Foi sentado debaixo de uma árvore que o físico Isaac Newton teve inspiração para investigar o motivo das coisas “caírem”, desenvolvendo a teoria da gravidade. Três séculos depois, foi olhando para uma telha, em uma noite fria de Fortaleza, que o estudante de Mecatrônica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) Eduardo Morais teve a ideia de criar um projeto que gera energia elétrica a partir da força dos eventos.
Filho de eletricista, o jovem de 23 anos sempre gostou de “mexer” com energia. “Desde pequeno que eu gostava de desmontar coisas e saber como funcionava. Queimei os dedos algumas vezes, mas meu pai me dava inspiração para conhecer mais sobre a área de eletricidade”.
Já na faculdade, Eduardo Morais passou a desenvolver projetos que envolvessem energia e mecânica. Primeiro foi um tênis que gerava energia com o movimento, depois veio uma mochila que também produzia energia e, por último, a telha eólica. “A telha veio depois de outros projetos que eu já desenvolvia na escola. Motivado pelo potencial eólico do Ceará, comecei a pensar em algo que pudesse ajudar a população que não pode pagar energia cara”, afirma.
Eduardo Morais usa um túnel de vento para testar o processo de produção de energia alternativo (Foto: Divulgação)
O projeto, que conta com a ajuda do amigo Heitor Lustosa e do professor Antônio Cleidson da EEFM Professor Paulo Freire, no bairro Henrique Jorge, onde começou a ser desenvolvido, consiste em um aparelho que gera energia por meio do movimento do vento. Ele é acoplado nas telhas convencionais de barro e consegue levar energia até as lâmpadas elétricas.
Eduardo calcula que as telhas eólicas são mais econômicas que as fotovoltaicas, popularmente chamadas de telhas de vidro. Apenas um metro quadrado de telha eólica poderia alimentar uma lâmpada de 60 watts e uma de 20 watts. A vantagem é que, em casas que já possuem a telha convencional, basta adaptar os equipamentos. “O metro quadrado de uma telha eólica está sendo avaliado em R$ 240, já o m² de uma fotovoltaica custa em torno de R$ 1.000”, conta.
Da esquerda para a direita: prof° Antônio Cleidson , Eduardo Morais e Heitor Lustosa (Foto: Divulgação)
Questionado sobre a concorrência que poderia gerar com as companhias de energia, o estudante diz que o projeto é voltado para família carente e poderia tornar-se um grande benefício. “De certa forma geraria um incômodo, mas o projeto poderia ser usado por famílias de baixa renda para economizar energia. Também poderia ser implantado em regiões em que as redes elétricas ainda não chegaram”, observa Eduardo, que já apresentou o projeto em vários eventos científicos e aguarda investimento privado.
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Colaboração: Scheilla Lima Mendonça – Brasília – DF
A inteligência pertence ao homem tal como lhe pertencem seus braços, pernas e… cérebro. Bondade e maldade também lhe pertencem. Nada lhe foi dado!
Tudo se desenvolveu nele com o desenvolvimento da própria humanidade.
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