A renúncia é um importante sentimento que deve existir no âmago de todo aquele que busca a elevação espiritual, a partir do desprendimento do seu ponto de vista pessoal e do entendimento e amor pelo seu semelhante. Sabemos que o trabalho para o aperfeiçoamento moral é incessante, assim como fazem as formigas, nossas irmãs do mundo animal, que disciplinadas e incansáveis, trabalham provendo o seu alimento e o de todo o formigueiro.
Devemos ser como as formigas, trabalhando em busca do alimento, só que aqui buscamos o alimento da alma, e não o alimento do corpo. Nossas irmãzinhas sabem o que é renunciar em favor do coletivo, assim como nós precisamos aprender a nos desprender de nosso orgulho e egoísmo, em benefício aos nossos irmãos de caminhada. Dessa forma, a renúncia se torna um valoroso meio para se adquirir a ascensão de mais um degrau na evolução do espírito.
A prática da renúncia se dá no dia-a-dia, nas interações com nossos irmãos, pois sabemos que é na convivência que desenvolvemos os valores essenciais para a elevação de cada indivíduo. Imagine se vivêssemos solitários, sem o convívio com outros seres, o que poderíamos aprender? E se aprendêssemos algo, com quem compartilharíamos o aprendizado? Sem dúvida, sem o convívio com outros seres é impossível progredirmos, pois não exercitamos os verdadeiros valores que nos alimentam a alma.
São palavras que deixamos de dizer, em reposta a ofensas que ouvimos; é o nosso ego que abandonamos em situações que nos são difíceis, não impondo nossas verdades; é a nossa ajuda no momento em que identificamos irmãos que necessitam de auxílio, deixando de lado nossos afazeres; é na caridade que promovemos a outrem, não importando ele quem for; é mostrando com exemplos e não com palavras, que muitas vezes ferem, o caminho que nossos irmãos devem seguir; é sabendo ouvir, deixando nossos irmãos desabafarem, contando com nossa ajuda; é perdoando a todos do fundo de nossas almas, independente da situação ou da pessoa. Em resumo, podemos afirmar que a renúncia é um conjunto dessas e de muitas outras atitudes.
Porém, queridos irmãos, sabemos que a tarefa não é fácil quando desejamos renunciar a nós mesmos em busca do autodesenvolvimento. O homem ainda encontra-se em um estágio de evolução em que o ego possui voz ativa em seu íntimo, deixando de lado as virtudes que o enobrecem. Acaba por procurar a felicidade nos prazeres e paixões mundanas, nas relações vazias, sem meditar sobre o porquê das coisas que ocorrem em suas vidas, não se apercebendo de que a felicidade que está ao nosso alcance encontra-se nos pequenos detalhes, nas gentilezas que recebemos e doamos, nas boas ações que praticamos e principalmente no amor que colocamos em tudo o que fazemos e a todas as pessoas que conhecemos.
Quando ouvimos que a felicidade não é desse mundo, não devemos deturpar o ensinamento pensando que aqui, em nosso mundo, não temos o direito de sermos felizes, mas sim, compreender que essa máxima nos diz que somos integrantes de uma grande família universal, e que enquanto encontrarmos em nosso mundo irmãos sofredores que necessitam de amparo, nós também não estaremos felizes de fato. Por isso, devemos nos colocar sempre a postos, como obreiros do Senhor, dispostos a nos renunciar na busca do auxílio aos nossos semelhantes, e assim, também estaremos nos auxiliando, despertando e fixando em nós as raízes do nobre sentimento de amor ao próximo.
Paz e Luz a todos!
“Dou-te amor, que está contido dentro de si o sumo da sabedoria, porém Amor Consciente” H.T.
Diogo / Concordo com o Espedito.Esse link apneas nos leva para um site que evidenciou a notÃcia.Se for possÃvel, gostaria que pusesse o link da fonte primária, ou seja o artigo na Ãntegra. Pois do contrário pode apenas paracer selincsoaanismo.Gostei deste comentário ou não: 1