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Roger Responde 114 – Exercícios para criar bons hábitos mentais

114 – Pergunta (20/02/2012): Roger, nosso cérebro, com o passar dos anos, vai estabelecendo “conexões sinápticas” entre os neurônios, de acordo com as nossas ações, que promovem uma viciação de nosso hábitos. Que conselhos você daria para reverter aquelas conexões mentais equivocadas? Existem exercícios para isso, como o da gratidão, da pedra no bolso como já ví em um documentário e também no livro Universalismo Crístico. Ficarei muito grato com novos exercícios para quebrar esses maus hábitos que nós mesmos criamos e nos atrasam na escalada em direção à luz e sabedoria.

Roger: Parabéns pela excelente pergunta. No novo livro que estamos trabalhando, “Universalismo Crístico Avançado” recordamos aos leitores dos três alicerces do Universalismo Crístico básico:“O amor ao próximo como a si mesmo buscando cultivar as virtudes crísticas de forma verdadeira e incondicional”. O segundo: “A crença na reencarnação do espírito e no carma, pois sem elas não existe Justiça Divina”. E o terceiro: “A busca incessante pela sabedoria espiritual aliada ao progresso filosófico e científico com o objetivo de promover a evolução integral da humanidade”. E, também, seus dois roteiros fundamentais: O primeiro é a lei do amor. Tudo que foge a maior das virtudes deve ser descartado, pois não provêm de Deus. E o segundo é a busca da verdade. Jesus nos ensinou: “conhece a verdade e a verdade te libertará”. A verdade está onde estão o bom senso e a lógica.

Depois apresentamos os três novos alicerces do Universalismo Crístico Avançado, que são: primeiro “a compreensão profunda e verdadeira do amor”, segundo “a busca do autoconhecimento” e o terceiro “entender a forma como pensa o nosso semelhante”. E o Universalismo Crístico Avançado apresenta, também, dois roteiros. O primeiro é o mesmo: tudo que foge a lei do amor deve ser descartado, pois não provém de Deus. E o segundo é a autoavaliação! Precisamos mensurar se estamos nos conhecendo melhor e entendendo o nosso próximo, baseado nos preceitos sagrados do amor. Essa é a fórmula elementar para evoluirmos em harmonia com os nossos semelhantes.

Nesse segundo roteiro, vemos que é fundamental analisar o nosso progresso, tanto na busca de nosso autoconhecimento como na compreensão de nossos semelhantes. Para isso, no livro novo, traremos alguns métodos para que o leitor possa fazer essa sua autoavaliação. Entre eles, estão alguns exercícios para reprogramação da mente que foi sugerido na pergunta, com o objetivo de estabelecer conexões sinápticas positivas. A correção de nossos hábitos diários, iniciando-se em nossos pensamentos, é um grande passo para termos uma relação mais harmoniosa com o mundo. E, para isso, precisamos nos livrar de nossos maus hábitos.

Entretanto, peço paciência a todos. Ainda não estamos trabalhando nesse capítulo específico e seria muitas coisas para relacionar aqui. Setembro, meus amigos, está logo ali. O tempo voa. A cada dia mais rápido. Em breve todos já terão em mãos o livro “Universalismo Crístico Avançado” e obterão amplas informações sobre o tema dessa pergunta. Posso garantir-lhes que o livro será surpreendente e com um conteúdo rico e inovador.

Roger Responde 107 – Como iniciar as pessoas no UC?

107 – Pergunta (02/01/2012): Grande Amigo Roger, estou com uma grande dificuldade em “iniciar” outras pessoas no Universalismo Crístico. Penso que para pessoas que não têm um entendimento espiritual básico, ou seja não conhecem conceitos básicos “espíritas”, se torna muito difícil aceitar o Universalismo e seus três pilares básicos. O próprio livro remete a esses conhecimentos quando trata do cordão prateado, reencarnação, perispírito, outras dimensões, padrões vibracionais, carmas, vidas passadas, magos negros… Para pessoas que “não conhecem” fica difícil assimilar e, principalmente, aceitar o UC. Essa é minha grande dúvida; como iniciá-los? Devo recomendar primeiro obras básicas espíritas?

Roger: Queridos amigos, para atingirmos uma universalização na busca de Deus e dos valores espirituais, tão necessários para resgatar os bons valores em nossa sociedade, é necessário nos afastarmos das crenças religiosas específicas. Ou seja, para os leigos, é necessário mudarmos a abordagem. Temos que falar menos de “crenças” e mais de “fatos palpáveis” do cotidiano. Por exemplo, falar de carma, reencarnação e magos negros pode parecer ficção para quem vive com a mente limitada aos conceitos da vida física. Eles acreditam apenas em um “Deus formal”, sem introspecção nenhuma. No entanto, o amor ao próximo é uma verdade universal e incontestável para a harmonia e o bem viver. Instigar a consciência espiritual, a partir do cultivo dos bons valores, é o caminho para “iniciar” as pessoas que se encontram completamente alienadas de sua caminhada evolutiva.

