Roger Responde 136 – Implantação do Universalismo Crístico na Terra.

136 – Pergunta (23/07/2012): Olá Roger, ao lermos e analisarmos a trilogia da implantação do monoteísmo da Terra, percebemos que qualquer implantação de novas ideias é sempre realizada por partes, porque somos ainda difíceis e avessos a novas mudanças. Porém, percebemos que a espiritualidade, que sempre inspirou a humanidade nesses momentos, sabia exatamente até que ponto aquela parte do projeto seria aceita. Entendo o Universalismo Crístico também como um projeto em “etapas”, que talvez sejam mais curtas e menos sofridas pelos novos eleitos que estão chegando e para chegar. Como podemos avaliar e compreender melhor quais são os passos que devemos realizar nesse momento atual? Akhenaton imaginou que conseguiria realizar seu projeto instituído pelo amor, mas o Plano Divino sabia que seria somente um primeiro passo, pela mentalidade da época. Qual então a orientação que você e Hermes podem nos dar sobre até qual ponto podemos e conseguiremos avançar nessa implantação da nova visão do terceiro milênio, nesse estágio em que ainda não temos os eleitos tão fortemente presentes?

Roger: Todas as mudanças precisam ser graduais. Sempre que uma nova verdade se revela, existe um período inicial de rejeição e, depois, de aceitação gradual até se tornar uma verdade aceita por todos. Ainda mais no caso de uma revelação que exige consciência e aceitação, ao contrário das religiões do passado onde terminava ocorrendo uma indisfarçável imposição da verdade.

O Espírito Criador é imutável! É o ser humano que modifica a sua percepção de Deus à medida que evolui, aproximando-se da verdade. No passado, com Moisés, tínhamos uma concepção de um Deus-justiceiro, que punia com rigor os seus filhos rebeldes. Depois, com Jesus, a humanidade amadureceu para a concepção do Deus-amor. A verdade absoluta do “ama ao teu próximo como a ti mesmo” tornou-se roteiro inquestionável de evolução espiritual. E, agora, na aurora da Nova Era, chega o momento da compreensão do Deus-consciência. A civilização futura perceberá que o Espírito Criador não é uma Entidade externa que pune ou ama os seus filhos. Ela se dará conta de que somos todos um com Ele. Estamos interligados e temos a responsabilidade de entender os mecanismos da vida e participar ativamente do processo de amadurecimento de toda a humanidade.

Moisés revelou ao mundo o Deus-justiça e Jesus o Deus-amor. Agora é a vez do Universalismo Crístico, através da sábia orientação de Hermes, revelar o Deus-consciência de forma popular e universal.

Porém, naturalmente, ocorrerá um processo semelhante ao que ocorreu na época de Jesus. As pessoas que estiverem em uma situação confortável dentro do velho sistema reagirão de forma feroz para manter tudo como está. Jesus foi crucificado por pregar uma mudança que exigiria uma nova postura da humanidade, que até hoje em dia ainda não foi bem aceita. Da mesma forma, o Universalismo Crístico apresenta uma visão de liberdade espiritual, mas que exige esforço consciente para libertar-se do casulo da ignorância, com o objetivo de evoluir, tornando-se uma pessoa melhor.

Como a nossa humanidade foi acostumada por séculos a ser conduzida por líderes religiosos (muitas vezes usando cabresto), então, esse é um processo de mudança bem difícil e que precisa ser realizado aos poucos. As religiões trazem mensagens importantes de mudança e crescimento espiritual. No entanto, as pessoas fazem que acreditam e as religiões fazem que estão cumprindo o seu papel. Já o Universalismo Crístico tem a função de “chacoalhar” consciências, despertando-as. Não existe espaço para o comodismo dentro da visão dinâmica do U.C.

Desse modo, assim como nos tempos do cristianismo primitivo, o Universalismo Crístico vem repetir as palavras de Jesus, quando nos diz que não veio “trazer a paz, mas sim, divisão”, que veio “separar irmão de irmão”. Ou seja, a nova consciência do UC mudará a forma de pensar daqueles que já despertaram, naturalmente fazendo-os viver e pensar de uma forma que não mais se coaduna com a alienação vigente nos dias atuais, desligando-os da sintonia hipnótica que ainda escraviza a humanidade em geral.

Quem despertar para a consciência espiritual do terceiro milênio, dificilmente ficará satisfeito com a vida como ela é hoje. Um sentimento de idealismo irresistível o fará se engajar na tarefa de libertar os seus demais irmãos, através de ações conscientes que todos construiremos juntos a partir do projeto Universalismo Crístico na Terra.

Entretanto, o Universalismo Crístico é uma iniciativa espiritual de amor, paz e respeito. Os passos terão que ser graduais e realizados de forma pacienciosa. As pessoas devem aceitar o U.C., através de profunda compreensão e entendimento. Seria ilógico impormos uma ideia que prega a liberdade. O Universalismo Crístico precisa ser enraizado lentamente nas consciências, pois ele deve ser como uma árvore frondosa, bem enraizada, que os ventos fortes e as tempestades da incompreensão humana não conseguirão derrubar. Ao mesmo tempo, deverá ser flexível como os bambus, que se vergam para adaptar-se à vida, porém jamais se quebram.

Portanto, temos que avançar, gradualmente, anos após ano, observando o amadurecimento da humanidade e a sua capacidade de absorver a nova verdade. Como já afirmamos em outras oportunidades, a verdade absoluta está nas mãos de Deus. O que temos no momento são verdades relativas que atendem ao nível atual de compreensão e evolução da humanidade. Nossa tarefa é ampliar o entendimento da verdade, impulsionando o homem a crescer passo a passo, para assim tornar-se apto a ingressar na consciência espiritual do terceiro milênio.

O novo livro “Universalismo Crístico Avançado”, que será lançado no dia 15 de setembro deste ano, abordará com profundidade tudo o que falamos nessa pergunta.

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