088 – Pergunta (22/08/2011): Roger, gostaria de agradecer pelo seu trabalho e dizer-lhe que muito tenho aprendido com ele. Comprei o livro “A História de um Anjo – 1ª edição” no ano 2000 e desde então procuro seguir seus passos através de seus livros e recentemente no site. Gostaria que você me esclarecesse sobre um assunto que já te rendeu aborrecimentos. Nas leituras que faço procuro perceber o entendimento espiritual dos livros, as mensagens implícitas e não simplesmente o que está escrito. Isso eu aprendi lendo seus livros e os de Ramatis. Algumas coisas que leio eu descarto de imediato, outras eu deixo em “stand by” para futuro entendimento. Reconheço minha ignorância espiritual. A pergunta diz respeito ao seu encontro com Jesus, narrado no cap. XIV do livro “A História de um Anjo.” Desde que li o livro pela primeira vez, (já li várias) esse assunto ficou remoendo em minha mente. Já li o comentário do livro no site e conforme Hermes explicou – “para Jesus nada é impossível”. Você também já explicou que participou daquela reunião no plano espiritual quando ainda estava desencarnado. Na narração do livro, o Roger do presente foi levado por Hermes a ver e relembrar a reunião para a confecção do livro no plano material. Como um fato que ocorreu no passado pode se misturar a realidade presente? Como Jesus no passado se dirigiu ao Roger do presente, se o Roger do presente não estava lá naquele momento? Roger, não veja esse meu questionamento como uma dúvida ao seu trabalho, muito pelo contrário, eu admiro seu trabalho inovador e estou tentando entender tudo isso e ver se existe alguma explicação. Talvez na nossa atual imaturidade espiritual, ainda não seja possível entendermos determinadas situações. A melhor explicação que tenho no momento seria de Willian Shakespeare – “existe muito mais entre a terra e o céu do que pode imaginar a nossa vã filosofia”. Qualquer outro comentário que puder me enviar ficarei imensamente grato.
Roger: Quando iniciamos os trabalhos para a elaboração do livro “A história de um anjo” eu tinha apenas 20 anos. Muitas coisas que ocorriam fugiam a compreensão de minha consciência que ainda estava limitada para entender plenamente o inovador projeto que Hermes desejava realizar através de minha mediunidade. Todos, naquela época, estávamos acostumados com trabalhos mediúnicos onde o médium é apenas uma “caneta viva” do espírito comunicante. Portanto, as projeções mentais que me eram apresentadas durante a elaboração de nosso livro, me pareciam como reflexos de uma projeção astral que estava ocorrendo naquele exato momento. Somente anos depois ficou claro que eu estava vivendo uma regressão de memória para um período anterior a minha reencarnação no ano de 1969. As narrativas astrais, a presença de Jesus e todos os demais fatos relativos a primeira parte do livro (antes da reencarnação de Gabriel) eram rememorações de fatos vividos por mim, em espírito, antes de reencarnar em meados da década de 1950. Por isso fica um pouco difícil de compreender. Eu estava relatando fatos do passado, mas me utilizando do presente para descrevê-los.
A primeira parte do livro, antes da reencarnação de Gabriel, ocorreu na década de 50 do século passado, época em que eu ainda estava no plano espiritual e vivenciei em espírito todos os fatos narrados e, agora, reencarnado, relatei através de processo de regressão de memória, como se eu fosse um repórter. Já a segunda parte foi um relato sobre a possível atuação de Gabriel nos anos futuros de acordo com o plano traçado para a sua encarnação. Estes fatos foram estudados no plano astral, sob a orientação de Hermes e após relatados no livro. Vi o livro no Império do Amor Universal, porque antes de reencarnar já havíamos presenciado aqueles fatos e analisado a futura missão de Gabriel e dos “transformadores para a Nova Era”. Logo o projeto já estava pronto, só faltava materializarmos no mundo físico.