106 – Pergunta (26/12/2011): Olá Roger! Como vai? Bem, aí vai minha pergunta:Se não me engano num dos livros sobre Moisés nos é revelado que a expressão “amém”, proferido ao final das orações, deu-se origem a partir do falso deus egípcio “Amon” e permaneceu até os dias de hoje. Por que então no livro “A história de um anjo” o irmão Natanael diz “amém” ao final da oração da pagina 57/58? Tem algum outro significado? Obrigado e muita luz no seu trabalho!
Roger: Eu adoro os meus leitores porque são super atentos e não deixam passar nada…rsrsrs. Sim. No livro “Moisés – Em busca da terra prometida” informamos que a palavra “Amon” é uma corruptela do nome “Amen”, o maior e mais obscuro deus do panteão egípcio, durante o período do Novo Império. Quem leu o livro “Akhenaton – A revolução espiritual do antigo Egito” conhece o relato da batalha da luz contra as sombras, Aton contra Amon, no Egito da décima oitava dinastia. Amon era um deus tão influente no período, que muitas pessoas possuíam o nome “Amenhotep” (Amenófis), que significa “Amon está satisfeito”. O filho de Akhenaton, chamava-se “Tutankhamon”, “A imagem viva de Amon”. Mas antes de seu pai ser morto, seu nome de nascimento era “Tutankhaton”, “A imagem viva de Aton”. O nosso livro explica tudo isso com profundidade.
E quando Moisés libertou o povo hebreu dos quatrocentos anos de escravidão no Egito, decidiu, sob determinação da Alta Espiritualidade, realizar uma verdadeira mudança de valores no “povo escolhido” para implantar o monoteísmo na Terra. Moisés aboliu a crença em vários deuses e o culto às imagens. Mesmo assim, era difícil para o povo simples se desligar de suas crenças e rituais. Ao final das orações à Amon era costume recitar em voz alta o nome do deus “Amém”, em completo estado de reverência. Moisés ensinava ao povo para que dissesse “Que assim seja feito!”, mas a submissão a Amon estava enraizado na consciência daquelas almas, assim como a crença politeísta que ainda se mantém firme até os dias de hoje, através do culto aos santos, orixás, mestres da fraternidade branca, etc. Esses mestres devem ser vistos como nossos “irmãos maiores”, professores, e não divindades às quais devemos nos submeter.
No caso citado do livro “A história de um anjo”, o que acontece é que quando iniciamos a elaboração do trabalho eu tinha apenas vinte anos. A minha consciência era limitada e ainda estava enraizada fortemente às crenças católicas e espíritas. Foi o “berço” do projeto Universalismo Crístico, mas eu ainda não conseguia percebê-lo em sua total amplitude. Além disso, eu não tinha consciência do significado da palavra “Amém” e devo tê-la colocado automaticamente após a oração desse espírito mentor na cidade astral Império do Amor Universal. Qualquer pessoa que for relatar um fato presenciado por si, mesmo que apenas poucas horas depois, certamente não reproduzirá fielmente o que observou, impregnando a informação com as suas crenças e limitações. Por isso os evangelhos não refletem a verdadeira grandeza da mensagem de Jesus. Eles foram escritos anos depois por consciências limitadas.
E como já afirmei na resposta de outra pergunta, estou longe de possuir uma mediunidade brilhante e de uma capacidade de trabalho notável como a de Chico Xavier, apesar de todo empenho de Hermes e da equipe espiritual nesse sentido. Logo, o leitor terá que perdoar esses pequenos lapsos desse escriba que lhes escreve, sempre com amor, dedicação e profundo idealismo.