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Vibração Coletiva (06/06/2018) – A Consciência Sobrepuja a Violência

A Consciência Sobrepuja a Violência

Irmãos queridos, nessa semana convidamos a todos para que nos concentremos em um tema triste, porém de grande espaço e impacto em nossa sociedade, e que parece estar cada vez mais presente, a violência. A palavra violência exprime todo pensamento, palavras ou ações, que exteriorize um sentimento contrário à lei do amor e da caridade. A prática da violência está vinculada aos primeiros estágios de desenvolvimento do espírito imperfeito, que ainda sem consciência do amor, age impulsivamente, apoiado pelos vícios que sua alma carrega, ignorando as leis da sabedoria divina. A lei de Ação e Reação, por exemplo, nos permite compreender que todo o mal que cometermos terá de ser, um dia, por nós expiado.

Recebemos em nossas casas diariamente, através da exposição da mídia, uma enxurrada de notícias e reportagens que descrevem atos de extrema violência praticados pelo ser humano, o que nos faz pensar, e até mesmo pode nos tornar, descrentes de que um dia nos encontraremos em um mundo onde a paz e o amor imperarão. Quando nos remetemos ao passado, percebemos que a violência sempre teve um amplo espaço de atuação entre os homens. Muitos relatos da história nos apontam a insensibilidade e ignorância de seres que ainda se encontravam distantes da prática do amor e do entendimento das Leis do Pai.

Precisamos compreender que por mais atrozes que tenham sido essas ações, tanto as que ocorrem hoje, como as que a história nos revela, elas se configuram em um processo natural da evolução da humanidade, a nível de amadurecimento e crescimento espirituais, e condizem com o estágio em que nos encontrávamos, e que ainda nos encontramos, na Terra. Antes de condenarmos ou julgarmos o irmão que hoje age com insensibilidade, devemos realizar um exame de consciência, pois não sabemos se em nosso íntimo estão guardados em estado latente, os mesmos graus de violência que condenamos, esperando um momento propício para despertar.

Cada gesto de agressividade, de perversidade, de desumanidade, origina-se da criatura que ainda não aprendeu a amar, onde a insensibilidade e a aspereza de sua psique, indicam o grau em que este ser se encontra no seu processo evolutivo espiritual. Estas ações caracterizam a imperfeição dos sentimentos desse ser, aliadas também à ignorância das leis naturais e dos seus mecanismos, originando atos contrários a essas mesmas leis, ou seja, atos de violência. No entanto, a ignorância dos homens perante a atuação dos mecanismos de Deus, não os exime da culpa ou da responsabilidade sobre seus atos, pois sabemos que as Leis Divinas estão inscritas na consciência de todos os seres, o que os permite discernir sobre o bem e o mal.

A Alta Espiritualidade nos esclarece sobre a evolução do homem, através de “O Livro dos Espíritos” (terceira parte, capítulo VI): “A humanidade progride. Esses homens, em que o instinto do mal domina e que se acham deslocados entre pessoas de bem, desaparecerão gradualmente, como o mau grão se separa do bom, quando este é joeirado. Mas, desaparecerão para renascer sob outros invólucros. Como então terão mais experiência, compreenderão melhor o bem e o mal. Tens disso um exemplo nas plantas e nos animais que o homem há conseguido aperfeiçoar, desenvolvendo neles qualidades novas. Pois bem, só ao cabo de muitas gerações o desenvolvimento se torna completo. É a imagem das diversas existências do homem.

Com esta citação, podemos compreender que no homem encontramos todas as faculdades para nele se desenvolver o bem. Em essência, somos todos unos com a Perfeição Divina que habita em nós, fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Esse conhecimento nos leva a crer que todo ato que corresponde a uma violência é somente fruto de uma atitude viciada do homem perante sua real natureza espiritual. O homem não é mau em essência, o que ocorre é que o seu “eu” interior está viciado na prática do mal, devido a sua ignorância e distanciamento da prática do bem.

Para que o homem se liberte do ciclo vicioso, é preciso que amplie sua consciência, interiorizando as mudanças que deve realizar, e que seus atos são equivocados e não condizem com atitudes sensíveis e humanas. Esse processo de conscientização e de aprendizagem permite que o homem, gradativamente, abandone seus gestos bárbaros e trabalhe na construção do seu aprimoramento moral. Durante nossa caminhada, maculamos nossa “túnica nupcial” através de nossos atos anti-crísticos, e somente com o desejo franco de mudança e de retorno à pureza, poderemos nos eximir dos débitos e nos libertar dos vícios enraizados e cultuados por séculos.

Que com nossa sincera e amorosa vibração, possamos emanar ao nosso planeta energias de cura para todos os focos enfermiços de nossa sociedade, que cada irmão que ainda vive na prática do mal, do desregramento, da violência em si, possa acordar desse ciclo e sinta o amor penetrar seu coração enrijecido pelas vicissitudes. Que estes irmãos possam sentir também nossos fluídos de perdão, pois compreendemos os motivos de suas atitudes doentias, e se hoje nessa posição nos encontramos, é porque de uma forma ou de outra, estamos na luta para vencer essas mesmas dificuldades. Que possamos todos interiorizar, neste momento, mais um dos sublimes ensinamentos do Mestre Jesus, que quando se encontrava em meio a um dos maiores atos de violência da humanidade, a Sua crucificação, disse com amor e misericórdia ao Criador: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”.

Paz e luz a todos!

Roger Responde 169 – Como funciona a lei de carma e resgate?