Temas como carma, reencarnação, ação dos magos negros, outras dimensões, etc… é um mundo completamente estranho para os leigos. No entanto, as suas vidas, como as de todos nós, necessitam urgentemente de um “novo pensar” no campo dos “valores espirituais”, que poderíamos chamar até mesmo de “valores humanos”, pois é um termo mais comum a eles. Nossas famílias, jovens em geral, sociedade, empresas, precisam absorver uma verdadeira e sensata filosofia espiritual, livre de crenças religiosas. Com o enfraquecimento gradual das religiões, a humanidade em geral está perdendo os seus valores mais básicos. E o papel exercido pelas religiões precisa ser rapidamente preenchido por uma compreensão espiritual moderna e livre de dogmas religiosos que venham a engessá-la de acordo com “crenças específicas” desse ou daquele grupo. Caso isso não ocorra, nas próximas décadas teremos uma grave deterioração de nossa civilização, tornando-a fria e insensível. O homem pensará somente em seu próprio interesse, fomentando guerras e uma desumanização de nossa espécie.

Tenho feito palestras dentro de empresas, com enfoque em treinamento, no qual sou convidado a falar sobre o tema “Espiritualidade”. Vejam como o mundo está mudando. Isso é muito positivo! Quando uma grande empresa se preocuparia em treinar seus funcionários sobre esse tema? No ambiente empresarial existem pessoas de todas as crenças religiosas e ateus também. Essa experiência está sendo interessante para eu moldar uma apresentação que atenda a um público verdadeiramente universal, enfocando em temas como o amor, respeito, amizade, tolerância, compreensão, “ação e reação” e todas as demais virtudes que nos levam à evolução espiritual. Para falarmos das coisas de Deus, não precisamos citá-Lo. É algo inerente ao homem compreender que amor e Deus, são exatamente a mesma coisa.

E permeando essa mensagem de valores espirituais, devemos, também, enfocar a divulgação da busca do desenvolvimento da consciência espiritual nessas pessoas. Quem somos, de onde viemos, para onde vamos? Qual a finalidade da vida? Somos apenas animais instintivos como nossos irmãos menores, ou somos seres conscientes que possuem uma alma que transcende a vida física? O que são as experiências paranormais? Como explicar os fenômenos realizados por grandes mestres como Jesus? Que força movia Chico Xavier a psicografar duas cartas ao mesmo tempo, com ambas as mãos, sobre temas diferentes, em línguas diferentes e algumas escritas de “trás para adiante”? Vou contar-lhes um segredo: mais vale fazermos perguntas reflexivas às pessoas do que tentar doutriná-las com nossas crenças…

Roger Responde 104 – Crenças politeístas

104 – Pergunta (12/12/2011): Roger, já li alguns de seus livros, sendo que o último foi o “Universalismo Crístico”, pelo qual devo parabenizá-lo e agradecê-lo, pois tal leitura me encantou de todas as formas possíveis, além de ter me levado a diversas reflexões. Fico muito feliz que pessoas como você divulguem essa nova ideia de espiritualidade; ela está sendo imprescindível para a minha formação tanto moral, quanto espiritual. Obrigada de verdade.
Mas, apesar de ter refletido sobre os temas abordados na minha última leitura, ainda tenho uma dúvida: as antigas crenças politeístas, como as da Grécia Antiga e do Egito Antigo, e até hoje, no hinduísmo, em que se acredita na existência de vários deuses, além do Deus Supremo, criador do Universo, tem algum fundamento, ou elas só simbolizaram e simbolizam uma etapa do processo evolutivo desses povos? Serviram apenas para direcionar as atitudes dos indivíduos, devido às atrocidades cometidas na sociedade; despertá-los para uma visão mais espiritual de suas vidas, ou essas “entidades” existem de fato? Pergunto isso, visto que existem religiões que ainda acreditam em vários “Deuses”, como a Wicca, o hinduísmo, e também existem, na Umbanda e Candomblé, os orixás, que auxiliam nos trabalhos espirituais e representam elementos da natureza.

Roger: Nunca existiram vários deuses. Essa é apenas uma crença da humanidade do passado devido ao seu pouco entendimento da obra do Criador. As religiões são criações humanas para tentar interpretar um Ser que está muito além de nossa compreensão. Somente em Deus encontramos a verdade absoluta. As religiões possuem verdades relativas adequadas ao seu nível de compreensão. Hoje vemos muitas crenças religiosas como infantis e ingênuas, mas há 2, 3 ou 4 mil anos atrás essa era a capacidade de entendimento dos povos que as criaram.

E eis aí o ponto central da mensagem do Universalismo Crístico: libertar as consciências desse escravismo às religiões, como se elas detivessem a verdade absoluta. As nossas crenças espirituais precisam evoluir, assim como está evoluindo a humanidade em todos os aspectos. Toda a fé deve ser raciocinada, confrontada com a razão. Caso não se sustente, deve ser descartada.

