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Roger Responde 040 – Falhas na missão de Akhenaton e seu legado.

040- Pergunta (20/09/2010): Gosto muito de seus livros, e acredito que o Universalismo Crístico responde a muitos de meus questionamentos pessoais. A respeito do livro Akhenaton tenho uma séria dúvida e angústia. Ele foi o único de seus livros que não consegui ler até o fim. Explico. A mim, me pareceu que a forma de Akhenaton ao administrar os negócios públicos do Egito (tendo que conciliá-las com as necessidades de implementação de uma nova consciência coletiva considerando os anseios e crenças do povo da época) não detinha capacidade política e administrativa suficientes para isso. A mim, me pareceu que em alguns momentos ele agia como um autista feliz, sem conseguir interpretar o mundo real em que ele vivia e sem compreender os imperativos e as necessidades que o cargo dele,enquanto administrador de um Estado exigia. Era como se ele quisesse colocar o mundo de cabeça para baixo em um curto período de tempo e esperasse que todo mundo agora soubesse andar em um espaço invertido. Os homens, seus valores, sua moral e suas instituições não mudam da noite para o dia. É um processo lento e por vezes silencioso e não é preciso colocar o mundo de cabeça para baixo para mudá-lo. A falta de expertise política de Akhenaton me deixou muito angustiada. Além disso, pergunto: se não há registros dos feitos de Akhenaton no mundo, melhor, se dele nada nos foi legado, a não ser aquilo que você relata, de que valeu aquela sua experiência para o mundo?

Roger: Entendo a tua pergunta. E ele mesmo, Akhenaton, reconhece que cometeu erros nesse sentido. No entanto, te pergunto, se a missão de Jesus não foi similar nesse sentido? O Mestre dos mestres também quis colocar o mundo de cabeça para baixo, atacando diretamente a estrutura corrupta do Sinédrio judeu, fato que o levou à crucificação. A única diferença era que Jesus não tinha o poder governamental, enquanto Akhenaton era o rei mais poderoso do mundo da época. Ele sonhou com um mundo de paz, sem guerras, sem violência. Como afirmam os egiptólogos modernos, ele era como um “hippie californiano” pregando a Era de Aquário com uma antecedência de mais de trinta séculos. Akhenaton era um homem muito a frente do seu tempo. E talvez seu maior erro tenha sido não perceber isso. Se tu leres o livro até o final, verás que nos últimos capítulos tem uma interessante reflexão sobre os egípcios não estarem preparados para essa mudança. Eles não tinham como crer em um Deus tão abstrato como Aton. Radamés reflete sobre isso após a morte de Akhenaton. Inclusive, a crença em santos, feitos de pedra, que perdura até os dias atuais, é um reflexo dessa dificuldade humana de crer em um Deus intangível.

Creio que Deus, em sua infinita sabedoria, programou a missão de Akhenaton para mostrar mais uma vez aos seus filhos que Ele sempre nos permite o caminho da evolução através do amor e da sabedoria. Por não seguirmos esse caminho luminoso, necessariamente temos que trilhar o caminho da dor e do sofrimento para despertar. E foi isso que fez o Altíssimo enviando cem anos depois Moisés para realizar o projeto que era imprescindível para evolução espiritual da Terra. Se tivéssemos lucidez espiritual, talvez perceberíamos que todo o sofrimento que enfrentamos é ocasionado por nossa cegueira espiritual. Quando nos afastamos do caminho harmônico, alertas amoráveis são acionados, mas geralmente estamos surdos e cegos a uma salutar reflexão, fato que desencadeia sobre nossas cabeças o terrível guante da dor para despertar-nos.

