Notícia da Semana – Vícios mentais: Quando o corpo assume o papel da mente

Recentemente escrevi o artigo “Reflexões quânticas para 2014 – O presente é estar presente”, que teve grande repercussão nas mídias sociais com milhares de compartilhamentos. Esse artigo que agora escrevo tem o objetivo de esclarecer melhor a temática, bem como de responder algumas indagações e sugestões feitas nos comentários.

Pois bem, o artigo publicado fala sobre como é difícil estar presente. Comumente as nossas decisões são condicionadas pelas experiências vividas no passado.  A todo o momento estamos confrontando os estímulos provenientes da nossa mente subconsciente, ancorada nas memórias dessas experiências, com a nossa mente consciente que responde aos estímulos das novas experiências vividas no presente.

É comum o conflito estas duas partes de cada um de nós e daí vem a dificuldade de estar presente. A mente subconsciente equivale ao piloto automático e a mente consciente equivale à marcha manual. Se você não mudar de marcha, o piloto automático assume o controle. Estamos comumente comparando e julgando as novas experiências com base nas experiências passadas. Se as experiências passadas tiverem sido traumáticas ou bem sucedidas, a nossa tendência no presente é reagirmos com rejeição ou euforia,  em função de acreditarmos que o que aconteceu no passado irá se repetir no presente.

Normalmente funcionamos dentro de uma lógica linear que obedece a mecânica newtoniana, ou seja, quando conhecemos as condições iniciais de uma dada situação podemos fazer previsões sobre as condições futuras. Quando os nossos referenciais iniciais são representados por experiências do passado, tenderemos a fazer previsões sobre o futuro com base no que já vivemos. Isso faz com que a nossa vida se transforme num processo repetitivo, no qual o nosso futuro se confunde com o passado. Parecemos, muitas vezes, com um hamster girando na rodinha de arame. Fazemos um grande esforço, mas parece que estamos sempre no mesmo lugar.

Algumas pessoas relataram que apesar de buscarem pensar positivamente, os resultados obtidos não corresponderam ao que esperavam. É sempre bom lembrar que em função das nossas experiências passadas, os nossos pensamentos repetitivos associados a tais experiências estabeleceram redes neurais no cérebro, que são os circuitos formados pelas células nervosas, os neurônios. Em virtude da vibração dos nossos  pensamentos associados a sua frequência, os neurônios  liberam na corrente sanguínea os neuropeptídios também conhecidos como moléculas da emoção, que ao se conectarem aos receptores alojados nas membranas das células mobilizam as emoções que permeiam o nosso corpo. Desse modo, pensamos com o cérebro e sentimos com o corpo.

De tanto repetirmos determinados padrões de pensamentos, o nosso corpo acaba se viciando em conviver com determinadas emoções associadas a um dado sentimento. As células imersas nessa química proveniente das emoções  envia essas informações para o cérebro,  que entende que esse é o ambiente desejado pelo corpo e reforça a liberação de mais neuropeptídios,  atendendo ao  pedido do corpo. Nesse estágio, o corpo completamente viciado nessas emoções  assume o papel da mente, pois termina sendo o responsável por desencadear os pensamentos cíclicos que nos conduzem aos hábitos de sermos quem somos no momento.

É daí que quando, no presente, queremos mudar algum hábito a partir da emissão de pensamentos positivos, isso na prática significa que se tais pensamentos surtirem efeito irão alterar a química do nosso corpo. É aí que a programação subconsciente entra em ação, pois como estamos condicionados pela química das emoções, pelo meio ambiente em que as células costumam estar imersas, estas começam a reagir, enviando para o cérebro os antigos estímulos, como se dissesse ao cérebro para nos proteger, respeitando a nossa vontade de nos mantermos presos ao antigo padrão. O cérebro, como um servo fiel, obedece, acionando as mesmas redes neurais, enviando assim os mesmos neuropeptídios habituais para fortalecer os antigos sentimentos associados às mesmas emoções que nos viciamos no passado e que costumamos associar a nossa realidade.

É daí que mudar um hábito torna-se tão difícil e as pessoas, via de regra, terminam reagindo aos novos estímulos do presente, associados aos pensamentos positivos, e voltam a repetir os antigos padrões de pensamentos que se adequam à química ao qual o corpo se encontra viciado.

Aproveite e reflita sobre algo que gostaria de mudar, mas que na prática você continua repetindo via de regra os mesmos hábitos. Seja um simples hábito de tomar refrigerantes ou assistir programas de tevê de qualidade duvidosa. Sinta como seu corpo-mente tenderá a reagir ao novo estímulo.

As pesquisas científicas apontam que o nosso subconsciente é muito poderoso. Ele é capaz de processar 20 milhões de informações por segundo, enquanto a nossa mente consciente processa apenas 40 informações no mesmo período. Daí que a mudança de um hábito só será possível se os nossos pensamentos estiverem alinhados com os nossos sentimentos e emoções. Isso significa que precisamos repetir diversas vezes os novos pensamentos para criarmos, assim, novas redes neurais que irão acionar uma nova química no corpo que possibilitará o alinhamento entre pensamentos, sentimentos e emoções capazes de estruturar um novo hábito, o que equivale a um salto quântico na mente, ou seja, uma mudança de percepção associada a uma nova crença.

É por isso que os novos conhecimentos científicos afirmam que as crenças afetam a nossa biologia.

A baixa autoestima, a auto sabotagem, a dificuldade de se auto perdoar  ou perdoar aos demais, o medo, a raiva, o ressentimento, a mágoa e a inveja, entre outras, são emoções que mobilizam sempre uma mesma química associadas a experiências de sofrimento vividas no passado.

Doenças como a depressão, considerada a doença do século, tem origem em estímulos negativos, que pela repetição, vão colocando a pessoa num estado de estresse permanente que normalmente desencadeia outras enfermidades como a síndrome do pânico, o câncer e o diabetes, entre outras.

Como o estresse crônico simula no corpo uma reação de fuga, um das reações do corpo é mobilizar energia para os músculos dos braços e pernas reduzindo o metabolismo nos outros sistemas do corpo. É daí que nessas circunstâncias o sistema imunológico fica fragilizado abrindo o caminho para várias enfermidades.

Por isso, se neste ano você estiver disposto (a) a mudar algum hábito que já não mais te nutre, procure primeiro se munir de uma vontade inquebrantável e se prepare para o combate entre a sua mente consciente e os arquivos de memória instalados no seu subconsciente. Só uma nova estrutura de crenças será capaz de instalar um novo programa que alimentado por energia de qualidade possibilitará um verdadeiro salto quântico na mente.

De acordo com Albert Einstein há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atômica: a Vontade!

Que essa vontade poderosa possa te guiar em 2014!

Por:
Wallace Liimaa.

Fonte: Clique aqui

Colaboração: Margareth Ferreira – Universalismo Crístico Campinas

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