Os deuses egípcios, gregos, etc… nada mais eram do que grandes espíritos, seres incomuns que eram divinizados para serem alvos de suas preces por dias melhores em cada segmento que aquele suposto deus atendia. Por exemplo, o próprio Hermes que é o coordenador de nossos livros, foi divinizado como Toth no antigo Egito, o deus da escrita e da sabedoria, devido a incrível contribuição que ele deu nesse sentido ao Egito durante o início do período dinástico. Imhotep recebeu um magnífico templo como deus da medicina, por suas contribuições nessa área. Visitamos esse interessante templo em julho e visitaremos novamente na próxima viagem ao Egito com leitores em maio de 2012. E assim, sucessivamente, com todas as crenças religiosas do passado. Vejam que até Jesus foi idolatrado como Deus pela igreja cristã primitiva. Hoje sabemos, que tratam-se somente de espíritos com notável evolução, criaturas, assim como nós, e não o próprio Espírito Criador, Único e Eterno, sem principio e nem fim.

Todos fomos criados iguais, simples e ignorantes, por Deus. A infinita caminhada evolutiva que percorrermos, utilizando-nos de nosso livre arbítrio, é que nos transformará em espíritos ascensionados. E quando estivermos atuando em nome de Deus entre povos primitivos, no futuro, talvez até em outros mundos, seremos vistos como “deuses” por esses povos e junto a isso surgirá toda uma carga de superstições e teorias milagrosas, como é natural em mentes primárias.

Roger Responde 101 – Objetivo essencial do UC. Contas Facebook e Twitter

101 – Pergunta (21/11/2011): Caro Roger, eu gostaria que você nos expusesse qual o objetivo fundamental do Universalismo Crístico. Tenho lido seus livros e acompanhado as informações do seu site, além de acompanhá-lo no facebook. Só não o sigo no twitter porque você não tem conta lá. Deveria criar. Teria muitos seguidores que procuram palavras sábias de luz como as suas. Mas o que desejo saber na pergunta é qual o objetivo essencial do Universalismo Crístico? Espero que não ache a minha pergunta estúpida. É que estou tendo dificuldades para expressar o que quero saber. Sinto algo mais “internalizado” no Universalismo Crístico que fala mais ao fundo da alma. E não consigo entender claramente. Grato pela atenção.

Roger: Querido amigo, claro que a tua pergunta não é estúpida. Na verdade é muito inteligente, porque tu conseguiste ir além da concepção racional e didática do Universalismo Crístico. Algumas pessoas me dizem que o Universalismo Crístico já existia através do Espiritualismo moderno ou, então, do Espiritismo Universalista. E isso é verdade. O que fizemos (e estamos fazendo no novo livro que está sendo elaborado), é apenas codificá-lo de forma abrangente e independente das religiões, permitindo que as pessoas tenham um roteiro claro e estruturado para a sua jornada evolutiva. Os temas espirituais são muito abstratos. E isso leva as pessoas, muitas vezes, a crenças fantasiosas que apenas as distanciam do mundo real e as conduzem para caminhos pouco produtivos para a sua evolução, tanto espiritual quanto humana.

A concepção do Universalismo Crístico visa, em essência, despertar as pessoas para pensarem o tema Espiritualidade de uma forma diferente, liberta e inovadora para que conquistem a oportunidade de viverem uma experiência espiritual completa, plenamente lúcida e com resultados realmente grandiosos em sua evolução infinita rumo à iluminação espiritual. Nunca na história de nossa humanidade foi oferecido um modelo tão abrangente e livre para que as pessoas evoluam por suas próprias iniciativas. A Alta Espiritualidade da Terra com isso está nos dizendo claramente: “Vocês não são mais crianças. Acreditamos que possam tomar as iniciativas certas sem serem conduzidos por dogmas ditados por líderes e gurus espirituais. Vocês aprenderam em todos os séculos passados qual o caminho, agora é hora de trilhar esse caminho por suas próprias consciências.” Isso é absolutamente maravilhoso! Como falei na pergunta anterior, passou o tempo de nos ajoelharmos perante Deus, como crianças penitentes, e chegou o momento de sentarmos de forma responsável ao seu lado na mesa de projetos para trabalharmos por um mundo melhor. E isso não é tarefa somente para almas iluminadas. Temos, sim, nossos erros. Mas se somos conscientes deles e trabalhamos para vencê-los, diariamente, então temos direito, também, a assento nessa mesa de trabalho ao lado do Criador.

