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Roger Responde 260 – As mortes trágicas são decorrentes de carmas anteriores? Como explicar que Hermes, no antigo Egito, na personalidade de Ramósis, morreu murado vivo se ele era um espírito ascencionado desde antes da era de ouro da Atlântida?

260 – Pergunta (23/02/2015):  … Obrigado por tudo e aproveito para lançar uma pergunta: uma vez tu disseste que a morte sofrida do sacerdote Amenófis (reencarnação de Akhenaton – no livro Moisés – Em Busca da Terra Prometida) decorria do carma que ele havia adquirido ao se revoltar e resolver se vingar dos sacerdotes de Amon, embora lá na antiga Atlântida o sacerdote Atônis já fosse um espírito sem carma. Ou seja, ele veio a adquirir um carma posteriormente. Minha pergunta, então, é sobre a morte de Ramósis e Isetnefret no antigo Egito, que foram murados vivos de maneira cruel, conforme narrado no livro Akhenaton – A Revolução Espiritual do Antigo Egito. Já no livro Atlântida – no Reino das Trevas, tu narras que, antes de morrer, Ártemis e os demais mestres foram socorridos por anjos, pois eles não possuíam carma e não deveriam sofrer. Como o Espírito Criador permitiu, então, que Ramósis morresse daquela forma terrível? Será que, após a submersão da Atlântida, Hermes também veio a adquirir carmas em suas encarnações futuras? Ou antes de ele ser murado vivo ele também foi socorrido por anjos e não teve que padecer?

Roger: Obrigado, amigo, pelo que escreveu antes da pergunta. Sobre o teu questionamento, antes de mais nada, em termos de realidade espiritual e programa de evolução, não podemos analisar tudo tecnicamente com regras absolutas. Cada ser necessita passar por determinadas vivências especificas para a sua evolução, não sendo que com isso todos devam viver carmas imutáveis baseado nesta ou naquela “tabela pré-concebida de ação e reação”. Em outras palavras, carma não é “receita de bolo” que precisa ocorrer exatamente o mesmo tipo de resgate para todos. Depende muito de como aquela atitude negativa impactou no inconsciente de cada um. A função do carma é retificar a alma, jamais punir. Deus é amor, não um ser primitivo e vingativo.

Se fosse desta forma, então teríamos que entender que Jesus, quando morreu na cruz, estava resgatando um carma. E, diga-se de passagem, um carma bem pesado, dado a natureza do sofrimento que passou. No entanto, sabemos que não. Jesus era uma alma absolutamente liberta dos ciclos cármicos da Terra e era o governador deste mundo. Poderia ter solicitado que legiões de anjos o resgatassem e poderia ter tomado o poder das mãos do império romano com um simples gesto. Não agiu assim, como esperavam quase todos os seus discípulos, porque não era o propósito de sua missão, como todos hoje em dia sabemos. O reino de Jesus era do Espírito, e não das coisas perecíveis e transitórias do mundo. Ele estava aqui para mostrar-nos a importância que devemos dar as riquezas que nem as traças nem a ferrugem podem destruir. Algo bem esquecido por muitos nos dias atuais…

No caso de Ramósis (Hermes) e de minha ex-esposa Isetnefret (Crystal), na décima oitava dinastia egípcia, não se tratou de resgate cármico, mas sim consequência de sua tarefa missionária em um mundo ainda muito imperfeito. A morte de Ramósis foi uma perda gigantesca para o mundo antigo, já que ele estava prestes a desvendar a morte por “doenças mágicas” no Egito, que eram causadas pelo mosquito transmissor da malária. A sua sentença de morte foi a sentença de morte para milhares de egípcios que posteriormente continuaram a morrer e serem infectados por esta doença. Por séculos nada foi feito para mitigar a ação implacável do mosquito anofelino nas margens do Nilo. Sendo que aqueles que não morriam com a doença, tinham uma vida bem debilitada. Em certos períodos, mais de 80% da população egípcia foi contaminada. Se Hermes tivesse prosseguido com as suas pesquisas, o estudo desta doença teria avançado de forma espetacular e talvez muitas vidas teriam sido salvas. Assim como ocorreu na Idade Média, durante o período da peste negra. Outra época em que Hermes trabalhou como cientista médico de forma excepcional.

