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Roger Responde 089 – Explicações sobre os livros Akhenaton e Moisés

89 – Pergunta (29/08/2011): Roger, nos livros sobre a Atlântida você afirma que foi o personagem Andrey e, também, os personagens Radamés, no livro Akhenaton,  e Natanael, nos livros sobre Moisés. Como pode ser isso? Já que no livro Akhenaton é afirmado na capa que o livro foi “orientado por Hermes e Radamés” e nos livros sobre Moisés foi “orientado por Hermes e Natanael”. Você mesmo canalizou a sua própria consciência? O espírito é indivisível. Como você pode ser médium de si próprio?

Roger:  Quando lançamos o livro “A história de um anjo”, sofremos algumas críticas dos espíritas ortodoxos devido ao diálogo realizado com Jesus, entre outras coisas. No ano seguinte lançamos o livro “Sob o Signo de Aquário”, que tinha diálogos com Saint Germain, Ramatís e outros mestres, além de abordar informações que iam do Espiritismo tradicional, passavam pela Apometria e iam até a Teosofia. Esse estilo diferenciado foi alvo de críticas também. Como afirmamos na pergunta anterior, estávamos iniciando uma nova proposta de canalização mediúnica, diferente do que todos estavam acostumados. Então, no final de 2001, Hermes sugere que a narrativa dos livros sobre Akhenaton e Moisés fossem narrados diretamente por mim, que havia vivido junto a ele naquele período. Hermes achou que seria mais interessante um simples homem do povo narrar as histórias, ao invés dele, que era (e é) um grande mestre. Essa proximidade “leitor-narrador” geraria uma empatia positiva na transformação íntima de cada um. Hemes constatou que seria mais motivador para o leitor identificar-se com uma pessoa de seu mesmo nível evolutivo lutando por seu crescimento espiritual, do que ele, que já é um grande mestre. Geralmente as pessoas admiram seres celestiais, mas, por não fazerem parte real de suas vidas, não se mobilizam para transformar-se em direção à Luz, achando-se incapazes e indignos de atingirem tal condição espiritual.

Então, para evitar novas críticas, simplesmente omiti que o narrador (Radamés) era eu mesmo, e que havia obtido aquelas informações através de regressão de memória orientada por Hermes. A editora do Conhecimento optou por colocar que as obras eram “mediúnicas orientadas por Hermes/Radamés e Hermes/Natanael”. No entanto, já sugeri que a editora retire essas indicações. Esses são os nossos únicos livros que fazem essa referência a serem obras mediúnicas. Isso será importante até mesmo para atingirmos um público maior. Os nossos livros seguem um modelo de elaboração diferente dos espíritas, são Universalistas Crísticos, causando uma impressão equivocada de nosso trabalho por parte dos leitores de outras crenças quando percebem a indicação de que são “mediúnicos”. Infelizmente quem não é espírita tem preconceito com livros espíritas. Talvez até por não gostarem da linguagem, algumas vezes, excessivamente doutrinária.

Sendo assim, eu não canalizei a mim mesmo. Foi apenas uma regressão de memória. O curioso é que muitas pessoas, bem sintonizadas, perceberam imediatamente que Radamés era eu mesmo e me relatavam isso, pessoalmente ou por e-mail. Já outras chegavam a dizer que estavam recebendo em seus trabalhos mediúnicos o espírito Radamés. Alguns até diziam que ele era o diretor dos trabalhos espirituais de sua Casa. Claro que era um engano, pois eu estou aqui mesmo, encarnado, e não participei em nenhum momento dessas atividades relatadas. Vejam como a mediunidade é algo delicado e deve ser sempre analisada com critério e cuidado. Mais importante que a famosa preocupação de quem é o espírito comunicante, devemos observar a qualidade moral dos ensinamentos e os valores crísticos da entidade; ou, até mesmo, analisar se não é apenas uma manifestação anímica do médium.