O crescimento do Universalismo Crístico é inevitável; à medida em que a humanidade for se esclarecendo devido aos avanços sociais e educacionais em todo o planeta, principalmente por causa dos avanços trazidos pela tecnologia da informação (ipad´s, internet, etc.), que popularizarão a informação e o conhecimento. No futuro, as igrejas de manipulação de massas perderão sistematicamente as suas forças e as pessoas caminharão de forma livre e consciente através da estrada que todos nós, juntos, construiremos com o Universalismo Crístico. Assim como o mapeamento do genoma humano e outros avanços da medicina estão sendo atingidos para atender a uma futura humanidade “sem carmas degenerativos” (como explicamos no livro “A Nova Era”), o Universalismo Crístico está sendo desenvolvido para atender espiritualmente a humanidade do futuro, plenamente consciente e lúcida. A concepção do U.C. será algo “intuitivo” para as novas gerações. Eles precisarão ler apenas meia dúzias de linhas como essas para saberem qual o caminho espiritual que percorrerão por toda as suas vidas.

A vitória da implantação do Universalismo Crístico é crucial para o futuro da Terra. O inevitável afastamento das religiões (que já está acontecendo, devido a elas não atenderem mais às concepções modernas) está afastando o homem da busca do Bem e do saudável cultivo dos bons valores que norteiam a humanidade. A busca de Espiritualidade é o necessário “equilíbrio da balança” para contrapor-se ao desaparecimento sistemático da ação religiosa sobre os homens, como ocorria no passado. Sem a Espiritualidade consciente do Universalismo Crístico, a humanidade perderá seus valores fundamentais, o que causará um retrocesso no processo evolutivo de nosso mundo.

E sobre a conta no twitter, não a criei porque gosto de falar-lhes através desse canal de comunicação do site. As vezes, uso o facebook também. Mas o tempo é curto e preciso manter-me focado no novo livro. Atender a todas as mídias seria complicado. Mas nada impede que no futuro eu reveja essa posição e crie a conta no twitter, apesar de achar que o facebook engloba todas as funcionalidades do twitter e ainda outras mais, como o álbum de fotos para eventos, etc. A viagem ao Egito em maio de 2012, que debaterá o Universalismo Crístico, está com mais de 70% das vagas preenchidas devido, também, as fotos que postamos no facebook da viagem realizada agora em julho de 2011, e que foram muito acessadas. Indiquem aos amigos para que me adicionem no facebook para melhor divulgarmos o Universalismo Crístico.

 

Roger Responde 072 – Como o Universalismo Crístico atuará em relação ao desenvolvimento e educação da mediunidade?

072 – Pergunta (02/05/2011): Prezado Roger, quero expressar a emoção que estou sentindo nesse momento, ao terminar seu livro UNIVERSALISMO CRÍSTICO. Sinto-me com o peito iluminado, inundado pelo amor e pelo contentamento em ter encontrado, finalmente, uma literatura que se coadune com meus sentimentos e pensamentos. Já passei pelo catolicismo e por alguns centros espíritas. Porém, confesso, não consegui me encaixar em nenhum deles. A filosofia, em si, é maravilhosa. Porém, carregada de culpa, de lógicas matemáticas quanto à lei de ação e reação e, muito mais, pela carga emocional dos homens que a interpretam. Sempre acreditei em um Deus soberanamente justo e bom e, por isso, quando ouvia certas interpretações, aquilo me doía na alma. Há anos estou buscando meu crescimento espiritual, libertando-me, procurando ascender pelo amor. Ao ler o seu livro, senti que mais alguém também pensa e sente como eu. Em minha vida, muitas vezes acabei adoecendo por me fechar e negar, quando não consegui me encaixar em certos padrões sociais e religiosos. Fechei-me em meu “casulo”, adormecendo certos sentimentos. Mas, a vida é um ciclo ascendente e o adormecido acorda, desperta. Estou vivenciando agora, mais uma vez, e graças a você, a experiência do despertar. Porém, tenho uma dúvida. Neste despertar, também despertou, novamente, minha mediunidade. Tenho sentido no peito uma sensação diferente. Tem dias que estou em um verdadeiro torpor. Recebi alguns convites para trabalhar mediunicamente em centros espíritas, mas… como sempre, fico com receio. Minha pergunta é: Como o Universalismo Crístico atuará em relação ao desenvolvimento e educação da mediunidade? Ainda precisaremos das casas espíritas para isto? Ou, como você disse, tudo é mental e temos que aprender por conta própria (às vezes sinto que não conseguirei…)?

Roger:  Temos recebido cada vez mais manifestações como essa. E isso é uma agradável surpresa! Quando estabelecemos o roteiro de implantação do Universalismo Crístico na Terra, sempre com o sábio aconselhamento de Hermes e dos demais mentores espirituais, definimos como meta inicial que o Universalismo Crístico deveria ser um ideal que permeasse todas as religiões, revitalizando-as, para que atendessem às necessidades de seus fiéis. A função do Universalismo Crístico, nesse momento, não era de substituir as religiões, mas auxiliá-las a evoluírem em um mundo em constante movimento. Qualquer pessoa desavisada, mesmo com a força atual das igrejas de massas, se fizer uma sincera reflexão, livre de paixões, perceberá que esse modelo está em franco declínio. Uma pessoa lúcida não tem como negar essa evidência. Basta apenas uma mínima conscientização espiritual para perceber que as religiões, da forma em que se encontram, pouco tem a oferecer para o real progresso espiritual de seus seguidores.