Os feitos de Akhenaton foram apagados da história. Até recentemente, devido a ignorância dos homens, seu reinado era desconhecido. Como eu disse, ele estava muito além do seu tempo. Agora a sua história está sendo reavivada em uma época de maior compreensão da humanidade. Tudo tem o seu tempo. O próprio Saint Germain, herdeiro do posto de governador espiritual da Terra para a Era de Aquário, sucessor de Jesus, é um ilustre desconhecido da grande maioria dos encarnados. Porém isso não será sempre assim. Tudo tem o seu tempo… Em breve conheceremos todo o trabalho realizado por esse grande mestre, desde os tempos em que era o notável mestre Kundô na Atlântida, passando por sua importante existência como José, pai de Jesus, momento em que ele foi bem mais que um simples carpinteiro, até chegar a sua encarnação excepcional como conde de Saint Germain, durante os eventos notáveis da Revolução Francesa, momento em que a humanidade despertou em sua consciência a importância do ideal de liberdade, igualdade e fraternidade, mesmo dentro de um período de terror, que ainda foi sucedido pelos impulsos ditatoriais de Napoleão Bonaparte e Adolf Hitler. Este último, fazemos interessantes análises durante o transcorrer de nosso último livro “Atlântida – No reino das Trevas”.

Roger Responde 039 – Allan Kardec já é um espírito ascensionado?

039- Pergunta (13/09/2010): Em relação a informação que consta no livro Universalismo Crístico que Allan Kardec foi Akhenaton e na pergunta 36 do site que ele também foi Seraphis Bay. Me corrija se eu estiver errado, mas então essas três personalidades são o mesmo espírito e Allan Kardec já está ascensionado; estou correto? Gostaria, se possível, que você contasse como visualizou esse fato, se foi Hermes que lhe mostrou, como foi… Fiquei contente, mas no meu meio de convívio, infelizmente, tem pessoas que não acreditam nesses fatos… Você poderia me esclarecer isso?

Roger: Estabelecer na Terra, uma religião, ainda mais com a importância e a complexidade do Espiritismo, é uma tarefa para espíritos de elevado quilate espiritual. Algum dia as pessoas perceberão isso. E essa questão é mais uma forma de constatar a impossibilidade de Chico Xavier ser a reencarnação de Allan Kardec, apesar de o maior médium do século vinte ser, também, um espírito brilhante. Entretanto, a tarefa de ser intérprete do Cristo Planetário é uma tarefa legada somente a almas incomuns, que já ascencionaram, segundo os padrões de nosso mundo.

Além de ter vivido na personalidade de Akhenaton, Allan Kardec foi, também, Atônis, o sacerdote do sol na Atlântida, e Andrey era seu filho. Logo, por mais incrível que isso possa parecer, Allan Kardec foi meu pai na extinta Atlântida e um inesquecível amigo no antigo Egito, durante seu reinado como o faraó filho do Sol. Logo, sei o que estou dizendo. Essas informações são obtidas através de um processo de regressão de memória conduzido por Hermes, que é o mentor espiritual de todos os nossos livros.

Revelar Allan Kardec como reencarnação de Akhenaton foi uma tarefa muito estudada e amadurecida. Desde a elaboração do livro “Akhenaton – A revolução espiritual do Antigo Egito” que estudamos se essa informação deveria ou não ser revelada. Durante dois anos amadurecemos essa ideia e depois, quando me senti seguro para atestar essa informação, confirmada e reconfirmada por Hermes, revelamos no livro “Moisés – Em busca da Terra Prometida”. Não achamos fundamental ou importante revelar quem foi quem em encarnações anteriores. Isso gera, muitas vezes, curiosidades e especulações infrutíferas. Mas nesse caso especifico existia a finalidade de fazer o leitor compreender o processo evolutivo da humanidade no decorrer dos séculos. Assim, como agora, estamos revelando a personalidade de Moisés, na Atlântida, como o rei da raça vermelha, Atlas; para assim a humanidade compreender como se desenrolou a evolução espiritual da Terra.