Sobre a tua pergunta se eles sofreram após terem sido murados vivos, Hermes posteriormente me relatou que não sofreu, nem ele nem Ise. Após serem selados na escuridão da parede de tijolos, ficaram em profunda oração e paz, mesmo frente a mais terrível condenação do antigo Egito, até entrarem em transe e as suas almas se desprenderem de seus corpos físicos. A morte deles foi suave e branda, porque suas consciências já haviam retornado ao seu mundo de luz e paz, que é a morada de almas de tal quilate espiritual. Quem sofreu mesmo, e tinha carma para isso, fui eu (Radamés), como todos que leram este instigante livro já sabem.

Vale a pena lembrar que a história do livro “Akhenaton – A Revolução Espiritual do Antigo Egito” não termina ali. É uma trilogia. Os mesmos personagens reencarnam 100 anos depois ao lado de Moisés, nos livros “Moisés – O Libertador de Israel” e “Moisés – Em Busca da Terra Prometida”. No último livro, o desfecho de toda esta história é revelado. Mostrando a sabedoria das leis divinas.

Roger Responde 174 – Espíritos missionários, como Akhenaton e Moisés, precisam resgatar pelos débitos contraídos na execução de suas missões em prol do bem?

174 – Pergunta (15/04/2013): Boa tarde Roger! Gostaria que você me tirasse uma dúvida do livro “Moisés Em busca da Terra Prometida”. Esse é o seu último livro; pois já li todos os outros. Neste livro diz que Akhenaton voltou porque impôs seus princípios de um único Deus(não me lembro em que página…). Como pode se Akhenaton nem precisava reencarnar (não contraiu débitos em Atlântida) e o fez por amor e no próprio livro da trilogia (o vol.1) foi extremamente pacífico, ia em encontro com o povo e por isso foi morto? Esta é a minha primeira dúvida. A segunda está na página 244 e é sobre Moisés: … e até Moisés teve de responder por isso no plano espiritual, apesar de sua atitude ter sido necessária para a realização do grande projeto…”. Pelo que eu me lembro, acho que no livro anterior como Akhenaton não conseguiu êxito na sua missão foi permitido ao ex-Atlas reencarnar como Moisés para assim efetivar realmente a crença no Deus único. E ninguém melhor do que ele para fazê-lo… E que teria permissão de usar a força caso fosse necessário…já que o objetivo precisava ser atingido!! Logo, não entendi. Ele já nasceu sabendo que teria que resgatar por algo que precisaria fazer para tentar acordar a humanidade?????

Roger: Tu afirma que Akhenaton foi extremamente pacífico, mas não foi exatamente assim. Ele foi pacífico durante toda a sua vida, mas depois da morte de Nefertiti ele se desequilibrou e enviou-nos para destruir todas as imagens e inscrições do deus Amon pelo Egito, como represália pelo assassinato de sua esposa. Inevitavelmente, muitas pessoas morreram em decorrência dessa sua atitude. Logo, mesmo não tendo mais carma a resgatar, ele voltou a gerar um novo carma por intolerância religiosa que foi resgatado na encarnação seguinte, aos pés do monte Sinai, na época de Moisés, sendo vitimado pela mesma intolerância religiosa que alimentou na encarnação como Akhenaton.

Ninguém está isento de cometer desatinos e voltar a gerar novos carmas. Jesus conseguiu passar incólume pela Terra, mesmo comprando briga com os fariseus, o que poderia ter ocasionado algum ato que lhe gerasse um novo carma, mesmo sendo uma alma realizada. Mas Jesus conseguiu manter-se equilibrado e em paz, mesmo quando teve que ter atitudes mais radicais, como quando discutiu com os fariseus e derrubou as barracas daqueles que faziam comércio ilícito dentro do templo de Jerusalém.

