070 – Pergunta (18/04/2011): Gostaria de saber, para refletir e aprender, como se dá o seu processo de elaboração dos livros, sempre escrito na 1º pessoa, ou seja relatado por você mesmo. Desdobrado você assiste as imagens numa tela, ou elas aparecem na sua mente em vigília (ou não), durante a escrita? Ou ambas as coisas? Você rememora os desdobramentos e os diálogos com seus guias na íntegra ? Lhe ditam alguma coisa, tipo psicografia intuitiva? Como é elaborado o “enredo”? Você mescla informações suas com a de seus mentores, o que facilita o intercâmbio? (Afinal Ramatís disse que os estudos do Hercílio o tornavam mais apto a registrar suas ideias.). Você estuda coisas sobre Alcyone, a soc. secreta nazista, que lhe dão subsídios na escrita e na compreensão do que querem lhe transmitir? Imagino que seja uma missão árdua a sua. O esquecimento dos acontecimentos vividos durante o desdobramento descansa e alivia o médium e a todas as pessoas, no geral. Como é o seu caso, ainda mais diante do grau de “surrealismo” de experiências que me parecem vividas no plano mental, acima do astral, você consegue se desligar para manter uma vida terrena equilibrada?
Roger: Essa pergunta é pertinente e interessante. Geralmente nos eventos de divulgação do Universalismo Crístico que participo, essa é uma questão sempre presente. Portanto é importante respondê-la aqui. Vamos lá! Para entender bem a mecânica de nossos nove livros é importante ter lido a todos. Creio que esse não é o caso de quem realizou essa pergunta . Nossos livros são elaborados através dos mais diversos estilos mediúnicos.
Nosso primeiro livro “A história de um anjo” foi elaborado durante os primeiros anos da década de cinquenta do século passado, no astral, antes da minha encarnação, que ocorreu em 1969. Todas as narrativas ocorridas no astral foram acompanhadas por mim, ao lado de Hermes, quando eu estava desencarnado. A segunda parte do livro, que faz uma projeção dos espíritos missionários responsáveis pela união da consciência espiritual da humanidade, modelo básico do Universalismo Crístico, foi realizada através de uma análise da programação traçada para as missões desses espíritos. Não existe fatalismo. As coisas não acontecerão exatamente como ali está narrado. Trata-se apenas de uma narrativa demonstrando a ação da luz para a transformação da Terra na Nova Era nas próximas décadas. E esse livro serve como exemplo e modelo para que nós façamos a nossa parte. É o fim da era dos gurus. Não temos que esperar líderes ou espíritos iluminados para nos conduzirem. Nós somos a luz! E através de nossa ação conjunta, o mundo se transformará.
Já o livro “Sob o signo de aquário” é um livro tradicional de projeção astral. Cada capítulo é uma noite em que saí em projeção astral com os mentores para, no dia seguinte, com a ajuda deles, relatar os fatos vividos. O elevado grau de lucidez da narrativa é devido também aos esclarecimentos posteriores que os mentores deram ao texto, durante a sua elaboração, geralmente na noite seguinte a do meu desdobramento espiritual.
A trilogia da “Implantação do monoteísmo na Terra”, composta pelos livros “Akhenaton – A revolução espiritual do antigo Egito”, Moisés – O libertador de Israel” e “Moisés – Em busca da terra prometida” foram elaborados a partir de um processo de regressão de memória. O mentor espiritual de nossos trabalhos, Hermes, achou que seria mais interessante que alguém simples do povo narrasse as histórias, e não ele, um grande mestre. Se ele narrasse, poderia acontecer o que geralmente ocorre, as pessoas não se identificarem com a necessidade de um processo de mudança interna porque isso ocorreu com um grande mestre, então é apenas digno de admiração. O leitor analisando e acompanhando as vivências de Radamés/Natanael pôde se identificar e assim trabalhar-se internamente junto com a leitura.
O livro “A Nova Era – Orientações espirituais para o terceiro milênio” é o único elaborado através de psicografia tradicional. Eu e mais dois colaboradores elaboramos perguntas ao mentor Hermes, que as respondeu de forma mediúnica tradicional. A partir de suas respostas formulávamos novas perguntas sobre o tema, ou, então, ele mesmo nos solicitava perguntas mais específicas que nossas mentes não percebiam ou alcançavam.
O livro “Universalismo Crístico – O futuro das religiões” é o foco central de todo o nosso trabalho. Todos os demais livros são “pontes” que levam o leitor da visão espiritual tradicional do século passado para a visão espiritual do futuro. Esse livro funde os estilos mediúnicos apresentados nos livros “Sob o signo de aquário” e “A história de um anjo”. Na primeira parte diálogos com os mestres da luz e com os magos negros sobre o Universalismo Crístico. Na segunda parte uma narrativa sobre a ação daqueles que estão sintonizados com o Universalismo Crístico para implantá-lo no mundo, com o objetivo de atender as necessidades de entendimento espiritual para a Nova Era.
E os livros “Atlântida – No reino da Luz” e “Atlântida – No reino das Trevas” seguem exatamente a mesma técnica mediúnica já apresentadas nos livros da trilogia “Implantação do monoteísmo na Terra”.
Eu não realizo estudos sobre os temas dos livros. Mas, após estarem prontos, procuro realizar uma pesquisa a respeito para ver se as informações estão coerentes com os estudos históricos, arqueológicos e científicos. Principalmente nos livros sobre o antigo Egito, para verificar se os nomes estão corretos, etc. Acho um desrespeito com os leitores livros com erros dessa natureza.