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Vibração Coletiva (07.05.2014) – A espiritualidade em nosso cotidiano

Queridos irmãos, nessa semana convidamos todos a refletir sobre como a espiritualidade permeou a história desde as antigas civilizações, em como ela está inserida em nossas vidas e qual seria a sua real função na transformação da Terra para a Nova Era.

Diante de diversas abordagens e reflexões realizadas aqui, fica a certeza de que a transformação da terra para um planeta de regeneração só irá se concretizar a partir de diversas mudanças conscienciais e comportamentais na humanidade. A paz no mundo, por exemplo, só será implantada no momento em que todos os seres estiverem na mesma faixa vibratória, pois enquanto existir nem que seja um pequeno grupo que acredite na guerra como uma solução correta para os problemas, a guerra ocorrerá e os que forem atacados terão que se defender dando sempre continuidade a esses tristes acontecimentos. A espiritualidade entra como uma poderosa ferramenta para a reforma psíquica da humanidade, já que amplia a nossa consciência nos convidando a reforma íntima e nos ensina o amor ao próximo.

Desde as primeiras civilizações conhecidas pela história, a espiritualidade sempre esteve presente, o que a difere nas diversas épocas era a maneira como era vista. O conhecimento, e nele incluímos o estudo e vivência da espiritualidade, sempre foi limitado entre os homens e ainda é até hoje, pois o poder e a ganância sempre foram mais fortes do que a divulgação do conhecimento e das verdades eternas.

Lembramos que depois de uma intensa vivência na escuridão, que foi a época da Idade Média, a reforma protestante liderada por Martinho Lutero resulta no período renascentista, que reivindicava justamente a fé raciocinada, trazendo à tona a união da fé e da ciência. Mas infelizmente a maioria dos conceitos e causas defendidas por nomes importantes da história, que não tiveram medo de transgredir se perdem com a sua morte, pois a partir daí começam a ser distorcidas, resultando em diferentes ideologias que não são fiéis às originais de seus líderes.

O Brasil é um país com uma diversidade imensa de credos, mas talvez justamente em razão dessa diversidade, estamos cada vez mais perdidos em relação a nossa espiritualidade, passamos a conhecer todos os caminhos, mas ao mesmo tempo não conseguimos seguir por um único. Muitas pessoas sabem e sentem que precisam trabalhar mais o seu lado espiritual, mas não sabem por onde começar. Vivemos um momento onde temos liberdade de expressão, em que circula uma enxurrada de informações de diversas fontes, só que muitas vezes não sabemos como utilizá-las. As informações estão todas separadas e para ter um melhor entendimento de tudo, é extremamente necessário relacionar sem preconceitos os estudos tradicionais com os espirituais.

Relacionando a parte histórica com os estudos espiritualistas, vemos como é facilmente explicado o nosso atraso em termos de espiritualidade. Apesar de sermos extremamente sensitivos até hoje somos orientados a ter medo de tudo que foge ao plano material, e assim somos sempre freados para esse desenvolvimento. Temos sim que possuir muito respeito quando lidamos com o plano espiritual, afinal estamos sempre em contato com seres de todas as ordens e por isso cuidado e cautela é essencial. Porém, temos também que começar a trocar o medo pelo conhecimento e assim cada vez mais entraremos em sintonia com os bons espíritos, que se dedicam arduamente ao bem comum da humanidade, a aproximação deles ocorre de acordo com a nossa sintonia e intenção em tudo que fazemos.

Tudo que existe evolui, inclusive a Espiritualidade. É preciso que criemos uma unidade maior entre o mundo material e o mundo espiritual, sendo este o princípio de um bom desenvolvimento mediúnico. Quando citamos o desenvolvimento mediúnico, não estamos abordando trabalhos em centros espiritualistas, mas sim o nosso contato direto com o plano espiritual, ou seja, o desenvolvimento de nosso sexto sentido no dia-a-dia, sem que sejam necessários rituais ou um ambiente específico para trabalharmos o nosso lado mais sutil. Se nos mantivermos equilibrados, seguindo os preceitos ensinados pelo nosso mestre Jesus, teremos o auxilio mais de perto de irmãos que simpatizam com os nossos ideais e que nos ajudarão no processo de aproximação entre os planos.

