061 – Pergunta (14/02/2011): Roger, acabo de ler o volume 1 sobre Atlântida e te parabenizo pela excelente narrativa, rica em detalhes e abundante em lu(z)cidez! Conseguiste, mais uma vez, nos brindar com uma obra fantástica e inovadora, rompendo com a obscuridade e incertezas que sempre permearam os fatos relativos à Atlântida. Combinar fatos histórico à Luz da espiritualidade sempre traz imensos esclarecimentos sobre as trilhas que as civilizações do passado percorreram. Gostaria que comentasse mais sobre o momento em que você é arrebatado de Trion e de forma consciente conseguiu narrar a ‘‘segunda morte’’. Fiquei bastante curioso com o ocorrido, pois no caso relatado no livro, ele ocorreu não por uma sutilização e sublimação energética mas sim por uma readequação bioenergética a um local novo. Como se dá a derrocada do psicossoma? A exemplo do cordão de prata, existiria um cordão de ouro a ser desconectado? E no estado puro e indivisível de Espírito, quais as percepções que você teve em relação ao estado de ‘‘primeira morte’’? Com votos de felicidade e muitas páginas em 2011.
Roger: Boa pergunta! Já que falamos sobre o “cordão prateado” na pergunta 56, nada mais interessante do que falarmos sobre o “cordão dourado” nessa. Assim como o cordão prateado tem a função de estabelecer a conexão e as trocas energéticas entre o corpo físico e o perispiritual, o cordão de ouro é responsável por esse mesmo processo entre o corpo perispiritual básico, normalmente designado como corpo astral, e o corpo mental, que poderíamos afirmar como sendo o corpo de manifestação espiritual mais próximo de nossa centelha divina, ou seja, o espírito propriamente dito. Em suma, de maneira mais prática, para melhor entendimento, poderíamos dizer que o cordão de ouro é o elemento de ligação entre o corpo perispiritual e o próprio espírito imortal.
O cordão dourado energeticamente é muito sutil, e por isso geralmente não é percebido por médiuns. Eis o motivo de raramente ser relatado nas literaturas espiritualistas. No livro “Atlântida – No Reino das Trevas”, no capítulo introdutório, Hermes nos aconselha a acessarmos a pirâmide no campo mental. Naquele instante, nos projetamos de nossos corpos astrais, ligados pelo cordão de ouro, e acessamos a pirâmide no campo mental e lá a desarmamos definitivamente. Após obtermos êxito na missão, fomos tracionados novamente para os nossos perispíritos, pelo mesmo cordão dourado, devido aos ataques das sombras que sofríamos naquela dimensão inferior. Cabe lembrar, assim como relatamos na pergunta 56, que o cordão prateado e o dourado, não são cabos físicos, mas sim elementos energéticos de natureza espiritual, sem limitações físicas. E vejam que interessante, Arnach não estava reencarnado naquele momento, mas mesmo assim estava ligado ao seu corpo astral pelo fio dourado. São duas instâncias diferentes!
Mas, vamos a pergunta! Realmente, a “segunda morte”, ou seja, a desintegração do perispírito, ocorre no momento em que a nossa consciência evolui a patamares superiores, libertando-se da necessidade de viver no mundo das formas. Com isso, passa a viver apenas no plano mental, experimentando existências inimagináveis a nossa limitada condição atual. Nesse momento, o “cordão dourado” se rompe e o corpo perispiritual se decompõem, assim como acontece com o corpo físico com o rompimento do cordão prateado.
Um fato interessante é que Jesus já vivia no plano mental e, para reencarnar em nosso mundo físico há dois mil anos, teve de reconstruir o seu perispírito. Portanto, ele viveu dois renascimentos: um no mundo físico e outro no mundo astral inferior. Esses dois renascimentos, na verdade, foram a sua verdadeira “paixão”. Um processo bem difícil e doloroso para espíritos que já atingiram a iluminação. A morte de Jesus na cruz foi sua libertação; seus dois renascimentos, um verdadeiro calvário. Algo como tentar aprisionar um raio cristalino de luz em um jarro de barro mergulhado em um pântano.
E esse é um processo semelhante ao que ocorre com espíritos exilados para mundos inferiores. Claro que, observada as devidas proporções. Não é possível viajar pelo espaço com corpos de natureza biológica, mesmo que sutil, como é o corpo astral. A viagem se faz no mental e, no novo destino, deve-se reconstruir o corpo perispiritual com os elementos astrais e biológicos do novo mundo. Dependendo da diferença de vibração entre os mundos, esse é um processo bem doloroso, como já explicamos no livro “A Nova Era – Orientações espirituais para o 3 milênio” e, também, no “Atlântida – No reino da Luz”.
A sensação de “segunda morte” é menos traumática que da “primeira morte”. A morte física, por ser mais grosseira, causa mais impressões sensoriais. A segunda morte parece mais uma libertação das sensações humanas, como se a nossa alma pudesse abraçar o universo, independente dos limites espaciais. No entanto, as percepções humanas típicas, como os cinco sentidos, se perdem. É uma relação puramente mental com o Universo, mas, por incrível que isso possa parecer, é mais ampla e detalhada, apesar da ausência da visão, audição e demais sentidos.