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Notícia da Semana – Aos 14 anos, menina síria se dedica a estudar e educar refugiados na Jordânia: ‘Não há obstáculo’

meninasiria

 

Muitas vezes, no conforto de nossas casas, não percebemos como algumas coisas tão simples e essenciais para nós são encaradas como verdadeiros sonhos, oportunidades quase únicas para quem enfrenta uma realidade muito mais difícil que a nossa. Na Jordânia, uma menina síria de 14 anos se dedica a estudar e também a educar os integrantes do acampamento de refugiados Azraq, no meio do deserto.

Na rotina de Muzon al-Meliha, logo às 10 da manhã ela não tem tempo para pensar nas coisas que perdeu pelo caminho e segue para as suas aulas de inglês e informática. E o fato de viver em uma pequena vila improvisada no árido jordaniano não é motivo para desanimar, não.

A família de Muzon deixou a Síria em 2013 devido aos conflitos civis no país. Atualmente, há um mês, quando tiveram a oportunidade de ir embora do acampamento, a sua tia foi quem a ajudou a convencer todos a deixar a menina ficar no local e continuar os seus estudos.

“Nós deveríamos ter a chance de estudar em qualquer lugar, a qualquer hora”, diz a garota. “Eu não considero o acampamento um obstáculo. Quando eu vim para a Jordânia, achei que não continuaria meus estudos. Mas ir à escola aqui é o que mantém as minhas esperanças.”

A garota conta a respeito das tradições de onde ela vem e como elas afetam negativamente o futuro das mulheres. “Mesmo que algumas meninas queiram estudar, as suas famílias preferem que elas se casem. Aqui, no acampamento, cada vez mais famílias casam as suas filhas. Acham que isso assegura um futuro para elas mais do que a educação.”

“Se você se casa e não tem educação ou conhecimento, você nunca vai conseguir resolver os problemas, ajudar a si mesma ou a seus filhos. Sinceramente, eu coloquei isso [estudar] como o meu objetivo na vida.”

A perseverança da menina rendeu até uma alcunha da qual ela gosta muito: “Malala da Síria”, em referência à paquistanesa Malala Yousafzai, vencedora do Nobel da Paz. As duas inclusive se encontraram em Azraq e trocaram figurinhas recentemente.

“Quando as pessoas me chamam de Malala, eu sinto que eu estou realizando um trabalho importante e que as pessoas acreditam nele. Ela me ensinou que, independente dos obstáculos que enfrentamos na vida, podemos passar por eles”, acrescenta. “Malala não ficou em silêncio e levantou a sua voz pelos seus direitos.”

Sem perder em momento algum o olhar profundo e determinado, ela fala como se a sua jornada estivesse apenas começando. “Mesmo sabendo que sou jovem, eu sei que posso fazer mais do que estou fazendo aqui no acampamento. Não só aqui, como no mundo todo. Educação é tudo na vida, e tendo educação você entende porque ela é tão importante. Nós temos esperança, nós vamos construir uma Síria muito melhor do que ela era”, encerra.

Acesse a notícia no link: https://br.noticias.yahoo.com/blogs/super-incr%C3%ADvel/menina-s%C3%ADria-se-dedica-a-estudar-e-educar-refugiados-na-jord%C3%A2nia—n%C3%A3o-h%C3%A1-obst%C3%A1culo-132515964.html?linkId=19082106


Reflexão

A educação é a base da sociedade. Para que se tenha mudanças para um mundo melhor, devemos prestar atenção na educação de nossos jovens. Educação não é apenas frequentar a escola e fazer os deveres de casa, vai muito além disso. Um povo educado é um povo que tem consciência de seus direitos e deveres. É pela educação que aprendemos a nos preparar para a vida e, por meio dela, garantimos o nosso desenvolvimento social, econômico e cultural. Devemos lutar para que os nossos governantes olhem mais para esse aspecto tão importante, porém, esquecido por muitos deles.