O fantástico fato de Moisés, na personalidade de Atlas, ter evoluído pela linha negra, como sacerdote das trevas por um período de 2 mil anos, antes de iniciar sua caminhada para a luz, onde realizou as missões notáveis nas personalidade de Moisés e Maomé, tornando-o, também, um espírito ascensionado, é, sem duvida, motivo para muita reflexão em meio ao nosso cenário espiritualista, que não compreende que a ação das trevas também é regida por Deus. Não existe um diabo rivalizando com Deus. O Criador dos Mundos é soberano. Ele rege o Bem e o Mal com o objetivo de promover a nossa evolução. Nada foge ao seu controle.

Mas, como costumo afirmar, esse não é o fator importante dos nossos livros. Isso não é relevante, e sim a mensagem de renovação ali contida, que é dirigida diretamente por Hermes, mas também, indiretamente, por Akhenaton (Allan Kardec) e Ramatís, entre outros. Todos eles são mestres ascensionados, responsáveis, junto com Jesus, Saint Germain, entre outros, pela evolução conjunta de nosso mundo.

Se o leitor ler os nossos livros como ficção, não tem importância. Não estou aqui buscando créditos ou reconhecimento. Já fico muito feliz quando uma simples e isolada reflexão desperta o leitor, fazendo-o ver o mundo com outros olhos, independente de crer ou não nas informações espirituais ali contidas. Existe a “informação espiritual” e a “filosofia espiritual”. Acho muito mais interessante que o leitor foque sua atenção na “filosofia espiritual”. Quem assimila conceitos como “ama ao teu próximo como a ti mesmo” tem um ganho espiritual infinitamente maior do que aquele que se prende ao “que é” ou “não é” no plano espiritual.

Alguns leitores mais tradicionais possuem dificuldade em aceitar novas informações, por estarem demasiadamente apegado às suas antigas crenças. Renegam novidades coerentes e defendem teses antigas algumas vezes até já derrubadas pela ciência ou pela arqueologia moderna. A filosofia espiritual, que é o que realmente importa para a nossa evolução, é cristalina, apenas devemos aprender a despertá-la dentro de nós. Caro leitor, o mundo reflete apenas as nossas limitadas percepções, portanto, não se prenda a letra que mata, mas sim ao espírito que vivifica!

Não importa se acreditamos que Allan Kardec é Akhenaton e também Seraphis Bay, mas sim que tenhamos condições espirituais de poder reconhecê-lo quando chegarmos ao mundo espiritual. E isso depende apenas do despertar de nossa consciência. O filme Nosso Lar está aí para mostrar, com brilhantismo, essa realidade aos espíritas, aos adeptos das demais religiões e aos ateus.

 

Roger Responde 036 – Perguntas diversas sobre Capela, Atlântida, Akhenaton e Hermes.

036- Pergunta (23/08/2010): Li recentemente “Atlântida – No Reino da Luz” e “Akhenaton – A revolução espiritual do antigo Egito”. Primeiramente gostaria de parabenizá-lo pelo magnífico trabalho que tens feito. As obras são fascinantes. Sou cientista e muitas vezes me identifico com o sentimento de frustração e raiva de Andrey e Radamés. Isto porque tento conversar com as pessoas sobre esse assunto (dos livros) e ninguém tem a mesma empolgação de falar nesse assunto. Desde pequena sempre tive muitas perguntas na minha cabeça e com os teus livros tenho sanado diversas.
Tenho dois questionamentos sobre tuas obras. Em relação a obra “Atlântida – No Reino da Luz”: Os espíritos atlantes encarnados (não capelinos) de onde vieram? Os espíritos encarnados no mundo primevo eram originários apenas de Tríade (capelinos)? O mestre Seraphis Bey viveu em Atlântida? Em relação a obra “Akhenaton – A revolução espiritual do antigo Egito”, nosso querido Hermes, após ter vivido em Atlântida como Artemis, ele só reencarnou novamente no Egito no período pré dinástico?

