Amados irmãos, na semana passada trouxemos a beleza do que será a Terra da Nova Era, mas vimos também, que isso só será possível depois de ocorrerem muitas transformações sociais em nosso Planeta. A transformação chave para todas as mudanças é a troca da intolerância pelo sentimento de irmandade entre os homens, somente ele permitirá que sejamos livres e iguais construindo juntos uma sociedade com verdadeiros valores humanos. Convidamos a todos a refletir sobre o que está por trás da intolerância que é a origem de diversos conflitos na convivência diária entre os seres humanos.
Onde há muitas flores, há beleza; em uma variedade de cores, existe riqueza; entre diversos perfumes surgem sensações advindas da genialidade da natureza. Sem a diversidade, fica a certeza, nosso planeta seria banhado de imensa tristeza. Se as diferenças tanto nos acrescentam, qual o motivo de gerarem tantos problemas? O maior desafio de se conviver com as diferenças está intimamente ligado ao egocentrismo de cada ser humano. É na busca por ser aceito pela sociedade e mostrar-se melhor, que o homem se torna arrogante e intolerante, sentimentos incompatíveis com uma sociedade que almeja evoluir moralmente.
A intolerância nada mais é do que a insegurança revestida de orgulho. Nós gostamos uns dos outros enquanto temos a mesma opinião, quando há discordância, ao invés de tentarmos entender a visão do outro, simplesmente, o excluímos para que não seja necessária a adaptação perante a diferença. Um ser humano orgulhoso não aceita a possibilidade de estar errado; portanto, qualquer nova ideia gerará insegurança, pois se for contrária a sua e for aceita, significará automaticamente, que ele estava errado.
Já quando temos certeza da superioridade, pecamos pela arrogância; pois na tentativa de sermos sempre melhores, diminuímos nosso semelhante, para que alcancemos um lugar de destaque diante de alguém ou de alguma situação.
Essas atitudes egocentristas são claramente incentivadas pela estrutura capitalista de nossa sociedade, na qual o caminho é “ter para ser”. Porém, mesmo com esse incentivo, a escolha de como agir sempre será do próprio individuo. Onde está o nosso esforço para sermos nós mesmos e não robôs moldados pelo meio em que vivemos?
Nossa humanidade só aprenderá a conviver com as diferenças e se libertar das amarras da intolerância, quando o foco sair do “eu” e passar para o “nós”. Vibremos para que cada vez mais possamos não só saber, mas também sentir do fundo de nossas almas que todos somos irmãos. Os laços de sangue dessa vida são simplesmente um mecanismo criado pelo Pai para que pudéssemos ingressar aqui próximos de quem temos algo a resgatar, quando voltarmos ao plano espiritual, despidos do corpo carnal, os únicos laços que continuarão a nos unir são os que foram criados pelo amor. Portanto, vamos nos libertar das imposições do externo, parar de olhar somente para nós mesmos alimentando o nosso ego e valorizar os ensinamentos que as diferenças podem nos trazer. Assim como a diversidade de flores nos proporciona diferentes cores, aromas e sensações, a pluralidade de ideias, quando unidas, podem gerar uma riqueza inigualável de novas formas e conceitos que ajudarão a fazer de nosso planeta um mundo melhor de se viver.
Paz e Luz a todos!