Acreditávamos que somente na próxima geração a humanidade estaria totalmente liberta de rótulos religiosos e da visão patriarcal das religiões. Mas, para a nossa agradável surpresa, percebemos um número expressivo de pessoas, de todas as idades, desejando prosseguir em sua jornada de crescimento espiritual independente das religiões. Contudo, isso não nos isenta do compromisso de dar subsídios aqueles que desejam prosseguir em suas religiões, contudo, provocando os debates internos oferecidos pelo ideal do Universalismo Crístico. As religiões precisam ser instigadas a esse debate filosófico. E o apoio, de seus membros que já conseguem ver mais além, é essencial.

A partir desse cenário de amplo crescimento de adeptos do UC sem religião, precisamos acelerar o nascimento e desenvolvimento dos núcleos regionais do Universalismo Crístico para que sejam criadas estruturas independentes para abrigar aqueles que desejam prosseguir em sua jornada espiritual livre das religiões. Só assim poderemos criar cursos e ambiente para um saudável desenvolvimento mediúnico, além de um espaço para divulgação dos conhecimentos espirituais de todos os grandes mestres da humanidade, e ,também, iniciativas para inclusão social e educacional das comunidades locais, etc. etc.

Cada vez mais todos que se sintonizam com o ideal do Universalismo Crístico, (fato que ocorre também pelo compromisso assumido no plano espiritual antes de reencarnarmos), devem partir para a ação, procurando apoiar os grupos regionais que já surgiram (veja os grupos já formados nesse site, link “grupos”), trazendo a sua contribuição e também partindo para o pioneirismo, estabelecendo os grupos em regiões que ainda não existem. Lembrem-se, estamos construindo a estrada por onde as gerações futuras trafegarão por séculos e séculos no futuro. Todos nós estamos fazendo história! Feliz daquele que participar ativamente desse grande momento evolutivo de nossa humanidade.

E sempre é importante lembrar que os grupos que se formarem e os atuais devem manter sempre uma visão e um perfil de atuação universalista, sem agregar as idiossincrasias das religiões. Os grupos regionais do UC devem ser livres de dogmas, procedimentos e rituais que venham a caracterizá-los como um apêndice de qualquer outra religião. O Universalismo Crístico é uma filosofia espiritual que utiliza-se de estudos universais para apoiar o desenvolvimento espiritual de seus adeptos. Todas as crenças específicas, não aceitas universalmente, devem ser apenas objeto de debate. Jamais devem tornar-se uma crença absoluta e arraigada dentro dessa agremiação que tem por função ser um fértil terreno de debates e estudos. O ideal do Universalismo Crístico é uma forma de pensar absolutamente livre. Jamais deve se aprisionar às crenças pessoais de quem quer seja.

Roger Responde 049 – O Universalismo Crístico se manterá puro com o transcorrer das décadas?

049 – Pergunta (22/11/2010): Roger, você acredita que o Universalismo Crístico se manterá puro com o transcorrer das décadas? Geralmente as pessoas, com o tempo, distorcem as verdades imortais, como aconteceu com todas as religiões, e que você muito bem relata em seus livros. Você acredita que o Universalismo Crístico não será distorcido ou, então, não se criarão dissidências a partir dele?

Roger: O Universalismo Crístico é uma ideia, e não uma seita ou organização religiosa. Ele possui uma essência incorruptível baseada em seus três alicerces fundamentais: (I) : o amor ao próximo como a si mesmo buscando cultivar as virtudes crísticas de forma verdadeira e incondicional refletindo diretamente o amor do próprio Criador. (II) a crença na reencarnação do espírito e do carma, pois sem esses princípios não existe justiça divina. (III) a busca incessante pela sabedoria espiritual aliada ao progresso filosófico e científico com o objetivo de promover a evolução integral da humanidade.

Além desses três princípios fundamentais, o Universalismo Crístico possui dois roteiros inabaláveis: (I) A lei do amor. Tudo que foge da maior das virtudes deve ser descartado, pois não provém de Deus. (II) A busca da verdade. Jesus nos ensinou: “Conhece a verdade e a verdade te libertará”. A verdade está onde estão o bom senso e a lógica.

Se alguma dissidência ou novas ideias fugirem desses três alicerces e dois roteiros, poderá ser chamada de qualquer coisa, menos de Universalismo Crístico. E cabe a cada um de nós, que buscamos a universalidade do saber espiritual, jamais dar respaldo a essas novas dissidências que fogem desses princípios. Obviamente que devemos sempre respeitar as ideias alheias e até mesmo apoiá-las, se forem alicerçadas no amor, no entanto, não podemos jamais permitir que o Universalismo Crístico corrompa a sua essência. A essência do UC já é bem ampla e permissiva. Trata-se apenas de um roteiro que tem por objetivo apoiar a caminhada espiritual da humanidade, permitindo a todos liberdade de ação. Se consentirmos que seu “esqueleto central” seja corrompido, o Universalismo Crístico perderá a sua importância e destaque acima das religiões, e tornar-se-á mais uma das milhares de crenças e seitas que existem pelo mundo. Somente a sua estrutura consolidada e incorruptível manterá a sua mensagem universal e perene.

