107 – Pergunta (02/01/2012): Grande Amigo Roger, estou com uma grande dificuldade em “iniciar” outras pessoas no Universalismo Crístico. Penso que para pessoas que não têm um entendimento espiritual básico, ou seja não conhecem conceitos básicos “espíritas”, se torna muito difícil aceitar o Universalismo e seus três pilares básicos. O próprio livro remete a esses conhecimentos quando trata do cordão prateado, reencarnação, perispírito, outras dimensões, padrões vibracionais, carmas, vidas passadas, magos negros… Para pessoas que “não conhecem” fica difícil assimilar e, principalmente, aceitar o UC. Essa é minha grande dúvida; como iniciá-los? Devo recomendar primeiro obras básicas espíritas?
Roger: Queridos amigos, para atingirmos uma universalização na busca de Deus e dos valores espirituais, tão necessários para resgatar os bons valores em nossa sociedade, é necessário nos afastarmos das crenças religiosas específicas. Ou seja, para os leigos, é necessário mudarmos a abordagem. Temos que falar menos de “crenças” e mais de “fatos palpáveis” do cotidiano. Por exemplo, falar de carma, reencarnação e magos negros pode parecer ficção para quem vive com a mente limitada aos conceitos da vida física. Eles acreditam apenas em um “Deus formal”, sem introspecção nenhuma. No entanto, o amor ao próximo é uma verdade universal e incontestável para a harmonia e o bem viver. Instigar a consciência espiritual, a partir do cultivo dos bons valores, é o caminho para “iniciar” as pessoas que se encontram completamente alienadas de sua caminhada evolutiva.
Temas como carma, reencarnação, ação dos magos negros, outras dimensões, etc… é um mundo completamente estranho para os leigos. No entanto, as suas vidas, como as de todos nós, necessitam urgentemente de um “novo pensar” no campo dos “valores espirituais”, que poderíamos chamar até mesmo de “valores humanos”, pois é um termo mais comum a eles. Nossas famílias, jovens em geral, sociedade, empresas, precisam absorver uma verdadeira e sensata filosofia espiritual, livre de crenças religiosas. Com o enfraquecimento gradual das religiões, a humanidade em geral está perdendo os seus valores mais básicos. E o papel exercido pelas religiões precisa ser rapidamente preenchido por uma compreensão espiritual moderna e livre de dogmas religiosos que venham a engessá-la de acordo com “crenças específicas” desse ou daquele grupo. Caso isso não ocorra, nas próximas décadas teremos uma grave deterioração de nossa civilização, tornando-a fria e insensível. O homem pensará somente em seu próprio interesse, fomentando guerras e uma desumanização de nossa espécie.
Tenho feito palestras dentro de empresas, com enfoque em treinamento, no qual sou convidado a falar sobre o tema “Espiritualidade”. Vejam como o mundo está mudando. Isso é muito positivo! Quando uma grande empresa se preocuparia em treinar seus funcionários sobre esse tema? No ambiente empresarial existem pessoas de todas as crenças religiosas e ateus também. Essa experiência está sendo interessante para eu moldar uma apresentação que atenda a um público verdadeiramente universal, enfocando em temas como o amor, respeito, amizade, tolerância, compreensão, “ação e reação” e todas as demais virtudes que nos levam à evolução espiritual. Para falarmos das coisas de Deus, não precisamos citá-Lo. É algo inerente ao homem compreender que amor e Deus, são exatamente a mesma coisa.
E permeando essa mensagem de valores espirituais, devemos, também, enfocar a divulgação da busca do desenvolvimento da consciência espiritual nessas pessoas. Quem somos, de onde viemos, para onde vamos? Qual a finalidade da vida? Somos apenas animais instintivos como nossos irmãos menores, ou somos seres conscientes que possuem uma alma que transcende a vida física? O que são as experiências paranormais? Como explicar os fenômenos realizados por grandes mestres como Jesus? Que força movia Chico Xavier a psicografar duas cartas ao mesmo tempo, com ambas as mãos, sobre temas diferentes, em línguas diferentes e algumas escritas de “trás para adiante”? Vou contar-lhes um segredo: mais vale fazermos perguntas reflexivas às pessoas do que tentar doutriná-las com nossas crenças…