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Roger Responde 141 – Reflexões sobre o papel do Universalismo Crístico

141 – Pergunta (27/08/2012): Atualmente vivo na França e fiquei perplexo ao saber que aqui a maioria das pessoas (pelo menos as que têm menos de 50 anos) são ateias. Desconsiderando Portugal e Espanha, parece ser muito difícil encontrar pessoas na Europa que acreditem em qualquer coisa que remeta à espiritualidade. Não me impressiona a ideia de o Espiritismo ter morrido na França, uma vez que aqui, as igrejas que foram frequentadas por séculos hoje não passam de museus. Também aqui conheci inúmeras pessoas do extremo oriente que não creem em nada. Fica evidente a necessidade urgente de conscientização espiritual da humanidade que seja coerente e lógica como é o caso do Universalismo Crístico. Mas o que me preocupa é como conseguiremos triunfar diante desse quadro de total alienação das verdades espirituais. Qual o real papel do Brasil nessa missão? Sempre que encontro corações que estejam em sintonia com as novas ideias, eu apresento os ideais do UC. Fico feliz a cada novo encontro, como quando frequentei o grupo de estudos do UC em São Paulo. Trabalho como posso para ajudar a alta espiritualidade e elevo frequentemente meus pensamentos para que triunfe teu trabalho sob a orientação do mestre Hermes.

Roger: Realmente estamos vivendo um final de ciclo em que o modelo religioso do passado não atende mais aos anseios da humanidade. O problema não é que as novas gerações não tem Deus no coração, como afirmam alguns religiosos, mas, sim, que a linguagem impositiva das religiões do passado nada mais tem a lhes dizer. Está chegando ao fim a era das religiões impositivas.

Por isso, sem dúvida, a consciência espiritual do terceiro milênio, o Universalismo Crístico, precisa ser divulgado e implantado nas consciências de pessoas que são do bem, mas encontram-se afastadas do saber espiritual por ver nas religiões somente cerceamento da liberdade e imposição de dogmas ultrapassados e insensatos.

No livro “Universalismo Crístico Avançado”, lançado na semana passada, ( veja em http://www.universalismocristico.com.br/#!livros/vstc5=uca ) abordamos a necessidade  do estudo da filosofia e dos conceitos do Universalismo Crístico, que deveriam fazer parte das disciplinas educacionais das escolas e universidades. Creio que somente plantando esses conceitos na mente de nossas crianças é que construiremos um futuro melhor. Nós deveríamos estimular nos jovens o saudável hábito de filosofar, em vez de apenas ensinarmos cultura religiosa, ainda que ela também seja importante para a formação humana, pois passamos a conhecer a história de nosso mundo, das civilizações e de suas crenças.

Hoje em dia, os homens parecem robôs, que são facilmente dominados por instrumentos de manipulação de massas. Tudo porque a filosofia, o ato de pensar e chegar a uma conclusão por reflexões próprias, foi completamente abandonado no modelo educacional vigente. As escolas precisam resgatar o modelo educacional filosófico e reflexivo. Hoje em dia, os alunos apenas decoram as matérias, sem “integrar o conhecimento”. Eles não compreendem o significado daquele saber para o seu desenvolvimento humano e espiritual.  Muitos nem sequer se lembram mais do que estudaram no ano anterior, tornando-se adultos sem opinião própria e sem capacidade de conceber reflexões que poderiam ser de grande valia em sua profissão e vida.

Se o desenvolvimento filosófico do ser humano pode torná-lo um homem consciente dentro dos cenários da política, economia, sociedade, ecologia, psicologia, ética, antropologia, ciência e a vida em geral, imagina o quanto pode fazer pelo homem se ele desenvolver também esse viés no campo da metafísica, ou seja, da espiritualidade. Sem dúvida, tornar-se-á um novo homem e um candidato perfeito à felicidade e à paz.

Roger Responde 140 – Por que a FEB não apoia os livros do Universalismo Crístico?

140 – Pergunta (20/08/2012): Olá Roger, os seus livros foram os melhores que já li. Somente não entendo por que não os encontro para comprar nas casas espíritas e, ao perguntar o motivo, me falam que foi decisão da Federação Espírita Brasileira (FEB). Sabe qual o motivo disso? Nunca li livros que me esclarecessem tanto quanto os seus. Grata

Terminei de ler o seu livro “A História de um Anjo” e como espírita Kardecista Cristã, foi senão o mais, um dos mais elucidadores que li a respeito da Espiritualidade. Obrigada.

