproximando do cinturão de fótons da estrela Alcyone. Não falamos em orbitá-la e nem que está no centro da nossa galáxia. Apenas que é uma estrela da região central do nosso céu. Algo vago…Era melhor evitar essa informação de aproximação/afastamento de Alcyone, porém, infelizmente, o livro já foi impresso. Agora é torcer para esses detalhes não chamarem a atenção dos leitores mais críticos. Até mesmo porque essa é apenas uma informação secundária do livro. Trabalhar com muitas informações em um curto espaço de tempo, faz-nos correr esses riscos. Quanto ao site, já dei uma adequada naquela resposta. Obrigado pela ajuda, Roger.”
No entanto, ele disse sim que Alcyone é o centro da galáxia em um trecho. Eu fico me perguntando: se a narração dessa história é resultado das lembranças e dos registros akásicos, além das lembranças exatas de diálogos durante o desdobramento consciente, então alguém do outro lado falou pra ele que Alcyone era o centro da galáxia. Mas se a ciência de lá é mais avançada, como puderam cometer esse erro que nem mesmo a ciência de cá, dos encarnados, comete? Peço que deem suas opiniões sobre esse meu dilema, afinal, eu gosto muito dos livros de Roger. Talvez eu esteja enganado. Se esse for o caso, peço que me ajudem a acreditar, com informações que comprovem a veracidade de Atlântida I e II.
Roger: Realmente existem informações que são incríveis. Toda semana surge um ganhador na Mega-Sena entre milhões de apostas. A gente nem acredita que seja possível acertar as seis dezenas, mas quase toda semana surge um ganhador. Difícil de acontecer, mas é possível… Talvez o ideal fosse eu e Hermes inventarmos o nome de um espírito fictício e dizermos que ele está narrando a história. Seria uma forma de tirar os holofotes de cima de mim e, dessa forma, tranquilizar leitores com perfil cético. Mas, temos um pacto com a verdade… Preferimos que os nossos livros sejam vistos como ficção do que pactuar com uma mentira somente para conforto dos leitores. Existem bilhões de espíritos no planeta, mas quantos possuem consciência para relatar essas informações? Mais lógico é que alguém que tenha consciência desses fatos os tenha protagonizado, do que aqueles que ainda vivem em um nível profundo de alienação (que é, infelizmente, a grande maioria da população da Terra). Ademais, se eu dissesse que fui um dos mestres, que era pura luz, aí não faria sentido, dado o meu real nível de evolução na atualidade. Mas, o Andrey, reflita… faz muito sentido…

Sobre as gêmeas serem a fantasia de todo adolescente nerd… Acho que esse perfil não se enquadra na minha personalidade… pelo menos não nessa vida, talvez no passado distante… quem sabe?! E não sei se isso é o sonho de todo adolescente nerd, mas, para os que é, certamente o realizarão no futuro, em alguma encarnação, através da lei de atração. Somos o que pensamos e atingimos os objetivos que vibram em nosso íntimo. A fé remove montanhas. Para mim, isso já é algo realizado, por tanto não causa eco em minha alma. Nem tinha me preocupado com isso durante a elaboração do livro. Nessa minha longa estrada já vivi tanta coisa que poucas nessa vida me impressionam…
Costumo dizer que aquelas coisas que mais nos incomodam são justamente as que ainda nos causam desconforto por não as termos como bem resolvidas dentro de nós. Reflita sobre isto! Na minha opinião, a história das gêmeas é até um grito de liberdade para as mulheres, que ainda, inconscientemente, estão aprisionadas ao modelo cristão medieval, que as diminui e limita em seu real potencial, sempre submetendo-as à crença de que o modelo social e cultural vigente é o que esperam delas. Isso causa nelas muitos traumas e anos de terapia…

E sobre a questão da estrela Alcyone, que já havíamos conversado e tu expos nesse post, se tu fosse médium entenderia que não existe perfeição na comunicação mediúnica. Os leitores só não percebem mais falhas em todos os livros que leem porque o espectro de conhecimento deles, em geral, é limitado. Tu percebeu essa questão especifica porque a astronomia é um foco especial de interesse de tua personalidade.

