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Roger Responde 029 – Novos indícios sobre a morte do faraó Tutankhamon.

029- Pergunta (05/07/2010): Roger, veja essa notícia sobre Tutankhamon: link. Essa nova pesquisa sobre a morte do faraó fecha com a resposta que você deu na pergunta 13, do dia 08/03/2010. Realmente, resquícios de malária no DNA de sua múmia não significa que ele foi a óbito por esse motivo. Abraços e continuo aguardando ansiosamente o “Atlântida – no reino das Trevas”.

Roger: Essa não é uma pergunta, e sim uma constatação. Mesmo assim, gostaria de tecer alguns comentários. Talvez, seja muito difícil resgatarmos essas informações à luz da ciência. Mesmo com todos os avanços científicos, realizar exames em múmias com mais de três mil anos de existência não trará uma conclusão sólida e indiscutível. É o mesmo caso do santo sudário de Turim. A cada século que passa, ele sofre novas contaminações, tornando-se impossível datá-lo com técnicas como a do “carbono 14”, e atestar sua autenticidade. Porém, infelizmente, os cientistas têm o mau hábito de apresentarem as suas teses como indiscutíveis, enquanto tudo que vem do plano espiritual é visto como crendices. Tanto na astronomia, como na ciência, de forma geral, vemos todos os dias teses antes aceitas como indiscutíveis sendo derrubadas. Portanto, devemos sempre mantermos nossas mentes abertas a novos estudos e jamais aceitar qualquer informação como verdade absoluta. A única verdade absoluta que temos até o momento é que o amor e a harmonia são o caminho indiscutível para a nossa ascese evolutiva e refletem perfeitamente a essência de Deus.

A própria Atlântida, talvez, nos apresente apenas insignificantes vestígios no futuro, que provavelmente não atestarão definitivamente todo o esplendor dessa civilização. Muitos, inclusive, afirmam que ela nem existiu ou, então, não passou de uma ilhota qualquer perdida nas imediações do portal de Hércules.

É provável que somente o domínio do acesso aos registros akhásicos, no futuro, possam nos dar informações definitivas sobre essas questões tão intrigantes. E creio que todos se surpreenderão, pois a forma de pensar, agir e viver dessas civilizações eram bem diferentes do nosso modo de viver. Se fôssemos narrá-las exatamente como pensavam e agiam, o leitor teria dificuldade em compreendê-las. Para nós, parece muito natural lermos alguns livros sobre o antigo Egito que só falta aparecer uma loja de “fast food” na esquina da avenida das Esfinges, mas o mundo deles, em geral, era bem diferente disso.”

Roger Responde 013 – Pesquisas na múmia do faraó Tutankhamon.

13 – Pergunta (08/03/2010): “Li o livro sobre Akhenaton. Adorei. Gostaria de esclarecer umas dúvidas que vi num documentário da discovery na data de hoje 01/03/2010 e fizeram uns testes na múmia de Tutankhamon. Vamos lá: descobriram que tinha uma fratura no osso perto do joelho(fêmur), além de uma deformidade no pé (osteonecrose) causada por uma doença. Então fizeram um exame para de DNA para malária e descobriram o DNA do parasita na múmia dele. Então, o diagnóstico da morte foi malária. No sarcófago tinha também muitos cajados (mais de 50) que acreditam que usava, pois mancava de uma perna (osteonecrose). E no livro fala que sofreu um atentado e tinha uma lesão entre a cabeça e o pescoço. Se for possível, gostaria de que me esclarecesse essas descobertas.”

Roger: Para quem leu o livro Akhenaton, gostaria de informar que a história continua nos livros “Moisés – O libertador de Israel” e “Moisés – Em busca da Terra Prometida”. Trata-se de uma trilogia. Muitos leitores não sabem disso.

Sobre as novas descobertas divulgadas, costumo dizer que a morte do rei Tut é tão polemica quanta a veracidade do Santo Sudário de Turim. Muitas especulações e poucas informações realmente consistentes. Os cientistas creem que suas informações são altamente confiáveis e refletem a mais absoluta verdade. No entanto, alguns anos depois as suas teses (aprisionadas a paradigmas limitados) são derrubadas. E isso se repete em todos os campos, tanto na astronomia, como na arqueologia e também nas ciências médicas.

A malária era conhecida no antigo Egito como “doença mágica”. Inclusive Ramósis estudava suas causas para tentar debelar aquele mal que chegou a afligir, em alguns períodos, mais da metade da população. Muitos habitantes do Vale do Nilo naquele período teriam indícios dessa doença, mas isso não significa que foram a óbito especificamente por esse motivo. Os antigos egípcios eram bons médicos. Muitos casos de malária eram curados utilizando-se tratamentos desconhecidos pela medicina moderna, mas que deixariam resquícios no DNA.

Era costume colocar nos sarcófagos os objetos que o morto precisaria utilizar no pós-vida. Os encarregados do funeral de Tut acreditaram que ele precisaria dos cajados para se locomover na terra do Sol Poente, já que falecera decorrente de um forte trauma que havia enfraquecido gravemente o seu organismo. Os nossos idosos também usam bengalas para sustentar o seu corpo enfraquecido, e não apenas porque tenham fraturas aqui ou ali.

O egiptólogo Howard Carter quando removeu a múmia do sarcófago em 1922 causou-lhe graves danos, chegando ao ponto de serrá-la em várias partes, dificultando, com certeza, qualquer tipo de avaliação 3.300 anos depois da morte do faraó menino. Inclusive a múmia estava tão impregnada de resina que até o teste de DNA ficou sob suspeita. A medicina atual mal consegue obter resultados conclusivos com pessoas vivas, imaginem avaliar um corpo infestado por fungos e bactérias por um período de 3.300 anos…

Corridas de bigas e caçadas eram comuns naquele período. Era o “hobby” da realeza. Nada impede que ele tenha sofrido alguns acidentes e fraturas decorrentes disso.

Esses documentários e revistas precisam vender, então eles mesmos especulam coisas que já tinham sido atestadas por outras pesquisas, como a paternidade de Akhenaton, por exemplo. O documentário trata essa questão como se ninguém soubesse anteriormente que Akhenaton era o pai de Tut. O exame de DNA apenas comprovou essa informação que já tinha sido atestada por outras provas arqueológicas, apesar deles alegarem que não.

Infelizmente o faraó Tutankhamon gera muito dinheiro. Ele é o Michael Jackson do antigo Egito! Inclusive a verdadeira múmia de Nefertiti (que eles alegam já ter encontrado) está ao lado da tumba de Tut. Mas as autoridades egípcias não exploram aquele local porque teriam que fechar a visitação a tumba de Tut. Isso resultaria em uma perda financeira com o turismo da ordem de milhões de dólares por ano.