Caríssimos amigos de estrada, iniciamos a nossa reflexão da semana com a seguinte passagem do Evangelho:
“Não julgueis, a fim de não serdes julgados; – porquanto sereis julgados conforme houverdes julgado aos outros; empregar-se-á convosco a mesma medida de que vos tenhais servido para com os outros.” (S. Mateus 7:1 e 2)
No momento em que impregnamos nossa mente e coração com o desejo de evoluir, de mudarmos a nossa conduta para melhor, irradiamos conhecimento seguido de bons exemplos a todos que nos cercam. Se queremos evoluir, precisamos perder o velho hábito de julgar os outros. Mesmo que a crítica e o julgamento cheguem junto com a vontade de auxiliar o próximo, lembremos que antes de ajudar alguém, precisamos começar por nós mesmos. Nossa forte tendência em analisar e resolver os problemas dos outros, pode, por vezes, nos mostrar o quanto nos falta tempo e dedicação para melhorarmos a nós mesmos e para resolvermos os nossos próprios problemas.
Um caminho importante a seguir para enxergarmos melhor nossa conduta é a busca pelo conhecimento espiritual. Depois que o adquirimos podemos começar a colocá-lo em prática e isso caberá a cada um, individualmente, de acordo com as oportunidades que surgem durante o dia-a-dia. Todas as situações cotidianas são provas que recebemos para colocarmos o nosso conhecimento em prática, para que vejamos o que nós mesmos temos a melhorar, para evoluir diante de cada situação e não analisar os equívocos dos outros.
É necessário que julguemos menos os nossos semelhantes e passemos a apontar as análises para nós mesmos, não em nível de cobrança, mas a fim de autoconhecimento e reforma íntima. Todos os seres humanos acabam passando pelos mesmos problemas e privações, apesar de elas estarem revestidas através das “capas sociais”. Se analisarmos, as aflições são sempre as mesmas, guardando as devidas proporções. Os desvios de conduta moral e corporal, nada mais são do que os vícios do corpo e da alma, que são as privações pelas quais todos temos que passar, até que aprendamos a trocá-las por virtudes e bons hábitos, chegando a ascese espiritual.
“Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado”, disse Jesus. Essa sentença faz da indulgência um dever para nós outros, porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência. Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita. (Evangelho Segundo o Espiritismo, pág 191)
Convidamos a todos para fazermos essas análises e refletirmos a fim de que enxerguemos o quanto todos nós, que estamos na terra, nos assemelhamos, se analisarmos nossas reais fraquezas. Cada vez que enxergarmos um defeito moral, uma atitude errônea ou um mau hábito em alguém, tentemos analisar em que aquilo se assemelha as nossas atitudes já realizadas, a nossa forma de agir e nos hábitos que ainda possuímos.
Esperamos que todos consigam realizar esses exercícios, que serão excelentes para que possamos dar um salto em nossa reforma moral, transferindo, automaticamente, esses novos aprendizados para as mudanças de hábitos. Toda pequena mudança, sem dúvida, irá refletir em todos que estiverem a nossa volta, auxiliando assim, os que já estiverem prontos para iniciar a sua própria reforma moral, incentivados, simplesmente, por nosso exemplo. Não é lindo?
Vibremos para que consigamos desenvolver a nossa evolução pelo amor, sem precisar que coisas ruins aconteçam para que comecemos a nos transformar para melhor. Tenhamos a certeza de que temos todo o amparo necessário do plano espiritual, que segue cada passo de cada um que está tendo a oportunidade de fazer a diferença na construção de um mundo melhor, justamente, por já estarmos despertos para a vida real.
Paz e luz e a todos!!!