148 – Pergunta (15/10/2012): Poderia nos falar sobre a mudança de mentalidade no que diz respeito à importância exclusiva que damos à inteligência cognitiva, em detrimento a outras formas de inteligência, como a capacidade relacional ou inteligência emocional, e as artes? A lógica faz-me crer que na Era do Mentalismo, as pessoas estarão mais inclinadas ao desenvolvimento de toda sorte de inteligência, certo? Vejo almas que muito se desenvolveram no campo das artes, por exemplo, renascendo nos últimos anos de modo a despertar essa consciência nas pessoas e mesmo de lhes abrir os olhos para questões de espiritualidade, que de fato está em tudo. É o caso da jovem Akiane. Como essa mudança se dará? Serão esses espíritos, as crianças da Nova Era, os responsáveis por essa mudança em nossos mundos mentais? Qual será o melhor modelo pedagógico para adaptarmos as crianças da nova era com relação aos valores morais e espirituais, tão esquecidos na sociedade atual? De que forma vocês acreditam que esse novo modelo será implementado nas escolas? Será somente após a reencarnação sistemáticas dos novos eleitos?
Roger: Esta pergunta é muito interessante. A inteligência cognitiva é aquela mais prática, com conceitos lógicos e palpáveis, que baseia-se na manipulação de informações de forma eficiente. Ela foi fundamental para o desenvolvimento tecnológico da humanidade, permitindo-nos uma vida de maior conforto, ampliando os conceitos de civilidade. No entanto, não podemos esquecer que o homem voltado somente para o conhecimento técnico termina por atrofiar o lado espiritual e humano, prejudicando a sua harmonia e seu desenvolvimento integral. Boa parte das crises de stress, depressão e até mesmo suicídio tem por origem o excessivo enfoque da humanidade atual na valorização da inteligência cognitiva, em detrimento da emocional.
O resultado disso se reflete diretamente nas atitudes extremas de adolescentes que metralham escolas e cinemas por sofrerem distúrbio nessa inteligência que poderíamos considerar como sendo de natureza espiritual, que é voltada para a sensibilidade, e menos para a técnica e a racionalidade. O excesso de frieza e valorização exclusiva da inteligência cognitiva dos pais e da escola, levam alguns alunos ditos exemplares a terem esse tipo de comportamento. O problema não está em videogames e filmes violentos, mas sim no limitado (ou inexistente) desenvolvimento da inteligência emocional de nossas crianças e adolescentes. Algumas vezes são gênios no conhecimento cognitivo, mas incapazes no campo da inteligência emocional.
Na Nova Era, surgirão cada vez mais crianças com esses atributos da inteligência emocional naturalmente desenvolvidos, como é o caso da menina Akiane, que já se tornou um sinônimo de “criança Índigo” de sucesso, demonstrando elevado desenvolvimento nas inteligências ditas artísticas, relacionais e emocionais. E sem dúvida deve ter uma inteligência cognitiva brilhante também.
Logo, para atingirmos a plenitude e nossas crianças se tornarem adultos felizes e de sucesso, não basta apenas manipular informações técnicas de forma eficiente. O homem feliz, equilibrado e que possui desenvolvimento intelectual deve, também, desenvolver plenamente a sua capacidade relacional, aprendendo a conviver de forma crística com os seus semelhantes, primando pela defesa dos bons valores e do desenvolvimento conjunto da família universal. Em breve chegará o fim a Era da competitividade egoística para dar espaço ao desenvolvimento conjunto colaborativo. O homem compreenderá que somos todos partes de um Todo e só poderemos ser verdadeiramente felizes quando todos tiverem os mesmos direitos e possibilidades de também serem felizes!
Assim como respondemos em pergunta anterior, o modelo pedagógico a ser desenvolvido para atender a essa visão de formar o homem integral (alma e corpo), através da inteligência cognitiva associada a inteligência emocional, deverá ser pensado pelos educadores com o objetivo de transformar as nossas crianças e adolescente em algo mais do que apenas robôs que decoram o conteúdo pedagógico sem pensar, sem integrar o conhecimento filosoficamente às suas vidas. Se queremos uma geração futura com melhores valores humanos e espirituais, precisamos educá-las através de um eficiente modelo de desenvolvimento de inteligência emocional aliado ao conhecimento cognitivo.