Quanto a Moisés, ele teve o apoio da Alta Espiritualidade para fazer o que fez e foi narrado nos livros “Moisés – O Libertador e Israel” e “Moisés – Em busca da Terra Prometida”. Assim como Alexandre o Grande, Napoleão Bonaparte e vários outros que vieram trazer o Bem através do Mal. Existem os Escolhidos que trazem o Bem através do Mal e existem os Eleitos, como Jesus, que trazem o Bem através do Bem. Moisés já veio ao mundo com a marca do carma. Ele era um espírito em evolução. E antes de encarnar ele já sabia que as suas mãos terminariam maculadas com o sangue de seus irmãos para que a sua missão obtivesse êxito. Não é porque estávamos trabalhando por um projeto espiritual que estaríamos isentos de carma. A Lei é única para todos!

Não havia ilusões. Todos antes de reencarnarmos sabíamos disso e aceitamos pagar o preço. Naturalmente que o carma nessas condições é diferenciado. É diferente de um caso onde o indivíduo mata os seus semelhantes por motivo fútil. Lembrem-se que o mundo se desenvolveu de forma notável a partir do processo de “helenização” do Oriente promovido por Alexandre o Grande, contudo, para isso, ele realizou muitas guerras e promoveu muitas mortes. É assim que evoluem os mundos de expiações e provas. Felizmente, a Terra está encerrando esse triste ciclo evolutivo de dor e sofrimento, para tornar-se um mundo de regeneração espiritual dentro de algumas décadas.

Roger Responde 169 – Como funciona a lei de carma e resgate?

169 – Pergunta (11/03/2013): Gostaria de esclarecimentos sobre a nova lei que agora vigora na Terra, segundo o que tenho lido, a lei de ação e reação, e se não vigora mais a lei do karma, ou seja, não temos mais nada a pagar a ninguém a quem tenhamos ofendido ou feito mal? Agora é cada um por si e Deus por todos? Quem não tem mais jeito vai voltar pra pré-história e começar tudo de novo? Estou vendo as pessoas pirarem com coisas pequenas, não sabem se controlar, transmutar o mal para o bem apenas emitindo o amor ao próximo em pensamentos. A energia na Terra está muito densa e tenho sentido um aperto muito grande no coração de ver pessoas tão bacanas se acabando e querendo acabar com os outros por bobagens. Tenho visto como estão te atacando também, Roger, e sinto muito que você tenha que passar por isso. Pelo menos pra mim, você só deu provas de amor incondicional pela humanidade. Parabéns pela sua coragem e bravura de assumir esse compromisso espiritual em prol dos necessitados de Luz, que assim como eu, buscam a verdade. Tenha uma boa semana! Paz, amor e Luz pra você e toda sua equipe!

Roger: Calma, querida amiga, as leis espirituais não mudaram, apenas existem compreensões diferenciadas delas. Além disso, o que ocorre, algumas vezes, é que as pessoas as distorcem para atender aos interesses de seu ego. Isto precisa ser vigiado com muita atenção. O nosso desejo de nos livrarmos dos compromissos espirituais faz com que justifiquemos essas crenças de que não devemos arcar com o mal que fizemos a outrem no passado. Algumas pessoas dizem que basta orarmos e queimarmos o carma com a “chama violeta”, sem contato algum com sua vítima. Já falei sobre isso na pergunta 121 do dia 09/04/2012.

