Vivenciando
a Alteridade
Convidamos a todos
para que nessa semana possamos refletir sobre o conceito de alteridade e
emaná-lo para todos os nossos irmãos, para que o seu significado possa ser
incorporado e vivenciado por todos, instaurando em nosso mundo o amor, o
respeito e a aceitação das diferenças, a fraternidade e a caridade.
A alteridade pode ser
definida como a qualidade ou a natureza do que é outro, diferente. É
compreendida como o ato de colocar-se no lugar do outro em uma relação
interpessoal, com consideração, valorização, identificação, e assim, dialogar
com o outro. É o estabelecimento de uma relação de paz com os diferentes, é a
capacidade de conviver bem com a diferença do qual o outro é portador. Seu
exercício se aplica em todos os tipos de relacionamentos, tanto entre os
indivíduos, como entre os grupos formados pela sociedade.
A convivência com os
que pensam diferentes de nós constitui um grande desafio rumo à evolução do ser
humano, ainda muito apegado aos seus ideais e valores, as suas crenças que
acredita serem portadoras da verdade absoluta, e principalmente ao orgulho e a
falta de entendimento. O desafio está em aceitar o diferente, em aprender a
respeitá-lo e amá-lo da forma como é, com as suas diversidades. O crescimento é
eminente quando lidamos com aqueles que pensam, sentem e agem diferentemente de
nós, numa relação alteritária.
A
prática da alteridade conduz o homem da diferença à soma nas suas relações, ela
agrega ao invés de dividir, ela traz harmonia às convivências. Procure agir de
maneira diferente, não tente mudar a forma como as pessoas pensam e agem,
aceite-as como elas são. Nenhum homem possui a capacidade de mudar o outro,
entretanto, possui a capacidade de mudar a si próprio. Através da relação
alteritária estabelece-se um convívio pacífico e construtivo com o outro, com o
diferente, na medida em que se passa a compreendê-lo e a ter a humildade de
aprender e de crescer com ele.
Para
aprendermos a viver com alteridade, precisamos seguir alguns passos rumo a
aceitação das diferenças. O primeiro deles é a Identificação, e constitui-se na
eliminação de quaisquer preconceitos, compreendendo a real identificação dos
posicionamentos e atitudes do outro, e que a forma como ele é hoje se deve as
experiências adquiridas ao longo da sua bagagem espiritual. O segundo passo é o
Entendimento, e consiste em entender as razões conscientes e até mesmo as
inconscientes, como medos, anseios e motivações, do outro, para que não façamos
avaliações superficiais ou definitivas e fechadas, que nos impeçam de ampliar a
compreensão da sua postura e das suas diferenças. O terceiro e último passo é o
Aprendizado, em que permite com que sejamos receptivos com os sentimentos do
outro, e que a acessibilidade seja mútua, facilitando uma relação de aprendizado,
encontrando assim aspectos em comum, que nos unem com o outro, permitindo que o
esclarecimento e o amadurecimento pelas experiências vividas ao longo do tempo
tragam-nos a sabedoria.
Somente atingiremos a
alteridade se nos dispusermos a, diante do diferente, parar, olhar, ouvir com
atenção e ponderar com calma, agindo com equilíbrio e principalmente com muito
amor, com a certeza do apoio e da constante presença de Nosso Senhor e de
nossos irmãos de luz do Plano Espiritual.
Quando
o homem compreender verdadeiramente o significado de “Amar ao próximo como a si
mesmo”, sentirá vibrar em seu íntimo a força unificadora provinda de nosso Pai
Maior. Para exercitarmos essa máxima, precisaremos praticar diariamente o
desprendimento de nossos preconceitos, aceitando, respeitando e compreendendo
as diferenças daqueles que nos cercam, vivenciando assim a alteridade.
Vamos nos dar as
mãos, abraçarmos a humanidade com todo o amor, emanando a luz divina da
mensagem crística.
Paz e luz a todos!