Roger: Antes de responder a esta pergunta informo a todos que acompanham e admiram o nosso trabalho que o livro “Universalismo Crístico Avançado” foi lançado e encontra-se disponível para compra imediata, com preço promocional, através deste link: http://www.universalismocristico.com.br/#!livros/vstc5=universalismo-crístico-avançado

Obrigado, as duas leitoras, pelo apoio ao nosso trabalho. Querida amiga, esta pergunta deve ser feita para a FEB. E eu também gostaria de saber a resposta. Já que não sei qual o motivo pelo qual aceitam livros com evidentes erros históricos e científicos, mas rejeitam os nossos. Esta postura incompreensível da Federação Espírita Brasileira não é de hoje. Desde o século passado ela procura através de um critério pouco claro julgar quais livros são adequados ou não. Os livros ditados pelo espírito Ramatís trazem as mesmas informações que os demais apoiados pela FEB e, mesmo assim, o trabalho de Ramatís foi proscrito do meio espírita ortodoxo sem justificativa plausível, em nome do que chamam de “pureza doutrinária”, algo que, também, não possui uma definição clara, já que Kardec disse-nos que o Espiritismo deveria caminhar sempre lado a lado com a verdade e o progresso. Infelizmente, isso não tem mais acontecido. Algo que vai contra os princípios fundamentais do Espiritismo…

Os livros que escrevo são ainda mais abrangentes e poderia até ser aceita a justificativa de que não se trata de Espiritismo. Contudo, as bases de nosso trabalho estão fortemente vinculadas aos alicerces da doutrina espírita. (O livro citado no manifesto da segunda leitora acima, atesta isso). E se a Federação Espírita Brasileira ainda aceita a essência do Espiritismo como foi definido por Allan Kardec, compreendendo que se trata de uma doutrina que traz ao homem os ensinamentos dos espíritos superiores, acredito que o nosso trabalho está muito bem enquadrado nessa definição, como as leitoras que fizeram essas colocações, e milhares de outros, já constataram através da leitura de nossos livros. Os livros do espírito Rochester, por exemplo, foram elaborados por uma médium russa adepta da Teosofia (Vera Krijnowskaia) e são aceitos pela Federação Espírita Brasileira. Por que, então, os livros do Universalismo Crístico não são aceitos pela FEB como os da Teosofia?

Talvez a única diferença é que trazemos uma nova linguagem e informações mais atuais. Será este o motivo da rejeição? Novas verdades se revelam a cada dia, e precisamos estudá-las e analisá-las livremente para o bem do progresso espiritual da humanidade. Infelizmente, hoje em dia, os líderes espíritas transformaram o Espiritismo em uma religião como as demais: dogmática e sectária. Na atualidade, ver os nossos livros sendo aceitos por ela, seria o mesmo que ver os livros espíritas sendo vendidos em templos de igrejas evangélicas. Ou seja: algo impossível, devido a postura sectária e retrógrada das lideranças dessas crenças. Algo em total oposição a proposta libertadora do Universalismo Crístico. Temos que abrir os olhos e perceber que o tempo de submeter os fieis ao seu controle, já acabou.

Felizmente, existem centenas de casas espíritas pelo Brasil que pensam por si só e não seguem essas diretrizes insensatas. Os adeptos das religiões muitas vezes são mais coerentes que os seus líderes. Basta ver como os católicos são mais coerentes que a própria administração do Vaticano, que proíbe o uso de preservativos mesmo sendo esse um grave caso de saúde pública. No Espiritismo não é diferente. Ainda mais que os adeptos da doutrina espírita estão entre os religiosos mais esclarecidos, facilitando a liberdade de pensamento de seus adeptos. A maioria dos militantes espíritas não veste cabresto. Em muitos locais, os dirigentes das casas tem o bom senso de perceber a importância de divulgar uma mensagem espiritual integradora e com caráter evolutivo, como é o Universalismo Crístico. Eles percebem que integrar-se ao Universalismo Crístico é uma importante iniciativa para manter o Espiritismo cada vez mais vivo e atendendo aos anseios das novas gerações.

Como já falei em pergunta anterior: não somos os donos da verdade. Porém temos uma linguagem atual, voltada para uma compreensão espiritual mais moderna e para uma clara busca do despertar espiritual. Ao natural, os leitores do século vinte e um se identificarão mais com os nossos relatos. Cada dia mais cresce o público de adolescentes que leem os nossos livros e se identificam com eles. A faixa etária dos 12 aos 18 anos a cada dia torna-se maior. Isso mostra que uma Nova Era está surgindo e a mentalidade das novas gerações realmente será outra. Fechar as portas para a nova literatura espiritual é impedir o progresso do maravilhoso trabalho realizado por Allan Kardec e do trabalho que ele inspirou de forma magnífica.

Observo que, também, alguns importantes escritores inseridos diretamente dentro do meio espírita estão sofrendo esse mesmo preocupante preconceito. Sem que se saiba o motivo disto. Não há transparência. Isso precisa ser revisto com urgência. O que me tranquiliza é que somos apenas usufrutuários dos bens e títulos que Deus nos dá. Cada um exerce o seu papel na vida e depois retorna ao Mundo Maior, ficando nas mãos de Deus a avaliação de nossa contribuição no mundo. Então, novas almas descem ao plano físico, com a mente arejada, para trazer avanço e progresso. Em breve, novos líderes estarão exercendo todos esses cargos e vendo o mundo com outros olhos, permitindo finalmente que o progresso e a liberdade chegue ao homem. A função das religiões deve ser sempre unir e, não, separar do Todo, com a falsa ideia de que a sua visão é melhor do que a de seus demais irmãos.