Roger: Obrigado pelo apoio ao nosso trabalho. Os espíritos atlantes, da época de ouro, anteriores a chegada dos capelinos, evoluíam na dimensão da Atlântida há milênios. Foram eles que construíram a Grande Pirâmide, milênios antes. A sua saída durante a chegada dos capelinos deveu-se a terem ascensionado a esferas ainda mais superiores. A sua origem, eu não saberia dizer. Não tenho essa informação. Mas provavelmente vieram para a Terra em um passado remoto, migrando de outros mundos também. No passado, certamente, cometeram seus erros e foram espíritos primários, assim como nós hoje. Um dia nos tornaremos seres iluminados como eles. Essa é a lei de evolução a que todo filho de Deus está submetido.

Os espíritos encarnados no mundo primevo da Terra naquele período, eram, em boa parte, oriundos de Capela, mas também já viviam aqui, na terra da 3D, espíritos que se individualizaram a partir de almas grupos de animais. A evolução é única. A nossa alma, antes de se individualizar e tornar-se apta para encarnar no mundo hominal, passa pelos reinos mineral, vegetal e animal, onde experimenta as primeiras sensações e adquire lampejos de consciência, antes de individualizar-se no seio da alma grupo de determinada espécie e partir para a sua primeira experiência no mundo humano. Claro que as suas primeiras experiências são muito primitivas. A missão dos capelinos, além de cumprir seu exílio, era de ajudar a promover o progresso dessas almas bem primárias que estavam iniciando o seu processo de evolução na 3D da Terra. E era esse o papel dos atlantes da era de ouro, antes da chegada dos capelinos. Os atlantes foram os grandes professores de nossa humanidade, apesar de algumas pessoas crerem que os “gigantes que vinham do céu”, para ensinar-lhes, tratavam-se de extraterrestres.

Seraphis Bey, mestre do quarto raio, segundo os estudos teosóficos, é o próprio Akhenaton. Sendo assim, ele viveu na Atlântida na personalidade de Atônis, que era o pai de Andrey. Os mestres se apresentam com “roupagens” diferentes, adequando-se a cada crença. Inclusive eles se apresentam, algumas vezes, até como pretos velhos em terreiros de Umbanda. A mensagem de Deus é uma só. A nossa limitada compreensão é que exige formas diferenciadas de dizer a mesma coisa, devido as nossas crenças sectárias. Chegará o dia em que eles nos instruirão de alma para alma, sem a necessidade de rótulos.

Não sei informar se Hermes teve encarnações entre o período da Atlântida e sua grandiosa encarnação como Toth, quando compilou os famosos princípios Herméticos, durante a fundação da primeira dinastia egípcia, na unificação do Alto e Baixo Egito, ao lado de Menés, que era Atlas reencarnado. Ele evita revelar informações que não sejam objeto de trabalho nos livros. Inclusive o que sei sobre as minhas encarnações é o que está registrado nos livros. Pouco a pouco, ele vai expandindo a minha consciência para narrarmos as histórias que possam ser úteis para a caminhada dos leitores. Talvez, no futuro, essa tua última pergunta seja respondida nas páginas dos livros que virão.

Roger Responde 026 – Jesus encarnou como Buda, Krishna, Moisés ou foram todos estes médiuns do Cristo?

026- Pergunta (14/06/2010): Primeiramente gostaria de dizer que eu e minha mãe adoramos seus livros! Sua linguagem é muito didática e gostosa de ler! Sou cientista e gosto tanto de estudar sobre assuntos espirituais que até montei um grupo de estudos na USP sobre ciência e espiritualidade que a cada dia aparecem mais interessados! Existe apenas uma dúvida que não entrou na minha cabeça e da minha mãe: não conseguimos aceitar as encarnações de Moisés à que você se refere no livro da Atlântida. Como Moisés, um ser extremamente elevado e pacífico, poderia vir a ser Maomé, que incitou tantas guerras? Preferimos acreditar no livro “Moisés, o vidente do Sinai” psicografado por Josefa Rosália tendo como espírito Hilarion de Monte Nebo. Lá, de acordo com o arquivo da Luz, que não mente jamais, as encarnações de Moisés foram: Juno e Numo na Lemúria, Anfião e Antúlio na Atlântida; Abel, Krishna e Buda. Sendo sua última reencarnação como Jesus. Assim sendo, gostaria que verificasse com seus guias espirituais a veracidade de minhas afirmações em relação a esse assunto.

