130 – Pergunta (11/06/2012): Qual é o verdadeiro significado da necessidade da harmonia entre o ser humano e a natureza no planeta em que vivemos? (ATENÇÃO: A resposta de Hermes abaixo, a partir do segundo parágrafo, foi retirada integralmente do livro “Universalismo Crístico Avançado”, que será lançado em setembro. Ele se absteve de responder porque já tínhamos conversado sobre esse tema no capítulo sete do livro).
Hermes: O que afirmaremos não é um verdadeiro significado, mas sim um significado ainda pouco compreendido entre os homens. Já afirmamos em livros anteriores e no novo, que será lançado, nos próximos meses, que Jesus não é o Cristo. Ele foi seu sublime medianeiro para trazer a mensagem do amor crístico aos povos ocidentais, assim como ocorreu com Buda, Krishna, Zoroastro, Moisés, Maomé, Antúlio entre outros grandes mestres que realizaram tarefa semelhante em seus povos.
Para melhor compreender o processo evolutivo da Terra, é interessante saber que os grandes mestres espirituais da Terra foram, na verdade, intérpretes de uma alma ainda mais avançada, que já não possui mais corpo espiritual, há muitas eras, e vive apenas no plano mental, sendo onipresente em toda a Terra. É a alma crística do planeta, que podemos chamar de Gaia, Cristo ou Logos Planetário.
Esse ser extraordinário “encarnou” no planeta Terra e estabeleceu a vida em seus primórdios. Ele é o Logos que mantém vivo o ecossistema, o campo magnético do planeta, as correntes marítimas, as dos ventos e todas as demais variantes que sejam necessárias para o equilíbrio de nosso mundo. Ele possibilita ao planeta gerar vida, ser a “Grande Mãe” de seus filhos e nutri-los. Os corpos físicos que nossas almas utilizam-se para evoluir foram gerados a partir do “corpo de Cristo”, ou seja, a matéria prima da Natureza de nosso próprio mundo! Logo, agredir a natureza é agredir a nossa própria mãe!
Gaia, na verdade é uma integração do Cristo e nós. É composta pela biosfera (seres vivos) e os componentes físicos da Terra: atmosfera (ar), criosfera (gelo), hidrosfera (água) e litosfera (solo) que formam um complexo sistema integrado que mantém o clima do planeta e as condições bio-geo-químicas em perfeito equilíbrio. A Terra é de fato um organismo vivo que reage através de seus sistemas, buscando sempre uma condição de equilíbrio.
Da mesma forma que nosso corpo responde as interações de nossa alma, a Terra responde ao controle do Cristo. E quando ferimos o planeta com nossas atitudes antiecológicas ou com energias negativas, estamos literalmente ferindo o corpo da entidade espiritual máxima da Terra, ou seja, o representante direto de Deus em nosso mundo. Quando o homem destrói a Natureza, através do desmatamento das florestas, poluição de rios, do ar e lançando produtos não biodegradáveis na Natureza, está agredindo diretamente o Cristo de forma vil, da mesma forma que foi feito com Jesus, seu sublime emissário, no dia de sua triste crucificação. Caro leitor, reflita sobre isso.
Quando acabar a vida em nosso mundo, esse será o dia de seu desencarne. Ele ficará livre para assumir novas incumbências dentro do Eterno Plano Divino. Espero que um dia a humanidade compreenda o quanto é importante respeitar e amar o verdadeiro “corpo de Cristo”! É por esse motivo que o Universalismo Crístico entende que as questões ecológicas e humanitárias são tão importantes quanto as espirituais em nossa jornada evolutiva. Nós, habitantes da Terra, somos como as células de um grande organismo: Gaia. Só seremos verdadeiramente felizes e venceremos as trevas se orquestrarmos uma evolução conjunta. Mais uma vez se comprova a tese de que “somos todos um”.
Um exemplo disso está nos massacres dos animais em matadouros, que fere a alma grupo daquela espécie e, indiretamente, o corpo de Gaia. Essa atitude infeliz reflete em desequilíbrios no campo astral de todo o planeta, estimulando a ação das trevas e o desencadeamento da violência humana no plano físico. Por isso os budistas e espiritualistas mais conscientes defendem com afinco a vida e a natureza como um todo. E sem contar os desequilíbrios ambientais como terremotos, furacões, tempestades e outros fenômenos destrutivos da natureza. Essas tragédias não se tratam de uma ação vingativa do planeta, mas sim uma reação natural de defesa e de busca de reequilíbrio gerada a partir de nossa ação depredatória contra Gaia. Quem planta espinhos, jamais colherá flores!