Amados irmãos, nessa semana convidamos a todos para um encontro especial com o ser que mais nos traz alegrias, mas que, por muitas vezes, é esquecido pela maioria. Gostaríamos de propor a busca pela nossa criança interior em prol do encontro com a nossa própria essência.
A criança interior representa a parte de nossa personalidade que é brincalhona, espontânea e criativa, que ama e permite ser amada sem medos ou barreiras. Ela é alegre e percebe o mundo como um lugar mágico e sagrado, um mistério a ser desvendado. Ela conhece nossos talentos e potencialidades, muitas vezes escondidos e negligenciados devido à sociedade repressora da qual somos parte, mas que possuem um papel importantíssimo na nossa felicidade e realização pessoal. O encontro com a criança interior é essencial para tornar essa encarnação mais leve e feliz, assim como para a descoberta de nossa missão terrena.
No mundo atual, pouquíssimas são as pessoas que estão em contato com a criança interior. Isso acontece porque estamos presos ao “dever” e extremamente distanciados do “sentir”. Quando nascemos, não há a consciência de um “eu” separado do mundo. É aos poucos que vamos criando nossa imagem pessoal, e isso acontece através da opinião de nossos pais e dos adultos ao nosso redor. Nos dizem: “você é inteligente!”, ou “você é carinhoso!”, e gradativamente agrupamos essas informações para criar a ideia de quem somos, chamada de ego. Conforme os anos de nossa infância passam, perdemos aquele estado natural de apenas ser, apenas sentir, e isso é natural. No entanto, a total e completa identificação com o ego pode ser muito perigosa, pois acaba dependendo também da opinião dos outros a nosso respeito. Se não somos apreciados e amados, temos a sensação de não saber qual é a nossa identidade, pois, na maioria das vezes, a construímos através da maneira que as pessoas ao nosso redor nos percebem. Assim, vivemos uma vida inteira focados em ser bons, não para nós, mas para aqueles que estão por perto. Pensamos que devemos ser bons profissionais, devemos ser bons pais, devemos ser bons maridos e boas esposas, devemos, devemos, devemos…
Por muitas vezes, esquecemos de enxergar que precisamos aceitar os nossos dois lados, o bom e o ruim, pois nunca conseguiremos viver 100% em equilíbrio. É necessário entender que erraremos infinitas vezes até o final de nossas vidas e o importante é que consigamos aprender com os nossos erros e experiências, sejam elas positivas ou negativas. Quando somos crianças, errar é natural, por muitas vezes, até rimos dos nossos erros, mas conforme vamos crescendo as responsabilidades vão criando uma cobrança excessiva, que nos faz perder a espontaneidade, simplesmente, por medo de errar, preocupados com o que os outros vão pensar e falar sobre nós.
Na idade adulta, a maior parte das pessoas não está mais conectada com o estado natural de “ser”, que a criança domina tão bem. Estamos quase todos imersos no estado de “dever”, e vivemos como se estivéssemos mortos, sem vontade própria, simplesmente, seguindo os padrões do que os outros esperam de nós. Somos como vampiros sugando amor e aceitação uns dos outros o tempo inteiro, quando poderíamos nos conectar mais com a nossa própria vontade, com a nossa criança interior e encontrar uma fonte inesgotável de amor e felicidade, que sempre estivera ali, e cuja existência não depende da opinião de ninguém. Essa fonte está a nossa disposição, desde o momento em que Deus nos criou, porque ela é a pura essência divina em nós.
Vibremos nesta quarta-feira às 22 horas, pelo reencontro de cada um com sua criança interior, essa energia criadora e sagrada que possui um imenso poder de cura. Ironicamente, só nos tornaremos adultos e maduros emocionalmente quando nos tornarmos mais parecidos com as crianças, pois assim, não precisaremos mendigar amor, e sim encontrá-lo nas profundezas de nosso ser.
Paz e luz a todos!