110 – Pergunta (23/01/2012): Roger, inicialmente gostaria de agradecer pelo manancial de sabedoria trazido por você e espíritos da alta hierarquia espiritual como Hermes, Ramatís, por meio dos seus livros. Li as obras de Ramatís que para mim são verdadeiros oásis em meio ao deserto. Li todas as suas obras e também me admirei com tantas informações.
Há na doutrina espírita um postulado bem repetido tanto na codificação quanto em obras espíritas, romances etc. A de que a evolução de tudo é continua, jamais retrocede. Na pior das hipóteses pode haver estagnação. Como, por exemplo, espíritos que são empedernidos no lado sombrio. Eles podem ficar estacionados durante milênios mas em algum momento iniciam sua caminhada para a luz. Da mesma forma tudo evolui, não retrocedendo apenas podendo ficar estacionário por algum tempo. Os planetas, por exemplo, passariam de provas e expiações, para regeneração, para mundos felizes.. e daí por diante.
O caso da Atlântida me parece não seguir esta lei do progresso. Uma vez que tal continente teve um descenso vibratório em que caiu de dimensões elevadas, etéricas, para dimensões puramente físicas, de baixa vibração, resultando na sua submersão nas águas. O povo que era evoluído progressivamente começou a decair nos costumes chegando a níveis primitivos etc. As próprias irmãs gêmeas descritas em seus livros, evoluídas e de luz, subitamente “comutam-se” em seres das sombras, de acordo com as necessidades. Tudo isso me parece bater de frente com essa teoria do progresso evolutivo. Eu sei que há evolução também no lado escuro. As dores e sofrimentos também conduzem a evolução, etc. Mas se um espírito de luz, de súbito passa a operar na sombra. Se continentes elevados, decaem espiritualmente, como entender tudo isso? E até como ter motivação para buscar a luz? Uma vez que depois de milênios operando na luz uma pessoa pode de súbito passar a operar no lado sombrio? ou um planeta que passou milênios para evoluir, pode receber de uma hora para outra espíritos capelinos do mal e levar todo mundo para a lama em poucas gerações? Se é possível o retrocesso, quem estará a salvo mesmo em mundos evoluidíssimos? Obrigado.
Roger: Sim. A tua afirmação é correta. Tanto os espíritos como os mundos seguem a lei do progresso, jamais regredindo. Mas, no caso da Atlântida, ela era um elo intermediário com a função de promover a evolução do mundo primevo da Terra. Seus habitantes da “era de ouro” haviam se elegido para viver em dimensões superiores. A Alta Espiritualidade da Terra, então, decidiu utilizar aquela “estrutura humana” para ser berço de parte dos capelinos que chegavam ao planeta e experimentar se seriam capazes de ajudar na evolução da Terra, substituindo os responsáveis anteriores. Não houve involução dos atlantes. Suas almas seguiram a senda evolutiva. E os novos espíritos (capelinos) que começaram a reencarnar naquela “matriz humana” não tiveram evolução suficiente para manter o padrão espiritual da antiga geração. Espírito é uma coisa, corpo físico é outra. É o mesmo que acontecerá na Terra do futuro. A nossa geração primitiva e desequilibrada desencarnará e uma nova humanidade surgirá, bem diferente da nossa, voltada para a luz e para o progresso espiritual.
E quanto a decaída das gêmeas, elas não eram evoluídas e de luz, apenas nasceram em um meio propício a isso e estavam lutando para manterem-se no nível daquela elevada vibração, assim como Andrey. Com o passar dos anos, mesmo com o apoio de seres iluminados que as criaram, suas tendências ainda pouco harmonizadas falaram mais alto. E isso é muito comum. As pessoas em geral não são o que aparentam ser. E elas sempre terminam mostrando a sua real evolução em momentos de crise e sofrimento. Na pergunta anterior falamos sobre grandes almas que não tem o seu valor reconhecido, simplesmente por fazerem parte de nosso cotidiano e, por isso, não são compreendidas quando percebemos nelas falhas naturalmente humanas. E tem, também, o aspecto inverso: pessoas que se comportam muito bem até que os seus interesses não sejam atendidos ou, então, sofram uma grande desilusão ou contrariedade. E, por isso, devemos constatar que elas regrediram em sua evolução? Ou simplesmente essa não era a sua real condição espiritual?
Outra coisa, tenho recebido muitos e-mails sobre a evolução dos animais, suas características cada vez mais humanas e até mesmo sobre o suicídio entre animais. Esses assuntos estão sendo debatidos em nosso grupo de e-mails do UC-Brasil. Cadastrem-se e adquiram informações uns com os outros, porque são muitos e-mails e não terei como responder a todos, devido a elaboração do novo livro. http://groups.google.com/group/uc-brasil