184 – Pergunta (24/06/2013): Roger, basta ter olhos para ver que estamos realmente em um período de grandes mudanças. A União Europeia, a Primavera Árabe, a recente concessão de direitos ao casamento a pessoas do mesmo sexo em vários países, a era da Informação, os diretos alcançados pelas mulheres, a mudança gradativa do capitalismo, o desenvolvimento de nações emergentes e a redistribuição de riquezas pelo mundo, a luta por um estado laico na Turquia, as recentes manifestações em São Paulo, no Rio e em outros estados do Brasil e a eleição de um presidente com uma visão política moderada no Irã. A tirania dos governos e das religiões está sendo substituída pelos lemas de liberdade, igualdade e fraternidade universais. É gratificante ver as flores e frutos de sementes plantadas nas consciências da escola Terra ao longo de séculos e séculos. No entanto, as mudanças não ocorrem sem turbulência. De que forma podemos contribuir para que a transição ocorra de maneira menos violenta possível? Nas orações e vibrações, nos atos do cotidiano? Como podemos nos eleger a nos tornar instrumentos da paz? Como tem sido a atuação de Hermes e outros irmãos nesses fatos?
Caro amigo Roger, vendo tantas manifestações de consciência pelo mundo nas últimas semanas, inclusive e principalmente no Brasil, pergunto-lhe: vocês conseguiram desativar a quarta e última pirâmide hipnótica atlante? Aquela que ocorreu o fracasso no dia 21 de dezembro de 2012 e você relatou em capítulo adicional do livro Universalismo Crístico Avançado.
Roger: Amigos, creio que todos devem ter percebido uma significativa mudança de consciência da humanidade como um todo e principalmente do povo brasileiro que, de forma apartidária, parece ter despertado de um sono profundo. Ainda não é aquele despertar de consciência espiritual que esperamos, mas certamente mostra que estão todos começando a acordar e romper os seus casulos. O povo brasileiro e mundial demonstra insatisfação com o tradicional “pão e circo” que lhe é oferecido. Está começando a perceber que cidadania é algo muito maior que atender a alguns interesses materiais transitórios, como comida e diversão. As necessidades básicas do ser humano, pouco a pouco, começam a ser sobrepujadas pela necessidade de atender aos anseios espirituais, mesmo que não sejam percebidas como tais pela nossa humanidade ainda tão imatura.
Leia-se pão: assistencialismo e a infinidade de bolsas que o governo dá em vez de investir em capacitação profissional para que cada um gere os seus próprios recursos. Leia-se circo: carnaval, futebol, datas comerciais, reality-shows, novelas alienantes e tudo aquilo que puder manter o povo bem distante da realidade social, política e espiritual.
A quarta pirâmide atlante que narramos no capítulo adicional do livro “Universalismo Crístico Avançado” (e que está disponível gratuitamente na seção “downloads” deste site) continua ativa e incólume sobrevoando pela estratosfera de nosso planeta. No entanto, a desativação das três anteriores narradas no livro acima mencionado e no livro “Atlântida – No Reino das Trevas” começaram a mostrar resultado desde o início da “Primavera Árabe” em dezembro de 2010 e atinge agora as consciências brasileiras, (impressionando até aqueles que achavam as informações das pirâmides hipnóticas atlantes um tanto surreais e fantasiosas. Quem tem olhos para ver, logo percebe).
Os objetivos do Alto estão sendo atingidos. A humanidade já está acordando, porém ainda encontra-se distanciada de uma real consciência espiritual. Talvez somente quando a última das quatro pirâmides for desativada é que ocorrerá um despertar espiritual coletivo. Deus sabe o que faz. As mudanças de consciência precisam ser graduais. Se o projeto fracassou em 21 de dezembro de 2012 é porque ainda não era o momento. Não é prudente fazer com que pássaros jovens e inexperientes alcem voos maiores do que a capacidade de suas limitadas asas.
Sobre os protestos, fico muito feliz em ver essa tomada de consciência, mas sem dúvida alguma devemos apoiar tão-somente as “manifestações pacíficas e civilizadas”. Todos os atos de vandalismo devem ser condenados por todos nós e devem sofrer uma ação policial imediata. Não é através da violência e vandalismo que mudaremos o mundo. Sem contar que estas manifestações violentas prejudicam a imagem dos protestos pacíficos e ordeiros.
Entretanto, acima disso tudo, as pessoas precisam refletir e se conscientizar que a principal revolução deve ocorrer dentro de nós mesmos, por meio de atitudes conscientes perante a vida. As manifestações pacíficas são válidas e importantes, mas devem ser encaradas apenas como um primeiro passo, pois as instituições políticas e sociais são um reflexo da própria sociedade. Precisamos perceber isto! Se não mudarmos como pessoas, tornando-nos justos, honestos, dignos e, acima de tudo, valorosos, nada disso mudará o mundo. Integridade, em todos os níveis, é fundamental para uma sociedade justa e plena! A importância do despertar de uma nova consciência está em compreender que os interesses individuais não devem sobrepujar os interesses coletivos e que isso deve partir de uma atitude individual consciente. E não através de manipulação de massas.
Logo, para nos elegermos como instrumentos da paz e da mudança para uma Nova Era, devemos, antes de mais nada, colocar os nossos interesses particulares em segundo plano, tomar consciência dos reais objetivos da vida, (que não são o consumismo e o materialismo desenfreado), e trabalhar incessantemente por um mundo melhor, em vez de apenas pensar em se dar bem para curtir férias luxuosas, muitas vezes com ganhos desonestos. Se nós queremos a mudança, precisamos sacrificar os nossos interesses pessoais e pensar na grande família humana. Realizar uma verdadeira mudança interna de conceitos, através de profunda ressignificação de nossas vidas. E não apenas esperarmos que o governo mude, enquanto agimos de forma tão sórdida quanto tanto criticamos.
O governo é um reflexo do seu povo. Nós o elegemos conforme a nossa própria visão e comportamento. Se o nosso governo é corrupto e indigno, talvez o seja por agirmos da mesma forma nas pequenas coisas, que muitas vezes julgamos como irrelevantes. Precisamos acabar com a era do “levar vantagem em tudo” e do “se bobear eu te passo a perna”. Como já falei em pergunta anterior, o dinheiro é um reconhecimento digno e louvável pelo nosso trabalho, desde que seja ganho de forma justa e honrada, sem malandragens. Isto vale para todas as situações da vida, desde negócios milionários realizados por grandes investidores até a compra de um quilo de banana na quitanda da esquina. Olhar o cisco no olho de nosso próximo é fácil. Mas o mundo só vai mudar quando enxergarmos o cisco que encobre a nossa visão também.
E a atuação de Hermes e dos demais mentores é serena e tranquila. Eles sabem o que está acontecendo e executam com maestria cada passo dentro desta dinâmica transição para a Nova Era. Nós é que não temos a amplitude de consciência necessária para entender de forma plena tudo e os porquês do que está acontecendo. Por isso só nos resta fazermos a nossa parte, ou seja, ter um comportamento digno e termos fé em Deus e em seu perfeito planejamento para a nossa evolução.