072 – Pergunta (02/05/2011): Prezado Roger, quero expressar a emoção que estou sentindo nesse momento, ao terminar seu livro UNIVERSALISMO CRÍSTICO. Sinto-me com o peito iluminado, inundado pelo amor e pelo contentamento em ter encontrado, finalmente, uma literatura que se coadune com meus sentimentos e pensamentos. Já passei pelo catolicismo e por alguns centros espíritas. Porém, confesso, não consegui me encaixar em nenhum deles. A filosofia, em si, é maravilhosa. Porém, carregada de culpa, de lógicas matemáticas quanto à lei de ação e reação e, muito mais, pela carga emocional dos homens que a interpretam. Sempre acreditei em um Deus soberanamente justo e bom e, por isso, quando ouvia certas interpretações, aquilo me doía na alma. Há anos estou buscando meu crescimento espiritual, libertando-me, procurando ascender pelo amor. Ao ler o seu livro, senti que mais alguém também pensa e sente como eu. Em minha vida, muitas vezes acabei adoecendo por me fechar e negar, quando não consegui me encaixar em certos padrões sociais e religiosos. Fechei-me em meu “casulo”, adormecendo certos sentimentos. Mas, a vida é um ciclo ascendente e o adormecido acorda, desperta. Estou vivenciando agora, mais uma vez, e graças a você, a experiência do despertar. Porém, tenho uma dúvida. Neste despertar, também despertou, novamente, minha mediunidade. Tenho sentido no peito uma sensação diferente. Tem dias que estou em um verdadeiro torpor. Recebi alguns convites para trabalhar mediunicamente em centros espíritas, mas… como sempre, fico com receio. Minha pergunta é: Como o Universalismo Crístico atuará em relação ao desenvolvimento e educação da mediunidade? Ainda precisaremos das casas espíritas para isto? Ou, como você disse, tudo é mental e temos que aprender por conta própria (às vezes sinto que não conseguirei…)?
Roger: Temos recebido cada vez mais manifestações como essa. E isso é uma agradável surpresa! Quando estabelecemos o roteiro de implantação do Universalismo Crístico na Terra, sempre com o sábio aconselhamento de Hermes e dos demais mentores espirituais, definimos como meta inicial que o Universalismo Crístico deveria ser um ideal que permeasse todas as religiões, revitalizando-as, para que atendessem às necessidades de seus fiéis. A função do Universalismo Crístico, nesse momento, não era de substituir as religiões, mas auxiliá-las a evoluírem em um mundo em constante movimento. Qualquer pessoa desavisada, mesmo com a força atual das igrejas de massas, se fizer uma sincera reflexão, livre de paixões, perceberá que esse modelo está em franco declínio. Uma pessoa lúcida não tem como negar essa evidência. Basta apenas uma mínima conscientização espiritual para perceber que as religiões, da forma em que se encontram, pouco tem a oferecer para o real progresso espiritual de seus seguidores.
Acreditávamos que somente na próxima geração a humanidade estaria totalmente liberta de rótulos religiosos e da visão patriarcal das religiões. Mas, para a nossa agradável surpresa, percebemos um número expressivo de pessoas, de todas as idades, desejando prosseguir em sua jornada de crescimento espiritual independente das religiões. Contudo, isso não nos isenta do compromisso de dar subsídios aqueles que desejam prosseguir em suas religiões, contudo, provocando os debates internos oferecidos pelo ideal do Universalismo Crístico. As religiões precisam ser instigadas a esse debate filosófico. E o apoio, de seus membros que já conseguem ver mais além, é essencial.
A partir desse cenário de amplo crescimento de adeptos do UC sem religião, precisamos acelerar o nascimento e desenvolvimento dos núcleos regionais do Universalismo Crístico para que sejam criadas estruturas independentes para abrigar aqueles que desejam prosseguir em sua jornada espiritual livre das religiões. Só assim poderemos criar cursos e ambiente para um saudável desenvolvimento mediúnico, além de um espaço para divulgação dos conhecimentos espirituais de todos os grandes mestres da humanidade, e ,também, iniciativas para inclusão social e educacional das comunidades locais, etc. etc.
Cada vez mais todos que se sintonizam com o ideal do Universalismo Crístico, (fato que ocorre também pelo compromisso assumido no plano espiritual antes de reencarnarmos), devem partir para a ação, procurando apoiar os grupos regionais que já surgiram (veja os grupos já formados nesse site, link “grupos”), trazendo a sua contribuição e também partindo para o pioneirismo, estabelecendo os grupos em regiões que ainda não existem. Lembrem-se, estamos construindo a estrada por onde as gerações futuras trafegarão por séculos e séculos no futuro. Todos nós estamos fazendo história! Feliz daquele que participar ativamente desse grande momento evolutivo de nossa humanidade.
E sempre é importante lembrar que os grupos que se formarem e os atuais devem manter sempre uma visão e um perfil de atuação universalista, sem agregar as idiossincrasias das religiões. Os grupos regionais do UC devem ser livres de dogmas, procedimentos e rituais que venham a caracterizá-los como um apêndice de qualquer outra religião. O Universalismo Crístico é uma filosofia espiritual que utiliza-se de estudos universais para apoiar o desenvolvimento espiritual de seus adeptos. Todas as crenças específicas, não aceitas universalmente, devem ser apenas objeto de debate. Jamais devem tornar-se uma crença absoluta e arraigada dentro dessa agremiação que tem por função ser um fértil terreno de debates e estudos. O ideal do Universalismo Crístico é uma forma de pensar absolutamente livre. Jamais deve se aprisionar às crenças pessoais de quem quer seja.