Tese de mestrado da USP mostra benefícios da Umbanda à saúde

 

Tese de mestrado da USP mostra benefícios da Umbanda à saúde

 

A psicanalista Suely Mizumoto fez suas observações a partir das condições de saúde e bem estar psicológico e social dos membros envolvidos na pesquisa.

 

Estudo realizado no final de 2012 no Instituto de Psicologia da USP apresentou a relação entre religiosidade e saúde ao analisar duas religiões brasileiras: Santo Daime, que faz uso sacramental da bebida psicoativa Ayahuasca, e a Umbanda, ambas com rituais fundamentados em práticas de estados diferenciados de consciência, segundo a autora.

 

A psicanalista Suely Mizumoto, em sua dissertação de mestrado Dissociação, religiosidade e saúde: um estudo no Santo Daime e na Umbanda, fez diversas constatações. Entre elas, que adeptos do Santo Daime e da Umbanda apresentaram diferenças significativas quanto à redução da frequência de mudanças de humor e de sentimentos contraditórios. As diferenças foram baseadas nas experiências anteriores e posteriores à participação nos rituais de cada religião. Quando comparados a um grupo controle, os adeptos mostraram ter maior equilíbrio de humor e emoção.

 

Segundo a pesquisadora, a comunidade religiosa, provedora de apoio emocional, material e afetivo, pode também ser compreendida como uma comunidade terapêutica para as condições psicológicas estressantes. Os adeptos podem encontrar em suas comunidades suporte em momentos de fragilidade. No entanto, Suely diz que, “na verdade, o aprendizado que essas religiões proporcionam podem ensinar seus adeptos a ter um domínio maior quanto ao enfrentamento espiritual dessas questões, diminuindo experiências mediúnicas traumatizantes”.

 

A psicóloga empregou um questionário que abordava o perfil social, a religiosidade e a saúde, tanto física como mental, dos voluntários. “Os resultados obtidos dos perfis sociais, saúde e religiosidade e das escalas revelaram indicadores de bem estar que confirmam índices de saúde inteiramente satisfatórios e até melhores quando comparados aos resultados do grupo controle”, relata a pesquisadora.

 

Com o tema de sua dissertação, Suely espera amenizar os preconceitos com as religiões afro brasileiras. A Umbanda é um exemplo de religião que trabalha exclusivamente na arte do ensino da prática mediúnica, não faz uso de psicoativos, mas mesmo assim pode não ser bem interpretada. “Não havendo nocividade nestas práticas, a relação entre religião e saúde, mais bem esclarecida por esta pesquisa, pode ajudar a desconstruir muito do senso comum que envolve a religiosidade no País”, disse.
Ficou interessado? Leia aqui o estudo na íntegra.

Fonte:Umbanda, eu curto!

Reflexão…

Na escala evolutiva do homem, aprendemos a temer ao desconhecido.
Depois aprendemos a servir e a cultuar este desconhecido,
Com o tempo aprendemos a dar nome a este desconhecido; Deus, Javé, Divino…
Aprendemos a dar nome a todas estas ações, chamando – a de Religião.
Depois desenvolvemos a razão que busca entender este desconhecido e esse sentimento religioso…
E quando razão se funde com a Religião ela descobre que seremos seres espiritualizados.
E nada do que nos fere hoje, nos ferirá mais.

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