O Universalismo Crístico é a “chave” de tudo… é a pedra filosofal da Nova Era! E tal tesouro precisa ser protegido pelos templários modernos de quaisquer distorções e incompreensões, com verdadeiro espírito de amor e fraternidade.

Roger Responde 048 – O UC e o conceito de amor incondicional, livre do apego.

048 – Pergunta (15/11/2010): Isto é mais um relato do que uma pergunta, mas, intuí que seria útil. Quando o Universalismo Crístico surgiu em meu caminho, serviu como gatilho para inúmeros disparos de consciência, e o primeiro livro que li foi o próprio “Universalismo Crístico – O Futuro das Religiões”. O que mais marcou minha vida a partir daquele momento foi o conceito “Amor/Apego”, eu achava que vivia um relacionamento feliz, eram muitas brigas, ciúmes, discussões infrutíferas, picuinhas de almas presas aos grilhões da condicionalidade. Quando li o livro, tentei empregar o conceito do “amor incondicional”, a minha noiva ficava louca quando queria brigar e eu me forçava a manter-me sereno, dizendo que me recusava que nosso relacionamento se mantivesse tão imaturo, tudo o que eu me disciplinava a falar e sentir era o bom sentimento do carinho. E me mantive assim durante meses, eu vibrava para que ela entendesse isso, sem forçar, esperando o tempo necessário das mudanças, até que ela leu o U.C e compreendeu o porque do que eu estava fazendo. Hoje, caminhamos juntos, ajudando-nos mutuamente em nossa evoluções, sempre nos disciplinando para o caminho do bem. Somos muito felizes. Então eu sou grato ao U.C, e a você Roger, por nos fornecer esse gatilho de evolução. Respeitar o tempo de evolução de cada um, não é abandoná-lo a mercê de seus obscuros sentimentos, nossa mente tem muito poder de auxílio, paciência e emanação luminosa ajudam, ainda mais com a força da transformadora era de Aquário.

Roger: Realmente essa não é uma pergunta, mas concordo com a tua intuição, é um depoimento útil a todos nós. Eis o objetivo de nosso trabalho. Todas as dificuldades não são nada comparadas com a alegria de receber relatos como esse, ou, então, de um presidiário que diz ter-se transformado com a leitura do livro “Sob o Signo de Aquário”, ou do adolescente que abandonou as drogas ao ler o livro “A história de um anjo”, ou aquele leitor que viajou ao Egito depois de ler o Akhenaton, e descobriu um novo sentido para sua vida, etc, etc…

O entendimento do conceito “amor/apego” é tão fundamental para a nossa verdadeira compreensão do amor que, em nossas palestras de divulgação do Universalismo Crístico, para embasar melhor o primeiro dos três princípios do UC, narramos a maravilhosa história de Jesus, chamada “No caminho do amor”, que foi originalmente psicografada por Chico Xavier, no livro “Contos e Apólogos, (irmão X), e a reproduzimos em nosso livro “Sob o Signo de Aquário – Narrações sobre viagens astrais”. Nesse texto, Jesus nos mostra, com seu brilhantismo habitual, as duas faces do amor: a primeira baseada no apego e no desejo, fruto dos caprichos egoístas de almas infantis. A segunda, que é a personificação de Deus, é o amor doação, aquele que somente as almas em busca da luz conquistam e compreendem.

Estamos vivendo um momento especial na história da humanidade. Uma nova consciência está surgindo. O ingresso da humanidade na “era de Aquário” simboliza a necessária mudança na forma como devemos empreender nossa evolução espiritual. É o fim da era da submissão aos dogmas religiosos alienantes; e o início da busca consciente de Espiritualidade. Feliz daquele que compreende isso e empreende a sua caminhada rumo à autoiluminação consciente.

Roger Responde 044 – O Universalismo Crístico e seu caráter coletivo, sem líderes e gurus.

044– Pergunta (18/10/2010): Em função da sua resposta à pergunta de nº 30, pergunto: você afirma, com base no alerta dado por Hermes, “não devemos esperar que algum espírito iluminado realize um trabalho especial e indiscutível”. Esse alerta não se choca com toda a ótica do seu livro “A História de um Anjo”, onde Gabriel se apresenta, justamente, como esse ser especial, que vem à Terra com o propósito de reunir todas as religiões cristãs e, assim, difundir todo o conceito do Universalismo Crístico?

