174 – Pergunta (15/04/2013): Boa tarde Roger! Gostaria que você me tirasse uma dúvida do livro “Moisés Em busca da Terra Prometida”. Esse é o seu último livro; pois já li todos os outros. Neste livro diz que Akhenaton voltou porque impôs seus princípios de um único Deus(não me lembro em que página…). Como pode se Akhenaton nem precisava reencarnar (não contraiu débitos em Atlântida) e o fez por amor e no próprio livro da trilogia (o vol.1) foi extremamente pacífico, ia em encontro com o povo e por isso foi morto? Esta é a minha primeira dúvida. A segunda está na página 244 e é sobre Moisés: … e até Moisés teve de responder por isso no plano espiritual, apesar de sua atitude ter sido necessária para a realização do grande projeto…”. Pelo que eu me lembro, acho que no livro anterior como Akhenaton não conseguiu êxito na sua missão foi permitido ao ex-Atlas reencarnar como Moisés para assim efetivar realmente a crença no Deus único. E ninguém melhor do que ele para fazê-lo… E que teria permissão de usar a força caso fosse necessário…já que o objetivo precisava ser atingido!! Logo, não entendi. Ele já nasceu sabendo que teria que resgatar por algo que precisaria fazer para tentar acordar a humanidade?????
Roger: Tu afirma que Akhenaton foi extremamente pacífico, mas não foi exatamente assim. Ele foi pacífico durante toda a sua vida, mas depois da morte de Nefertiti ele se desequilibrou e enviou-nos para destruir todas as imagens e inscrições do deus Amon pelo Egito, como represália pelo assassinato de sua esposa. Inevitavelmente, muitas pessoas morreram em decorrência dessa sua atitude. Logo, mesmo não tendo mais carma a resgatar, ele voltou a gerar um novo carma por intolerância religiosa que foi resgatado na encarnação seguinte, aos pés do monte Sinai, na época de Moisés, sendo vitimado pela mesma intolerância religiosa que alimentou na encarnação como Akhenaton.
Ninguém está isento de cometer desatinos e voltar a gerar novos carmas. Jesus conseguiu passar incólume pela Terra, mesmo comprando briga com os fariseus, o que poderia ter ocasionado algum ato que lhe gerasse um novo carma, mesmo sendo uma alma realizada. Mas Jesus conseguiu manter-se equilibrado e em paz, mesmo quando teve que ter atitudes mais radicais, como quando discutiu com os fariseus e derrubou as barracas daqueles que faziam comércio ilícito dentro do templo de Jerusalém.
Quanto a Moisés, ele teve o apoio da Alta Espiritualidade para fazer o que fez e foi narrado nos livros “Moisés – O Libertador e Israel” e “Moisés – Em busca da Terra Prometida”. Assim como Alexandre o Grande, Napoleão Bonaparte e vários outros que vieram trazer o Bem através do Mal. Existem os Escolhidos que trazem o Bem através do Mal e existem os Eleitos, como Jesus, que trazem o Bem através do Bem. Moisés já veio ao mundo com a marca do carma. Ele era um espírito em evolução. E antes de encarnar ele já sabia que as suas mãos terminariam maculadas com o sangue de seus irmãos para que a sua missão obtivesse êxito. Não é porque estávamos trabalhando por um projeto espiritual que estaríamos isentos de carma. A Lei é única para todos!
Não havia ilusões. Todos antes de reencarnarmos sabíamos disso e aceitamos pagar o preço. Naturalmente que o carma nessas condições é diferenciado. É diferente de um caso onde o indivíduo mata os seus semelhantes por motivo fútil. Lembrem-se que o mundo se desenvolveu de forma notável a partir do processo de “helenização” do Oriente promovido por Alexandre o Grande, contudo, para isso, ele realizou muitas guerras e promoveu muitas mortes. É assim que evoluem os mundos de expiações e provas. Felizmente, a Terra está encerrando esse triste ciclo evolutivo de dor e sofrimento, para tornar-se um mundo de regeneração espiritual dentro de algumas décadas.