Paz e Luz!

Roger Responde 182 – O Universalismo Crístico fala sobre o perdão? Ou trabalha com o conceito de que não precisamos perdoar, mas apenas amar?

182 – Pergunta (10/06/2013): Roger, bom dia! Que eu me lembre, o Universalismo Crístico pouco ou nada fala sobre o perdão (que eu me lembre). Em minha percepção, o motivo é que o UC trabalha num estágio anterior – seguindo os preceitos, não chegaríamos a precisar perdoar e, sim, apenas amar. O perdão tem a ver com erros e o UC trata de reforma íntima e aprendizado. O que podes nos dizer sobre isso? Um grande abraço fraterno.

Roger: Pergunta muito interessante! Apesar de que o livro “Universalismo Crístico Avançado” fala demais sobre o perdão. O livro todo gira em torno do meu esforço para perdoar a situação específica relatada no transcorrer de toda a narrativa.

De qualquer forma, creio que a tua percepção foi muito sábia. O Universalismo Crístico trabalha segundo o conceito que já havíamos afirmado anteriormente no livro “A História de um Anjo”, quando Gabriel fala a uma criança: “Melhor do que perdoar é não sentir-se ofendido”. Logo, os preceitos do UC trabalham com uma visão de amadurecimento espiritual, no qual não devemos nos revoltar com a pequenez de nossos semelhantes, e sim aprender a amar e educar espiritualmente a si e ao próximo. E as tuas palavras foram perfeitas ao dizer que o “UC trata de reforma íntima e aprendizado”. Creio nisto com absoluta convicção.

Por este motivo, somos um pouco distanciados de ações meramente assistencialistas e promovemos insistentemente ações de esclarecimento e educação espiritual e humana. Cremos que chegou o momento de o homem entender a vida que o cerca, ou seja, as consequências de seus atos e, assim, tornar-se responsável consciente por aquilo que planta. Aquele que se esclarece compreende os mecanismos da vida criada por Deus, portanto aprende a amar de forma plena, desligando-se da necessidade de perdoar. Ele deixa de agir apenas com o coração e passa a agir, também, com sabedoria e razão.

O homem, ao adquirir sabedoria, percebe que as tempestades que via no passado são apenas pequenas turbulências, quando percebidas com um olhar de crescimento e aperfeiçoamento espiritual. Aquele que aprende a amar vive situações menos traumáticas pelo simples fato de não lutar avidamente pelos interesses humanos. E, quando ofendido, se entristece e se ressente, mas logo procura resgatar a sua consciência do despenhadeiro em que ela estava se precipitando. A cura é mais rápida e eficaz quando desenvolvemos o entendimento real da vida criada por Deus. As pessoas espiritualizadas precisam menos do apoio de psicólogos e psiquiatras porque entendem o objetivo fundamental de suas existências, que é evoluir através da aquisição e aperfeiçoamento dos valores crísticos, como o amor, paciência, compreensão, tolerância, perdão etc.

Por muitos anos vimos em trabalhos de desobsessão espíritos que passaram séculos no plano astral com sentimentos de vingança ou de rancor por não perdoar gestos muitas vezes tão pequeninos, comparados aos verdadeiros males do mundo. Somente com o entendimento espiritual, em vida, é que essa atitude instintiva é aplacada e a alma perturbada pode retornar rapidamente aos “trilhos” da paz e da harmonia.

Se a humanidade deseja ser verdadeiramente feliz e viver em paz, precisa libertar-se da alienação espiritual em que vive. Caso contrário, o rosário de dramas sem fim prosseguirá, atormentando àqueles que creem que a felicidade se encontra nos interesses transitórios da vida humana. Ater-se somente aos encantos da vida humana é aceitável entre adolescentes ingênuos, mas entre aqueles que já atingiram a fase adulta, esta atitude é uma terrível imprudência.