Amados irmãos, hoje reuniremos nossas energias para a dissipação do medo que insiste em reinar dentro de nossas mentes e corações. Criado e cultivado por nós mesmos, esse sentimento tem prejudicado o nosso dia-a-dia, assim como nossa evolução pessoal e consequentemente coletiva.
Começando com os gestos mais simples, temos deixado de transmitir sentimentos, de batalhar novas conquistas, de seguir a nossa própria essência por medo do que as pessoas irão pensar ou dizer em relação a nós. Insistimos em supervalorizar a opinião dos outros em detrimento das nossas próprias impressões. O mais complicado é quando percebemos que, um dos motivos para agirmos assim, é o fato de estarmos inseridos em uma sociedade acostumada com a terceirização de praticamente tudo, você já parou para pensar sobre isso?
Antigamente as pessoas plantavam e produziam seus próprios alimentos, desenvolviam móveis e decorações para as suas casas, consertavam qualquer coisa que estragasse, inventavam brincadeiras, cantarolavam em grupo, mesmo que não houvesse técnica, pois o importante era que houvesse a diversão e a troca de experiências. Em nosso modo de vida atual, a nossa comida é “feita” pelo micro-ondas, as coisas que estragam são descartáveis e contratamos os serviços alheios para várias coisas que teríamos capacidade de fazer. Só o que fazemos é trabalhar, trabalhar e trabalhar para que possamos bancar as nossas terceirizações. Com isso não apontamos críticas, mas alguns padrões que desenham a nossa realidade que, às vezes, nos fazem esquecer de que existem coisas que ninguém pode fazer por nós e uma delas é o pensar.
É necessário que comecemos a refletir sobre os acontecimentos, ao invés de repetir as notícias que ouvimos. Precisamos conhecer mais as pessoas, antes de absorver as opiniões de terceiros. Muito importante é o ato de avaliar as nossas atitudes, qualidades e defeitos, no lugar de esperar que pintem para nós as nossas características e aprovação ou negativa sobre os nossos atos. Com a facilidade do nosso dia-a-dia de termos tudo nas mãos, tecnologias que nos oferecem respostas imediatas, como se o poder estivesse nas “pontas de nossos dedos” fazem com que percamos o hábito precioso da reflexão.
Sem o pensar começamos a estagnar moralmente e nos aproximamos, cada vez mais, de nossos amigos animais irracionais. Nos tornamos mais instintivos e menos senhores de nós mesmos, como se estivéssemos sendo guiados por forças pelas quais desconhecemos. Sem reflexão, não há conhecimento, sem o conhecimento sobra, em abundância, o medo. O medo de errar, o medo do que vão falar, do que vão pensar, o medo de nós mesmos e de tudo aquilo que algum dia nos foi apresentado como algo certo ou errado a se fazer. Nossos valores se esvaem na necessidade de adaptação ao meio e aos objetivos finais daquilo que achamos que é primordial para a nossa felicidade.
Vibremos para que nossos medos em excesso sejam substituídos por coragem de mostrar a nossa essência divina, que consigamos derrubar as barreiras que nos prendem na ilusão de almejar um mundo que não queremos e de conquistar coisas que não serão úteis para a nossa evolução. Peçamos para que haja mais reflexão, mais conhecimento, menos animalidade e mais humanidade. Encontremos a nossa essência, façamos as pazes com quem somos de verdade e percamos a vergonha de reconhecer os nossos defeitos, assim como o medo de mostrar a beleza de nossas potencialidades.
Que a paz de Deus esteja conosco, hoje e sempre!!! _/\_ <3