Roger: A tua colocação está correta. Nos livros “A história de um anjo” e “Universalismo Crístico” centralizamos a ação na figura de um ou mais personagens de destaque para facilitar a compreensão dessa missão que, na verdade, cabe a todos aqueles que despertarem para a consciência espiritual do terceiro milênio. É o fim da era dos gurus e líderes espirituais infalíveis. Cada um deve fazer a sua parte e a ninguém deve ser dado o poder da palavra absoluta e infalível. A construção do Universalismo Crístico deve ser feita através do debate sadio e sensato, sem melindres. Ninguém pode ser arvorar como dono infalível da verdade. Corroborarmos essa atitude é voltarmos à época em que se construíam filosofias espiritualistas a partir da percepção de pessoas tão limitadas quanto nós, mas que se vestiam de uma aura mística e absoluta para impor suas ideias, geralmente distorcendo a mensagem cristalina dos grandes intérpretes crísticos da Terra.

Hermes afirmou no posfácio do livro “A história de um anjo” que esperava que a figura simbólica de Gabriel servisse como um “detonador psíquico” com o objetivo de despertar os encarnados sobre as transformações necessárias em suas almas para atender as mudanças de consciência previstas para o terceiro milênio. Que todos nós nos inspiremos em personagens como Gabriel e Rafael para fazermos nossa parte e, no futuro, talvez eles estejam lado a lado conosco em nome desse ideal, sem, no entanto, nos preocuparmos em estarmos trabalhando junto a figuras tão representativas, até mesmo porque nosso empenho e dedicação se assemelharão aos deles, tornando-nos verdadeiramente iguais, através da cristalina compreensão da mensagem simbolizada por eles nos livros citados acima.

No Universalismo Crístico não existem generais e soldados. A hierarquia absolutamente não existe. Nele, somos todos irmãos, com igual voz nos debates e estudos, contudo precisamos realizar uma verdadeira reflexão interna e sinceros estudos para estarmos à altura da seriedade necessária para a instigante busca proposta por essa abrangente filosofia. Como diria Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo!”, e tudo mais te será revelado.

Roger Responde 043 – O Universalismo Crístico sempre existiu. Estamos apenas codificando-o e divulgando-o.

043- Pergunta (11/10/2010): Antes de mais nada, gostaria de congratulá-lo pelas obras, que estão sendo um importante farol para a nova era na literatura espiritualista. Tanto em A História de Um Anjo quanto em Universalismo Crístico percebi que a narrativa se comporta de maneira dual: hora como uma verdadeira prévia de acontecimentos futuros (acontecimentos reais, com personagens reais); hora como uma exemplificação simbólica de como será o processo de implantação das novas ideias no planeta. A primeira noção pode parecer uma leitura literal, ‘ao pé da letra’ e restrita, mas creio que as próprias obras indicam esse sentido. Isto posto, como analisar a ‘prévia’ do ‘nascimento’ do Universalismo Crístico nas obras, se este é um conceito já amplamente debatido e divulgado nos dias atuais por vários outros ‘personagens’. Gostaria de uma elucidação desse ponto.

Roger: Obrigado pelo apoio ao nosso trabalho. Quando Allan Kardec codificou o Espiritismo, as comunicações com os espíritos já existiam desde a antiguidade e eram amplamente estudadas pelas sociedades iniciáticas, no entanto, ele esclareceu e criou uma metodologia de compreensão didática e popular sobre o assunto. Da mesma forma, estamos somente estabelecendo e divulgando uma metodologia clara para compreensão da ideia do Universalismo Crístico.

Tu citas em tua pergunta que o conceito do Universalismo Crístico já é amplamente debatido e divulgado. Antes de lançarmos o livro sobre esse tema em 2007, realizei pesquisas no Google com esse termo e somente duas ocorrências surgiram. A primeira era a referencia que fazíamos a esse termo em nosso livro “A Nova Era – Orientações espirituais para o terceiro milênio”, publicado em 2003, e a outra referia-se a uma mensagem de Ramatís dirigida ao grupo Bandeirantes da Luz de São Paulo. Logo, parece-me que esse tema não era amplamente debatido através dessa metodologia, mas sim era um sentimento natural daqueles que estão prontos para a visão universalista de entender os temas espirituais. Como já disse em outras oportunidades (vide pergunta nº 37), Universalismo Crístico e Espiritualismo Universalista são duas coisas diferentes. O primeiro é uma metodologia de compreensão espiritual, liberta de rituais, e o segundo trata-se de uma visão religiosa mais abrangente, porém ainda afeita aos tradicionais modelos religiosos. No nosso entender o Espiritualismo Universalista é uma adaptação das religiões já existentes, e não propriamente um conceito puro de Universalismo Crístico.

Talvez até em grupos de estudo e conversas restritas o tema já fosse discutido, mas não de forma de mais amplo alcance, como está ocorrendo agora com o surgimento de grupos regionais a partir do organismo nacional criado a partir do livro. Nessas últimas semanas tivemos três novas adesões iluminadas: o início da formação dos grupos da Bahia, Pernambuco e do Ceará, que se unem aos já existentes do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás. São Paulo também já está dando seus primeiros passos. Em breve a consciência espiritual do terceiro milênio será sim amplamente divulgada e debatida em todo o cenário nacional, a partir do esforço conjunto de todos.