Houve um erro de captação. Hermes desejava explicar que a estrela Alcyone centralizará a irradiação necessária para a entrada da Era da Luz e eu entendi como estrela central da galáxia devido a essa salada de informações que lemos todos os dias… Se as vezes compreendemos mal o que disse um amigo, imagine um tema complexo ditado por um espírito com uma mente muito a frente e ainda em outra dimensão…

Os nossos livros até trabalham com paradigmas mais amplos, mas, estamos longe da perfeição. Analisando pela tua ótica, então, o que dizer dos livros espíritas sobre o antigo Egito com gritantes erros históricos? É mentira ou limitação mediúnica? Os livros de Chico Xavier serão também mentiras? Já que o perfil que ele apresenta dos apóstolos segue à risca a visão oficial da Igreja, sendo que hoje sabemos, através de pesquisas históricas, que muitos deles (Maria Madalena, Judas, etc) tinham um outro perfil. Emmanuel apresenta ensinamentos algumas vezes machistas, colocando a mulher em um segundo plano, virtuosa somente quando é uma boa mãe e dona de casa submissa… visão católica medieval… apenas limitação de paradigmas… verdades relativas…

Por fim, sugiro que leia os meus e os demais livros mediúnicos com atenção. Se prenda mais a essência da mensagem e menos aos fatos. Se nem mesmo os relatos históricos de poucos anos atrás, apresentados como fatos, não podemos confiar plenamente, porque dependem do ponto de vista do observador, o que dirá, então, de livros capturados através de percepção mediúnica? Em essência, o que interessa, é a mensagem e o ideal do Universalismo Crístico. Ele é a “verdade sublime” que navega pelo mar de informações subjetivas dos nossos livros.

E, infelizmente, a Atlântida não possui referências históricas, dificultando, ainda mais, conhecer verdadeiramente essa história.
Como tu pode pedir, a quem quer que seja, “informações que comprovem a veracidade de Atlântida 1 e 2”?? As informações que qualquer um fornecer serão somente crenças, e não fatos! Creio que tu só terá uma resposta final sobre esse tema, quando retornar definitivamente ao Mundo Espiritual. Talvez aí poderemos, quem sabe, conversarmos em um cenário maravilhoso e inenarrável para a visão humana, e lá tomaremos uma xícara de chá procurando identificar fraternalmente acertos e erros desses livros, e debateremos, também, qual a contribuição da mensagem dos meus livros orientados por Hermes para o avanço espiritual da humanidade no terceiro milênio.

P.S.: Como tu utilizou nossa conversa privada nesse post, creio que não se importará de eu publicar essas tuas reflexões, nas próximas semanas, em nossa coluna “Roger Responde” no site WWW.universalismocristico.com.br Pode ser útil para outros leitores que possuam dúvidas semelhantes, mas, por um motivo ou outro, não desejam se manifestar.

Roger Responde 049 – O Universalismo Crístico se manterá puro com o transcorrer das décadas?

049 – Pergunta (22/11/2010): Roger, você acredita que o Universalismo Crístico se manterá puro com o transcorrer das décadas? Geralmente as pessoas, com o tempo, distorcem as verdades imortais, como aconteceu com todas as religiões, e que você muito bem relata em seus livros. Você acredita que o Universalismo Crístico não será distorcido ou, então, não se criarão dissidências a partir dele?

Roger: O Universalismo Crístico é uma ideia, e não uma seita ou organização religiosa. Ele possui uma essência incorruptível baseada em seus três alicerces fundamentais: (I) : o amor ao próximo como a si mesmo buscando cultivar as virtudes crísticas de forma verdadeira e incondicional refletindo diretamente o amor do próprio Criador. (II) a crença na reencarnação do espírito e do carma, pois sem esses princípios não existe justiça divina. (III) a busca incessante pela sabedoria espiritual aliada ao progresso filosófico e científico com o objetivo de promover a evolução integral da humanidade.

Além desses três princípios fundamentais, o Universalismo Crístico possui dois roteiros inabaláveis: (I) A lei do amor. Tudo que foge da maior das virtudes deve ser descartado, pois não provém de Deus. (II) A busca da verdade. Jesus nos ensinou: “Conhece a verdade e a verdade te libertará”. A verdade está onde estão o bom senso e a lógica.