Roger Responde 088 – Explicações sobre o encontro de Roger com Jesus narrado no livro A História de um Anjo

088 – Pergunta (22/08/2011): Roger, gostaria de agradecer pelo seu trabalho e dizer-lhe que muito tenho aprendido com ele. Comprei o livro “A História de um Anjo – 1ª edição” no ano 2000 e desde então procuro seguir seus passos através de seus livros e recentemente no site. Gostaria que você me esclarecesse sobre um assunto que já te rendeu aborrecimentos.  Nas leituras que faço procuro perceber o entendimento espiritual dos livros, as mensagens implícitas e não simplesmente o que está escrito. Isso eu aprendi lendo seus livros e os de Ramatis. Algumas coisas que leio eu descarto de imediato, outras eu deixo em “stand by” para futuro entendimento. Reconheço minha ignorância espiritual. A pergunta diz respeito ao seu encontro com Jesus, narrado no cap. XIV do livro “A História de um Anjo.” Desde que li o livro pela primeira vez, (já li várias) esse assunto ficou remoendo em minha mente. Já li o comentário do livro no site e conforme Hermes explicou – “para Jesus nada é impossível”. Você também já explicou que participou daquela reunião no plano espiritual quando ainda estava desencarnado.  Na narração do livro, o Roger do presente foi  levado por Hermes a ver e relembrar a reunião para a confecção do livro no plano material. Como um fato que ocorreu no passado pode se misturar a realidade presente? Como Jesus no passado se dirigiu ao Roger do presente, se o Roger do presente não estava lá naquele momento? Roger, não veja esse meu questionamento como uma dúvida ao seu trabalho, muito pelo contrário, eu admiro seu trabalho inovador e estou tentando entender tudo isso e ver se existe alguma explicação. Talvez na nossa atual imaturidade espiritual, ainda não seja possível entendermos determinadas situações. A melhor explicação que tenho no momento seria de Willian Shakespeare – “existe muito mais entre a terra e o céu do que pode imaginar a nossa vã filosofia”. Qualquer outro comentário que puder me enviar ficarei imensamente grato.

Roger:  Quando iniciamos os trabalhos para a elaboração do livro “A história de um anjo” eu tinha apenas 20 anos. Muitas coisas que ocorriam fugiam a compreensão de minha consciência que ainda estava limitada para entender plenamente o inovador projeto que Hermes desejava realizar através de minha mediunidade. Todos, naquela época, estávamos acostumados com trabalhos mediúnicos onde o médium é apenas uma “caneta viva” do espírito comunicante. Portanto, as projeções mentais que me eram apresentadas durante a elaboração de nosso livro, me pareciam como reflexos de uma projeção astral que estava ocorrendo naquele exato momento. Somente anos depois ficou claro que eu estava vivendo uma regressão de memória para um período anterior a minha reencarnação no ano de 1969. As narrativas astrais, a presença de Jesus e todos os demais fatos relativos a primeira parte do livro (antes da reencarnação de Gabriel) eram rememorações de fatos vividos por mim, em espírito, antes de reencarnar em meados da década de 1950. Por isso fica um pouco difícil de compreender. Eu estava relatando fatos do passado, mas me utilizando do presente para descrevê-los.

A primeira parte do livro, antes da reencarnação de Gabriel, ocorreu na década de 50 do século passado, época em que eu ainda estava no plano espiritual e vivenciei em espírito todos os fatos narrados e, agora, reencarnado, relatei através de processo de regressão de memória, como se eu fosse um repórter. Já a segunda parte foi um relato sobre a possível atuação de Gabriel nos anos futuros de acordo com o plano traçado para a sua encarnação. Estes fatos foram estudados no plano astral, sob a orientação de Hermes e após relatados no livro. Vi o livro no Império do Amor Universal, porque antes de reencarnar já havíamos presenciado aqueles fatos e analisado a futura missão de Gabriel e dos “transformadores para a Nova Era”. Logo o projeto já estava pronto, só faltava materializarmos no mundo físico.