085 – Pergunta (01/08/2011): Roger, existem muitas pessoas e entidades relacionadas ao bem estar dos animais, mas muitos recriminam isso, com a desculpa de que deveríamos nos preocupar com crianças sem comida na África, etc. Inclusive no livro Transição Planetária, do Divaldo Franco, há uma passagem condenando o ato dessas pessoas que doam seu tempo e dinheiro para amparar nossos irmãozinhos menores. Gostaria de saber o que você e os nossos irmãos do mais alto acham disso?
Roger: Eu acredito que existem muitas formas e caminhos para se trabalhar em nome de Deus. E que existem trabalhadores que são chamados a atuar em cada uma delas. Cada pessoa deve seguir a sua intuição e trabalhar por aquilo a que seu coração é chamado. Eu recebo criticas, também, por não estar revertendo os direitos autorais de nossos livros para a caridade, assim como fizeram médiuns notáveis como Chico Xavier. No entanto, creio que o meu chamado para trabalhar em nome de Deus está diretamente ligado à conscientização espiritual da humanidade. Eu preciso focar em atingir o maior número de pessoas possíveis, através de ampla divulgação de uma mensagem que ainda assusta as religiões tradicionais. E posso fazer isso tranquilamente porque sei que outros valorosos trabalhadores do Alto estão amparando os necessitados, auxiliando hospitais, vestindo e alimentando os que estão desamparados, assim como outros, como tu, estão trabalhando em prol de nossos irmãos menores, ou seja, os animais. Cada um deve seguir trabalhando ativamente em na seara de Luz ao qual é chamado em nome de Deus e do Cristo Planetário da Terra. O que seriam dos animais se não tivessem ninguém para os defender da brutalidade humana?
Não se preocupe com as críticas. Elas sempre existirão. É da natureza ainda imperfeita de nossa humanidade “olhar mais para o cisco no olho de seu irmão, do que para o galho encravado em seu olho”. Apenas o que deves procurar avaliar é, se o mesmo sentimento que tens para com os animais, o tens para com toda a criação de Deus. Algumas pessoas amam os animais e detestam os homens. Isso é sintoma de desequilíbrio espiritual; de um trauma mal resolvido que cobrará o seu preço carmicamente em determinado momento. Uma pessoa que ama verdadeiramente os animais, também sabe (e deve) amar e compreender os seus semelhantes. Francisco de Assis, em sua existência, demonstrava esse exemplo como ninguém.
Respeito e valorizo o ideal em defesa dos animais. A humanidade tem evoluído no que diz respeito a tratar os animais com respeito e dignidade, porém ainda há muito a ser feito nesse sentido. Não poderemos descansar enquanto animais tiverem suas peles arrancadas, em vida, apenas para atender aos fúteis ditames da moda. Ou, então, serem escravos como veículos de tração de seres embrutecidos que os tratam com violência; mais parecendo que o “animal” está sentado na carroça dando chicotadas em um doce ser indefeso. E, mais para o futuro, fazer ver ao homem, que podemos nos nutrir através de outras formas de alimento, que não seja a carne de indefesos seres vivos, assim como nós. Mas a evolução não se dá “aos saltos” e, sim, passo a passo. Nosso papel é fazer com que a humanidade caminhe hoje e sempre em direção à Luz de Deus. Um ser que rompe com a “alienação”, compreendendo seu papel no mundo, está em movimento. Cedo ou tarde, ele vislumbrará a Luz.