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Notícia da Semana – Um lugar para recomeçar. Como um milionário egípcio quer ajudar os refugiados sírios

naguib

 

A crise dos refugiados sírios tem sido notícia no mundo todo.

Fugindo da guerra que dura mais de quatro anos na Síria, as pessoas daquele país tem procurado abrigo em países europeus (e alguns até no Brasil).

Como se não bastasse todo o sofrimento, mais de 2.300 sírios morreram na tentativa de encontrar um novo país para se abrigar, muitos deles afogados no mar.

A história do menino Aylan, encontrado morto numa praia da Turquia comoveu a todos. Somente o pai do menino sobreviveu.

Tocado por essa tragédia, o magnata egípcio das comunicações Naguib Sawiris teve uma ideia ousada e inusitada: comprar uma ilha, na Grécia ou na Itália, e povoá-la com refugiados, que trabalhariam na construção da infraestrutura do lugar, podendo viver lá ou retornar a seu país de origem, se assim quisessem.

A ideia de Naguib é que a ilha se torne um novo país para acolher os refugiados de guerra. Para ele, os refugiados tem sido tratados “como gado” e é hora de tratá-los como humanos que são.

O magnata reconhece as dificuldades de se realizar um projeto tão ambicioso, como convencer as autoridades gregas ou italianas a vender uma ilha e todos os detalhes jurídicos que virão com essa venda.

As negociações com a Grécia já avançaram, segundo o portal G1, e Naguib tenta comprar não uma, mas duas ilhas para acolher os refugiados. Ele calcula gastar entre 37 e 373 milhões de dólares na compra desses territórios.

Ele ainda espera conseguir cooperação da ONU para realizar seu projeto.

Seria um alento para milhares de sírios fugindo da violência da guerra em seu país. Trabalhar para manter seu abrigo e ter um lugar seguro para se abrigar pode parecer um sonho ousado, mas com disposição e investimento, isso pode ser possível.

E Naguib Sawiris parece ter todos os elementos para conseguir seu intento com folga!

Acesse a notícia no link: http://awebic.com/democracia/um-lugar-para-recomecar-como-este-milionario-egipcio-quer-ajudar-os-refugiados-sirios/


Reflexão

Hoje temos uma proposta milionária, capaz de mudar e melhorar a vida de milhares de pessoas refugiadas. Se uma pessoa está tentando fazer isso, imaginem milhares de pessoas, com recursos ou apenas boa vontade. A riqueza é um empréstimo de Deus, não levamos nada da matéria, mas sim as nossas virtudes. Foquemos mais no SER e menos no TER.

Paz e Luz a todos!

Roger Responde 096 – A meditação poderia ajudar na atual transição que estamos passando?

096 – Pergunta (17/10/2011): Roger, muito pouco se fala e quase nada se sabe sobre a meditação (contemplação) aqui na filosofia do Ocidente, ao contrário da do Oriente. O “não-agir” permanente, praticado por muitos orientais, sem dúvida não é uma atitude ideal para a Nova Era. Em contrapartida, o “falso-agir” praticado pela grande maioria dos ocidentais é muito mais reprovável. Como você vê a prática da meditação no horizonte da nova era que se aproxima? A meditação poderia ajudar na atual transição que estamos passando? Ao passo que o estudo de obras crísticas ajudam a “saber”, a meditação não ajudaria as pessoas a “Ser aquilo que se sabe”? Não haveria um avanço espiritual muito maior nas pessoas se elas aliassem a caridade com a meditação do que naquelas que só praticam a primeira?

Roger:  Sim. A tua colocação é muito interessante. E talvez aí esteja o foco principal para realmente o homem se desenvolver espiritualmente de forma integral. O mestre Ramatís, na segunda metade do século passado, através de seu médium Hercílio Maes, trabalhou em seus livros sobre a importância de unirmos os conceitos espirituais do Ocidente e do Oriente, dando o “pontapé inicial” para o trabalho que realizamos hoje através  da difusão do projeto Universalismo Crístico na Terra.

O cenário atual no mundo ocidental, em geral, realmente é o do “falso agir”, como colocaste sabiamente em tua pergunta. Seguimos as religiões, as mais diversas, mas não existe uma reflexão sobre seus ensinamentos e qual é o objetivo de nossa existência no mundo material. Tudo é muito superficial; haja vista o mecanicismo imposto pela vida humana. O homem ocidental tem medo de meditar. Vive escravo de sua rotina. Quando chega em casa do trabalho e não encontra ninguém em casa, rapidamente liga a televisão, temendo ter que realizar um “diálogo consigo mesmo”.

São raros aqueles que realizam o saudável ato de meditar sobre sua caminhada espiritual e depois ainda buscar colocar em prática o que aprendeu na teoria, exercitando “seu espírito” para adquirir praticamente as virtudes que devemos agregar às nossas almas para nos tornarmos pessoas melhores. “Conhece-te a ti mesmo”, já diziam os sábios filósofos gregos.

Meditar e não agir é o “não-agir”; não meditar, e agir sem consciência real do objetivo dessa ação é o “falso-agir”. Muitos espiritualistas praticam a caridade, mas sem real sintonia com ela. Em alguns casos, realizam a caridade apenas para obterem méritos espirituais com o objetivo de escaparem de ter de expiar os seus desvios de comportamento nas zonas de trevas do mundo espiritual, após seu desencarne, como foi bem descrito no livro/filme “Nosso Lar”.

A mudança interna necessita de prática diária; da mesma forma que necessitamos de exercícios rotineiros para que nosso organismo físico tenha saúde e bem estar. Como falei na semana passada, fiz uma cirurgia no joelho e agora estou realizando fisioterapia para que o movimento da perna seja plenamente recuperado. Da mesma forma ocorre com nossas almas. Se nos afastarmos do exercício saudável de “meditar” para obtermos a consciência crística para “praticar” sinceramente ações voltadas para o Bem e para a Verdade, nossa alma se atrofiará ou, pior, se acostumará ao “movimento inverso”, ou seja, se acostumará a viver na sintonia negativa, reclamando de tudo e de todos e seguindo pelo caminho mais fácil, que é o de atender somente os desejos de seu próprio ego, desligando-se de sua relação com o mundo e vivendo apenas para seus interesses. No plano espiritual, consciências que vivem nessa sintonia, tomam a forma de ovoides, perdendo sua forma perispiritual e vivendo em um mundo íntimo de ódio, rancor e inconformidade, perdendo a conexão com Deus e os bons espíritos por longos períodos.

Não meditar e filosofar sobre quem somos, de onde viemos, e qual nosso objetivo na vida, é alienar-se, ou seja, morrer em espírito. Dessa forma passamos a ser máquinas de carne alienadas que apenas aguardam o momento de desencarnar e voltar para a pátria espiritual em débito, necessitando resgatar todo o tempo perdido. Meditar e não colocar em prática é aprender, mas, infelizmente, não viver. Somente realizando as duas coisas, cresceremos espiritualmente e alcançaremos a tão sonhada felicidade eterna. O Universalismo Crístico em essência é exatamente isso. Aprender com a filosofia espiritual ensinada pelos grandes mestres de todas as religiões, e, sinceramente, colocá-las em prática, libertando-se da alienação espiritual vigente no mundo nos dias atuais.

Jesus nos disse: “Conhece a verdade e ela vos libertará”,  “não olhe o cisco no olho de teu irmão; veja a trave que encontra-se no seu” e diversos outros “antídotos antialienantes”… cabe a nós abrirmos nossos olhos e percebermos esses ensinamentos e colocá-los em prática.