Se alguma dissidência ou novas ideias fugirem desses três alicerces e dois roteiros, poderá ser chamada de qualquer coisa, menos de Universalismo Crístico. E cabe a cada um de nós, que buscamos a universalidade do saber espiritual, jamais dar respaldo a essas novas dissidências que fogem desses princípios. Obviamente que devemos sempre respeitar as ideias alheias e até mesmo apoiá-las, se forem alicerçadas no amor, no entanto, não podemos jamais permitir que o Universalismo Crístico corrompa a sua essência. A essência do UC já é bem ampla e permissiva. Trata-se apenas de um roteiro que tem por objetivo apoiar a caminhada espiritual da humanidade, permitindo a todos liberdade de ação. Se consentirmos que seu “esqueleto central” seja corrompido, o Universalismo Crístico perderá a sua importância e destaque acima das religiões, e tornar-se-á mais uma das milhares de crenças e seitas que existem pelo mundo. Somente a sua estrutura consolidada e incorruptível manterá a sua mensagem universal e perene.

O Universalismo Crístico é a “chave” de tudo… é a pedra filosofal da Nova Era! E tal tesouro precisa ser protegido pelos templários modernos de quaisquer distorções e incompreensões, com verdadeiro espírito de amor e fraternidade.

Roger Responde 048 – O UC e o conceito de amor incondicional, livre do apego.

048 – Pergunta (15/11/2010): Isto é mais um relato do que uma pergunta, mas, intuí que seria útil. Quando o Universalismo Crístico surgiu em meu caminho, serviu como gatilho para inúmeros disparos de consciência, e o primeiro livro que li foi o próprio “Universalismo Crístico – O Futuro das Religiões”. O que mais marcou minha vida a partir daquele momento foi o conceito “Amor/Apego”, eu achava que vivia um relacionamento feliz, eram muitas brigas, ciúmes, discussões infrutíferas, picuinhas de almas presas aos grilhões da condicionalidade. Quando li o livro, tentei empregar o conceito do “amor incondicional”, a minha noiva ficava louca quando queria brigar e eu me forçava a manter-me sereno, dizendo que me recusava que nosso relacionamento se mantivesse tão imaturo, tudo o que eu me disciplinava a falar e sentir era o bom sentimento do carinho. E me mantive assim durante meses, eu vibrava para que ela entendesse isso, sem forçar, esperando o tempo necessário das mudanças, até que ela leu o U.C e compreendeu o porque do que eu estava fazendo. Hoje, caminhamos juntos, ajudando-nos mutuamente em nossa evoluções, sempre nos disciplinando para o caminho do bem. Somos muito felizes. Então eu sou grato ao U.C, e a você Roger, por nos fornecer esse gatilho de evolução. Respeitar o tempo de evolução de cada um, não é abandoná-lo a mercê de seus obscuros sentimentos, nossa mente tem muito poder de auxílio, paciência e emanação luminosa ajudam, ainda mais com a força da transformadora era de Aquário.

Roger: Realmente essa não é uma pergunta, mas concordo com a tua intuição, é um depoimento útil a todos nós. Eis o objetivo de nosso trabalho. Todas as dificuldades não são nada comparadas com a alegria de receber relatos como esse, ou, então, de um presidiário que diz ter-se transformado com a leitura do livro “Sob o Signo de Aquário”, ou do adolescente que abandonou as drogas ao ler o livro “A história de um anjo”, ou aquele leitor que viajou ao Egito depois de ler o Akhenaton, e descobriu um novo sentido para sua vida, etc, etc…

O entendimento do conceito “amor/apego” é tão fundamental para a nossa verdadeira compreensão do amor que, em nossas palestras de divulgação do Universalismo Crístico, para embasar melhor o primeiro dos três princípios do UC, narramos a maravilhosa história de Jesus, chamada “No caminho do amor”, que foi originalmente psicografada por Chico Xavier, no livro “Contos e Apólogos, (irmão X), e a reproduzimos em nosso livro “Sob o Signo de Aquário – Narrações sobre viagens astrais”. Nesse texto, Jesus nos mostra, com seu brilhantismo habitual, as duas faces do amor: a primeira baseada no apego e no desejo, fruto dos caprichos egoístas de almas infantis. A segunda, que é a personificação de Deus, é o amor doação, aquele que somente as almas em busca da luz conquistam e compreendem.

Estamos vivendo um momento especial na história da humanidade. Uma nova consciência está surgindo. O ingresso da humanidade na “era de Aquário” simboliza a necessária mudança na forma como devemos empreender nossa evolução espiritual. É o fim da era da submissão aos dogmas religiosos alienantes; e o início da busca consciente de Espiritualidade. Feliz daquele que compreende isso e empreende a sua caminhada rumo à autoiluminação consciente.