Se o Universalismo Crístico já existia, diríamos que sim, no fundo do coração daqueles que buscam uma compreensão espiritual superior, contudo estamos tornando-o visível e compreensível às massas. Os jovens que protagonizam a implantação do Universalismo Crístico no livro de mesmo nome, somos todos nós, espalhados por todo o Brasil, que estamos focados na concretização desse ideal na Terra.

 

Roger Responde 041 – O despertar da consciência e o distanciamento que provoca.

041- Pergunta (27/09/2010): Desde que li o livro Universalismo Crístico a minha forma de ver o mundo mudou radicalmente. Já tinha lido vários livros espíritas e de outras religiões. Mas parecia que eles eram apenas um doce refresco para a minha alma. E assim eu ia levando a minha vida sem maiores reflexões. Como se as leituras fossem apenas novelas para eu me distrair. Mas lendo o livro Universalismo Crístico e os demais que você publicou, tudo mudou para mim. Não consigo mais ver o mundo da forma de antes. As coisas que me interessavam antes passaram a ser tão pequenas; as que me divertiam, agora parecem tão bobas. E o pior, o meu marido não está me acompanhando nessa nova forma de ver o mundo e está agindo de forma revoltada e negativa, condenando-me por eu ter mudado. Peço a ele que me acompanhe, mas ele diz que essas ideias são coisas de louco e que eu deveria pensar menos e aproveitar mais o nosso privilegiado padrão de vida. Mas não posso mais… Pouco a pouco nos distanciamos. Sinto como se fôssemos dois estranhos sem sintonia alguma. O que você pode me dizer para me ajudar? Estou muito aflita.

Roger: A pergunta dessa semana é de cunho pessoal. No entanto, devido ao significativo números de e-mails que tenho recebido com essa mesma questão, resolvi respondê-lo de forma geral, porque talvez atenda a necessidade de outras pessoas que estejam passando pelo mesma situação, mas que sintam receio em se expor. Os nossos livros tem realmente uma proposta diferenciada que é percebida por “aqueles que tem olhos para ver e ouvidos para ouvir”, como disse-nos Jesus. Eles vão muito além de histórias românticas e despretensiosas. O caráter reflexivo da mensagem coordenada por Hermes, abre novos horizontes, provocando o despertamento daqueles que estão prontos e somente aguardavam que o “gatilho” em suas consciências fosse destravado. Infelizmente nossos cônjuges muitas vezes não estão preparados para essa súbita ampliação da consciência, provocando desentendimentos e a perda da afinidade do casal.

A partir dessa situação, podemos entender, então, o que Jesus desejava dizer quando afirmou: “Vim para lançar fogo a Terra; e que é o que desejo senão que ele se acenda?… Julgais que eu tenha vindo trazer paz à Terra? Não, eu vos afirmo; ao contrário, vim trazer a divisão. (LUCAS, cap. XII, vv. 49 a 51.)” A divisão é a natural separação entre aqueles que compreendem a nova revelação e aqueles que desejam manter-se escravizados ao velho estilo de vida, materialista e alienante. Mas no futuro todos se congraçarão na mudança, assim como ocorre hoje em dia com a mensagem de amor universal de Jesus, que, independente das religiões, tornou-se exemplo de civilidade entre os homens. E isso é mais comum do que se pensa. Inclusive, justamente no livro Universalismo Crístico, isso é relatado. O pai do iluminado Rafael desperta logo no início da obra, mas a sua mãe mantém-se na cegueira espiritual, até o momento final do livro, quando também sofre um maravilhoso insight e liberta-se da ignorância espiritual.

Mesmo sendo assim, não podemos condenar o cônjuge que mantém-se irredutível em seu processo de mudança. Lembrem-se que quando o casamento ou a união ocorreu, pensávamos como ele, e por isso aceitamos o projeto de vida em comum. Logo, condená-lo agora por não aceitar uma mudança que ainda não compreende, é injusto. Devemos respeitar o tempo das pessoas. Almas despertam de dentro para fora, e não ao contrário. Nada faz-nos mudar, a não ser uma revelação interna, a partir de nossas experiências acumuladas no decorrer do tempo, e em seu devido tempo. Um fruto não pode ser colhido antes de amadurecer.

Cabe a aquele que despertou, portanto, decidir, se deseja aguardar um despertamento futuro do cônjuge, trabalhando silenciosamente para isso, ou então optar por seguir sua trilha evolutiva por outros caminhos. Na minha opinião, o casamento não é indissolúvel. Quando as almas se separam por um significativo período, distanciando-se definitivamente, sem sintonia de ideais e sem afinidade, é porque o casamento já acabou. Mas deve permanecer sempre o afeto e o amor mútuo, principalmente se existirem filhos que sejam frutos dessa união.