No livro “Universalismo Crístico Avançado” falamos, também, bastante sobre esse assunto no capítulo 12. Em resumo: Nós contraímos dívidas com outros irmãos e devemos resgatar estes débitos. No entanto, se a nossa vítima do passado rejeitar harmonizar-se conosco, não ficaremos atrelados por séculos a ela. Pagaremos a dívida a Lei, através de nossa mudança de padrões de comportamento. Ajudaremos aquela vítima futuramente, mas sem o impositivo da lei cármica, porque nós evoluímos, enquanto ela ainda reluta em aceitar a reconciliação. O carma é aprendizado, e não punição. Abaixo reproduzimos algumas frases deste capítulo do livro que aborda esse tema:

“As pessoas com consciência espiritual acreditam que estamos aqui para resgatar carmas do passado. Só que, algumas vezes, não percebem que apenas isso não basta. É necessário, também, realizar uma mudança de padrões de comportamento. Só assim o ciclo se encerra!… O aprendizado é o que realmente importa nas questões cármicas. Se ele não ocorrer, o carma não é resgatado, por mais que tenhamos sofrido com a sua ação impiedosa… Inclusive, o carma pode até ser mudado, ou mesmo anulado, a partir do aprendizado. A função de nossas experiências na matéria é provocar evolução interna, ou seja, instruir-nos sobre o caminho da luz. Não existe punição divina. O homem é que ainda percebe a causa da dor dessa forma equivocada, ou seja, acreditando que ela é um castigo em vez de um ensinamento. Isso dificulta a libertação dos ciclos reencarnatórios de sofrimento. Apenas viver o carma não é suficiente. É necessário aprender com ele e modificar-se para melhor. Em outras palavras: dar novas respostas ao mundo ao nosso redor, abandonando antigos padrões de comportamento… Sobre o carma, nada mudou com relação à visão dos estudiosos espiritualistas do passado. A única diferença é que a percepção da humanidade de agora é mais ampla, permitindo que ela compreenda melhor esse mecanismo. Não existe culpa e castigo. O que existe é erro e aprendizado. O carma só se manifesta com essa intenção. Quem se conscientiza rapidamente que ingressou na estrada da sombra, logo se liberta da imposição do carma, podendo até mesmo evitá-lo.”

E realmente, “quem não tem mais jeito”, ou seja, aqueles que não ficarem “à direita do Cristo” e não se tornarem o “trigo” das parábolas de Jesus serão exilados para um mundo de ordem primitiva para reiniciar o seu aprendizado. Enquanto que os “bem aventurados, mansos e pacíficos herdarão a Terra” em suas encarnações futuras. A tarefa central do Universalismo Crístico é justamente tentar despertar os nossos irmãos para essa realidade, enquanto ainda há tempo, e começar a construir a estrada espiritual que todos trilharão nos séculos futuros, atendendo às exigências evolutivas da Nova Era.

Fico triste também em ver pessoas que naturalmente seriam do Bem, porém fazem maldades aos seus semelhantes por pura ignorância espiritual. As religiões já não despertam mais. E, infelizmente, o Universalismo Crístico ainda tem pouco alcance. Por isto o nosso foco nos próximos anos será o de levar o ideal do Universalismo Crístico a um número cada vez maior de pessoas. Livros já temos bastante. Já são dez! E, mesmo assim, eles ainda não são lidos dentro da magnitude e expectativa da Alta Espiritualidade para despertar e motivar mais pessoas para obterem a consciência difundida pelo projeto Universalismo Crístico. Precisamos trabalhar mais no campo da divulgação. Precisamos libertar mais e mais pessoas do entorpecimento em que se encontram.

E quanto aos ataques que recebo, não se preocupe, querida irmã, já estou ficando calejado. Quanto mais forte a luz, mais ela incomoda a escuridão! Ensinamentos espirituais de vanguarda sempre foram rejeitados e caluniados por quem ainda não está pronto para dar um passo mais além no campo da consciência espiritual. Isto é muito natural. Só fico triste quando vejo colaboradores próximos, que deveriam ter ampla consciência de suas missões, se deixarem levar pela vaidade e pelo ego, comprometendo a sua caminhada espiritual junto a essa missão tão linda que é o projeto Universalismo Crístico.