Queridos irmãos de caminhada, convidamos a todos para fazermos juntos uma reflexão sobre o nascimento e a morte, através de uma história simples, mas que pode nos ajudar a instigar a nossa mente sobre o tema proposto…
Em um encontro de algumas crianças que já estavam acostumadas a se reunir para fazer reflexões sobre a existência humana, foi levantado um questionamento crucial da vida:
– Por que nascemos e morremos?
Foi Nathaly quem arriscou a pergunta. Os amigos foram pegos de surpresa com um tema tão difícil de ser trabalhado. Em um primeiro momento, ninguém sabia o que responder, mas como toda boa pergunta, essa também estimulou a mente dos amigos para reflexão e um deles se atreveu a dar sua opinião, abrindo a roda de colocações sobre o assunto:
– Penso que a vida é como uma colcha de retalhos, que é costurada devagar, parte por parte e vai se formando ao longo do tempo. No dia em que os laços que unem os retalhos vão se desfazendo, a vida vai findando, até que eles voltem a ser o que eram antes, e essa é a morte.
Com essa colocação de Gustavo, outros amigos resolveram se pronunciar com a sua opinião para o grupo:
-Eu já ouso relacionar a nossa existência ao ciclo de vida de uma planta. Nas plantas temos diversas espécies, umas florescem, outras não, umas crescem outras não. Temos plantas de todos os tipos, fortes, frágeis, mais belas e vistosas, outras mais discretas, cada uma com sua peculiaridade. Elas só permanecem vivas, se forem bem regadas com o alimento necessário para sua sobrevivência, cada uma sobrevive da sua maneira, algumas precisam de clima úmido, outras de clima quente e assim por diante. Já a morte, dentro do contexto da planta, seria justamente a fase em que a planta já não mais consegue aproveitar nenhum tipo de alimento que a terra pode lhe oferecer. Sendo assim, ela vai perdendo as forças e aos poucos vai diminuindo o seu tempo de vida, para que possa fazer parte de um outro sistema, que lhe será muito mais proveitoso, já que essa terra já não lhe proporciona mais nada de útil para sua evolução. Nesse momento, sua matéria irá se desfazer, para integrar-se novamente ao terra, dando espaço para que outras plantam nasçam, cresçam e floresçam nesse mesmo solo.
Uma das meninas se emocionou com a imagem que Zeca desenhou e disse:
-Nossa que lindo Zeca!!! Sua ideia sobre a vida e a morte me fez pensar sobre o quanto esse ciclo é perfeito. Assim como disse Gustavo, a ideia de voltarmos a ser o que um dia já fomos, nos faz pensar que essa vida é somente uma parte de nossa trajetória e complementada com a sua colocação, enxergamos o quanto a vida e a morte são duas faces de uma mesma moeda, que quando vista pelo plano maior, a morte vira vida e a vida vira morte. Podemos explicá-las claramente a partir da visão de vocês, que permanecemos aqui na Terra, enquanto ainda temos algo a aprender e quando por algum motivo, nosso envoltório não nos serve mais para nosso aprendizado, nos libertamos dele, fazendo com que o coropo continue o seu ciclo de vida material, se tornando parte novamente da natureza e permitindo a liberação de nosso espírito, para voltar ao plano espiritual e continuar o seu processo de evolução, em sua real morada.
Nathaly, que havia levantado o questionamento, ficou maravilhada com o desenvolvimento do assunto feito pelos amigos e disse:
– Queridos amigos, Deus é muito bom por ter me dado amigos como vocês, que me permitem a oportunidade de refletir sobre esses assuntos, pelos quais a maioria pouco se importa, sendo assim conseguimos levantar questionamentos de tamanho alcance, que se bem entendido, pode mudar a forma de agir de qualquer um diante dos acontecimentos da vida. Gostaria de agradecê-los pela oportunidade de crescermos juntos nessa caminhada evolutiva.
Todos saíram contentes e agradecidos por mais um dia de aprendizado entre almas afins, prontos para aplicarem o conhecimento que adquiriram em seus atos no dia-a-dia.
Nessa breve história, somos representados por esse grupo de crianças, que se interessam em refletir sobre questões esquecidas pela maioria, com o intuito de se desenvolver, para transcender e modificar o panorama social encontrado no atual processo evolutivo da Terra. Apesar de buscarmos o entendimento, ainda somos crianças espirituais, com o mínimo de conhecimento sobre o todo, engatinhando para conseguirmos dar os primeiros passos em direção ao nosso Pai. Comemoremos essa nossa união na fé que nos fortifica, e quando é assim raciocinada, nos ensina a engatinhar, dando o impulso inicial, que mostra o caminho da ascensão. Vibremos pela graça do nascimento e da morte, que agora enxergamos fazer parte de um ciclo perfeito da evolução. Nosso Planeta é apenas UM dos quadradinhos da colcha de retalhos de Deus, que há tanto tempo, costura para todos nós.
“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.” Allan Kardec
Paz e Luz a todos!!!