É importante criarmos a consciência de que não vivemos duas vidas distintas, como se hoje fôssemos humanos e depois da morte espíritos, nós sempre fomos e nunca deixaremos de ser um espírito, somente nos foi emprestado um corpo mais denso para que pudéssemos atuar no palco do mundo material, assim como necessitamos de uma roupa e equipamento especial quando vamos interagir embaixo do mar, necessitamos do corpo para transitar aqui. Quando nascemos ou morremos no plano físico não perdemos nossa identidade, continuamos sendo o mesmo espírito, com ou sem a roupagem especial para tal interação em um mundo específico.

Passemos a vivenciar a unidade entre a matéria e o espírito, entre o Eu Exterior e o Eu Interior. Viver o mundo material separadamente, buscando o mundo espiritual somente em nosso tempo livre é o grande erro que estagna a nossa evolução espiritual. Vibremos para que um dia mudemos nossas consciências e passemos a ter uma vida na matéria orientada pela vida no espírito, assim conseguiremos conectar mais facilmente os dois mundos, desenvolver as nossas faculdades psíquicas de uma forma responsável e de acordo com nosso merecimento adquirir conhecimentos científicos e tecnológicos para nos auxiliar no desenvolvimento de nossa humanidade.

Paz e luz a todos!

Roger Responde 140 – Por que a FEB não apoia os livros do Universalismo Crístico?

140 – Pergunta (20/08/2012): Olá Roger, os seus livros foram os melhores que já li. Somente não entendo por que não os encontro para comprar nas casas espíritas e, ao perguntar o motivo, me falam que foi decisão da Federação Espírita Brasileira (FEB). Sabe qual o motivo disso? Nunca li livros que me esclarecessem tanto quanto os seus. Grata

Terminei de ler o seu livro “A História de um Anjo” e como espírita Kardecista Cristã, foi senão o mais, um dos mais elucidadores que li a respeito da Espiritualidade. Obrigada.

Roger: Antes de responder a esta pergunta informo a todos que acompanham e admiram o nosso trabalho que o livro “Universalismo Crístico Avançado” foi lançado e encontra-se disponível para compra imediata, com preço promocional, através deste link: http://www.universalismocristico.com.br/#!livros/vstc5=universalismo-crístico-avançado

Obrigado, as duas leitoras, pelo apoio ao nosso trabalho. Querida amiga, esta pergunta deve ser feita para a FEB. E eu também gostaria de saber a resposta. Já que não sei qual o motivo pelo qual aceitam livros com evidentes erros históricos e científicos, mas rejeitam os nossos. Esta postura incompreensível da Federação Espírita Brasileira não é de hoje. Desde o século passado ela procura através de um critério pouco claro julgar quais livros são adequados ou não. Os livros ditados pelo espírito Ramatís trazem as mesmas informações que os demais apoiados pela FEB e, mesmo assim, o trabalho de Ramatís foi proscrito do meio espírita ortodoxo sem justificativa plausível, em nome do que chamam de “pureza doutrinária”, algo que, também, não possui uma definição clara, já que Kardec disse-nos que o Espiritismo deveria caminhar sempre lado a lado com a verdade e o progresso. Infelizmente, isso não tem mais acontecido. Algo que vai contra os princípios fundamentais do Espiritismo…

Os livros que escrevo são ainda mais abrangentes e poderia até ser aceita a justificativa de que não se trata de Espiritismo. Contudo, as bases de nosso trabalho estão fortemente vinculadas aos alicerces da doutrina espírita. (O livro citado no manifesto da segunda leitora acima, atesta isso). E se a Federação Espírita Brasileira ainda aceita a essência do Espiritismo como foi definido por Allan Kardec, compreendendo que se trata de uma doutrina que traz ao homem os ensinamentos dos espíritos superiores, acredito que o nosso trabalho está muito bem enquadrado nessa definição, como as leitoras que fizeram essas colocações, e milhares de outros, já constataram através da leitura de nossos livros. Os livros do espírito Rochester, por exemplo, foram elaborados por uma médium russa adepta da Teosofia (Vera Krijnowskaia) e são aceitos pela Federação Espírita Brasileira. Por que, então, os livros do Universalismo Crístico não são aceitos pela FEB como os da Teosofia?