169 – Pergunta (11/03/2013): Gostaria de esclarecimentos sobre a nova lei que agora vigora na Terra, segundo o que tenho lido, a lei de ação e reação, e se não vigora mais a lei do karma, ou seja, não temos mais nada a pagar a ninguém a quem tenhamos ofendido ou feito mal? Agora é cada um por si e Deus por todos? Quem não tem mais jeito vai voltar pra pré-história e começar tudo de novo? Estou vendo as pessoas pirarem com coisas pequenas, não sabem se controlar, transmutar o mal para o bem apenas emitindo o amor ao próximo em pensamentos. A energia na Terra está muito densa e tenho sentido um aperto muito grande no coração de ver pessoas tão bacanas se acabando e querendo acabar com os outros por bobagens. Tenho visto como estão te atacando também, Roger, e sinto muito que você tenha que passar por isso. Pelo menos pra mim, você só deu provas de amor incondicional pela humanidade. Parabéns pela sua coragem e bravura de assumir esse compromisso espiritual em prol dos necessitados de Luz, que assim como eu, buscam a verdade. Tenha uma boa semana! Paz, amor e Luz pra você e toda sua equipe!

Roger: Calma, querida amiga, as leis espirituais não mudaram, apenas existem compreensões diferenciadas delas. Além disso, o que ocorre, algumas vezes, é que as pessoas as distorcem para atender aos interesses de seu ego. Isto precisa ser vigiado com muita atenção. O nosso desejo de nos livrarmos dos compromissos espirituais faz com que justifiquemos essas crenças de que não devemos arcar com o mal que fizemos a outrem no passado. Algumas pessoas dizem que basta orarmos e queimarmos o carma com a “chama violeta”, sem contato algum com sua vítima. Já falei sobre isso na pergunta 121 do dia 09/04/2012.

No livro “Universalismo Crístico Avançado” falamos, também, bastante sobre esse assunto no capítulo 12. Em resumo: Nós contraímos dívidas com outros irmãos e devemos resgatar estes débitos. No entanto, se a nossa vítima do passado rejeitar harmonizar-se conosco, não ficaremos atrelados por séculos a ela. Pagaremos a dívida a Lei, através de nossa mudança de padrões de comportamento. Ajudaremos aquela vítima futuramente, mas sem o impositivo da lei cármica, porque nós evoluímos, enquanto ela ainda reluta em aceitar a reconciliação. O carma é aprendizado, e não punição. Abaixo reproduzimos algumas frases deste capítulo do livro que aborda esse tema:

“As pessoas com consciência espiritual acreditam que estamos aqui para resgatar carmas do passado. Só que, algumas vezes, não percebem que apenas isso não basta. É necessário, também, realizar uma mudança de padrões de comportamento. Só assim o ciclo se encerra!… O aprendizado é o que realmente importa nas questões cármicas. Se ele não ocorrer, o carma não é resgatado, por mais que tenhamos sofrido com a sua ação impiedosa… Inclusive, o carma pode até ser mudado, ou mesmo anulado, a partir do aprendizado. A função de nossas experiências na matéria é provocar evolução interna, ou seja, instruir-nos sobre o caminho da luz. Não existe punição divina. O homem é que ainda percebe a causa da dor dessa forma equivocada, ou seja, acreditando que ela é um castigo em vez de um ensinamento. Isso dificulta a libertação dos ciclos reencarnatórios de sofrimento. Apenas viver o carma não é suficiente. É necessário aprender com ele e modificar-se para melhor. Em outras palavras: dar novas respostas ao mundo ao nosso redor, abandonando antigos padrões de comportamento… Sobre o carma, nada mudou com relação à visão dos estudiosos espiritualistas do passado. A única diferença é que a percepção da humanidade de agora é mais ampla, permitindo que ela compreenda melhor esse mecanismo. Não existe culpa e castigo. O que existe é erro e aprendizado. O carma só se manifesta com essa intenção. Quem se conscientiza rapidamente que ingressou na estrada da sombra, logo se liberta da imposição do carma, podendo até mesmo evitá-lo.”

E realmente, “quem não tem mais jeito”, ou seja, aqueles que não ficarem “à direita do Cristo” e não se tornarem o “trigo” das parábolas de Jesus serão exilados para um mundo de ordem primitiva para reiniciar o seu aprendizado. Enquanto que os “bem aventurados, mansos e pacíficos herdarão a Terra” em suas encarnações futuras. A tarefa central do Universalismo Crístico é justamente tentar despertar os nossos irmãos para essa realidade, enquanto ainda há tempo, e começar a construir a estrada espiritual que todos trilharão nos séculos futuros, atendendo às exigências evolutivas da Nova Era.

Fico triste também em ver pessoas que naturalmente seriam do Bem, porém fazem maldades aos seus semelhantes por pura ignorância espiritual. As religiões já não despertam mais. E, infelizmente, o Universalismo Crístico ainda tem pouco alcance. Por isto o nosso foco nos próximos anos será o de levar o ideal do Universalismo Crístico a um número cada vez maior de pessoas. Livros já temos bastante. Já são dez! E, mesmo assim, eles ainda não são lidos dentro da magnitude e expectativa da Alta Espiritualidade para despertar e motivar mais pessoas para obterem a consciência difundida pelo projeto Universalismo Crístico. Precisamos trabalhar mais no campo da divulgação. Precisamos libertar mais e mais pessoas do entorpecimento em que se encontram.

E quanto aos ataques que recebo, não se preocupe, querida irmã, já estou ficando calejado. Quanto mais forte a luz, mais ela incomoda a escuridão! Ensinamentos espirituais de vanguarda sempre foram rejeitados e caluniados por quem ainda não está pronto para dar um passo mais além no campo da consciência espiritual. Isto é muito natural. Só fico triste quando vejo colaboradores próximos, que deveriam ter ampla consciência de suas missões, se deixarem levar pela vaidade e pelo ego, comprometendo a sua caminhada espiritual junto a essa missão tão linda que é o projeto Universalismo Crístico.