O Sentir Consciente – O Paladar.
Nosso sentir consciente, o paladar, nossa capacidade do gosto na manutenção da vida, pela base de trocas energéticas com as plantas e animais dos primórdios da alimentação terrena, se refletirmos como desenvolvemos o gosto, veremos o quanto a maturidade emocional está intrinsecamente relacionada ao sabor de tudo que nossa “boca toca”, do que ingerimos e como usamos essa nossa capacidade.
Nossos ancestrais mais primitivos, utilizavam essa capacidade simplesmente como base de sobrevivência, percebendo que se não tivesse um gosto podre, ácido ou amargo, era possível ser comido.
Utilizando essa lógica conseguimos sobreviver como espécie, embora nem sempre o sabor próximo ao podre ou ácido, amargo, fosse realmente ofensivo a saúde. Se pensarmos no queijo gorgonzola, que na atualidade muitos apreciam ou na própria laranja e tomate, que por suas características demoraram para serem aceitos na alimentação, veremos que o sentido é mais emocional do que o próprio sabor.
Tudo em nossa humanidade conforme desenvolve tem uma correlação emocional, o sentido do paladar não fugiu a regra, se pensarmos o que nosso corpo realmente precisa, chegaremos a um questionamento interno: O que nosso corpo precisa e o queremos comer? A visão emocional do prazer que os sentidos causam, muitas vezes nos empanam a lógica da construção de nosso equilíbrio dos sentidos.
E isso acontece muito com o nosso paladar, assim como em nossas emoções, tem coisas que vemos não serem boas para nós, mas queremos sentir o prazer ou dor que aquilo gera e assim aceitamos muitas coisas que não são boas para nosso corpo físico e interior, para fazer parte de algo, para se ter algo, para se ser algo.
A capacidade do paladar está muito relacionada a como funcionam nossa base de trocas com o ambiente interno ou externo.
Se deixamos desde criança aquele jiló no prato e comermos somente aquela batata frita porque gostamos mais, vamos seguindo o querer e não o entendimento do que o nosso corpo precisa para manutenção da vida.
Assim construímos as nossas relações também de formas superficiais, daquilo que agrada e não daquilo que realmente necessitamos para o equilíbrio das relações, mas que não causam um prazer instantâneo para serem priorizados.
Vibremos para que na reflexão de um sentir consciente, nós como humanidade aprendamos a discernir, não pelo prazer do que as sensações nos causam, mas pelo real prazer, aquele que sentimos quando nosso corpo está saudável, nossa emoção equilibrada, nossa mente em razão nos diz estamos construindo nossa evolução.
Muita Paz e Luz para Todos!