Talvez a única diferença é que trazemos uma nova linguagem e informações mais atuais. Será este o motivo da rejeição? Novas verdades se revelam a cada dia, e precisamos estudá-las e analisá-las livremente para o bem do progresso espiritual da humanidade. Infelizmente, hoje em dia, os líderes espíritas transformaram o Espiritismo em uma religião como as demais: dogmática e sectária. Na atualidade, ver os nossos livros sendo aceitos por ela, seria o mesmo que ver os livros espíritas sendo vendidos em templos de igrejas evangélicas. Ou seja: algo impossível, devido a postura sectária e retrógrada das lideranças dessas crenças. Algo em total oposição a proposta libertadora do Universalismo Crístico. Temos que abrir os olhos e perceber que o tempo de submeter os fieis ao seu controle, já acabou.

Felizmente, existem centenas de casas espíritas pelo Brasil que pensam por si só e não seguem essas diretrizes insensatas. Os adeptos das religiões muitas vezes são mais coerentes que os seus líderes. Basta ver como os católicos são mais coerentes que a própria administração do Vaticano, que proíbe o uso de preservativos mesmo sendo esse um grave caso de saúde pública. No Espiritismo não é diferente. Ainda mais que os adeptos da doutrina espírita estão entre os religiosos mais esclarecidos, facilitando a liberdade de pensamento de seus adeptos. A maioria dos militantes espíritas não veste cabresto. Em muitos locais, os dirigentes das casas tem o bom senso de perceber a importância de divulgar uma mensagem espiritual integradora e com caráter evolutivo, como é o Universalismo Crístico. Eles percebem que integrar-se ao Universalismo Crístico é uma importante iniciativa para manter o Espiritismo cada vez mais vivo e atendendo aos anseios das novas gerações.

Como já falei em pergunta anterior: não somos os donos da verdade. Porém temos uma linguagem atual, voltada para uma compreensão espiritual mais moderna e para uma clara busca do despertar espiritual. Ao natural, os leitores do século vinte e um se identificarão mais com os nossos relatos. Cada dia mais cresce o público de adolescentes que leem os nossos livros e se identificam com eles. A faixa etária dos 12 aos 18 anos a cada dia torna-se maior. Isso mostra que uma Nova Era está surgindo e a mentalidade das novas gerações realmente será outra. Fechar as portas para a nova literatura espiritual é impedir o progresso do maravilhoso trabalho realizado por Allan Kardec e do trabalho que ele inspirou de forma magnífica.

Observo que, também, alguns importantes escritores inseridos diretamente dentro do meio espírita estão sofrendo esse mesmo preocupante preconceito. Sem que se saiba o motivo disto. Não há transparência. Isso precisa ser revisto com urgência. O que me tranquiliza é que somos apenas usufrutuários dos bens e títulos que Deus nos dá. Cada um exerce o seu papel na vida e depois retorna ao Mundo Maior, ficando nas mãos de Deus a avaliação de nossa contribuição no mundo. Então, novas almas descem ao plano físico, com a mente arejada, para trazer avanço e progresso. Em breve, novos líderes estarão exercendo todos esses cargos e vendo o mundo com outros olhos, permitindo finalmente que o progresso e a liberdade chegue ao homem. A função das religiões deve ser sempre unir e, não, separar do Todo, com a falsa ideia de que a sua visão é melhor do que a de seus demais irmãos.