“Roger: Obrigado pelo apoio ao nosso trabalho. Vejam que interessante! A pergunta da semana passada apontava Moisés como um homem totalmente ambicioso, interesseiro, manipulador, vingativo e egocêntrico. E na de hoje ele é apresentado como uma das encarnações do próprio Jesus, o mais excelso espírito que já desceu à face da Terra da terceira dimensão. Por isso afirmei na semana passada que os livros mediúnicos devem ser apreciados com cautela, procurando se ater mais a essência da mensagem do que aos textos literalmente.

As informações que trazemos em nossa trilogia: “Implantação do Monoteísmo na Terra” (Akhenaton – A Revolução Espiritual do Antigo Egito, Moisés – O Libertador de Israel e Moisés – Em busca da Terra Prometida) foram orientados por Hermes e seguem a visão trazida por Ramatís em meados do século passado. Ramatís nos mostra que o Cristo Planetário jamais encarnou na Terra e, sim, utilizou-se de diversos médiuns, espíritos incomuns, para trazer a sua mensagem a cada povo do mundo. Esses médiuns são os mesmos avatares que citaste na pergunta (entre outros), sendo que nenhum deles é o mesmo espírito. Inclusive Jesus só encarnou em nosso mundo na personalidade que conhecemos há 2.000 anos. Todos estes avatares foram “mediunizados” pelo Cristo para executarem as suas missões. Por isso a semelhança das mensagens espirituais em todo o mundo. Em resumo: Jesus, por exemplo, não era o Cristo, mas sim o médium do Cristo, que trata-se de uma entidade da categoria dos arcanjos, que são responsáveis pela evolução das diversas escolas evolutivas do Universo e que estão impossibilitados de habitar um limitado corpo físico devido a expansão de sua luz, fruto de uma evolução de milhões de anos.

Já as informações que trazes em teu e-mail são procedentes da médium argentina Josefa Rosália Luque Álvarez. Ela crê e divulgou em seus textos que o Cristo reencarnou nos avatares que citas em tua mensagem e, portanto, todos eram o mesmo espírito. Peço que reflitas sobre a afirmação que tu fizeste em tua pergunta: “Lá, de acordo com o arquivo da Luz, que não mente jamais,…”. Creio também que o “arquivo da Luz” não mente jamais. A pergunta é: “E quem leu esse arquivo da Luz?” Esse médium estaria apto a interpretar essas informações, codificadas na linguagem celestial, e traduzi-las para a humana, sem distorcê-las? Pense sobre isto.

Eu li os livros que citaste e, por exemplo, soa-me estranha a ideia de que Ramsés era amigo de Moisés e que pediu para ele partir com o povo hebreu porque o povo egípcio havia se corrompido. Todos os registros históricos desse famoso faraó apontam para uma personalidade completamente diferente da apresentada no livro “Moisés – o vidente do Sinai”. Ramsés era um guerreiro impiedoso, e por isso ele construiu um império que se manteve intacto durante todo o seu reinado (62 anos). Ele desencarnou com mais de 90 anos de idade.

Além disso a personalidade de Moisés no “Velho Testamento” (mesmo que deturpada em alguns pontos) é radicalmente oposta à bondade e à mansuetude angelical apontada nesse livro. Não existe similaridade entre o Moisés apontado nesse livro com o Moisés bíblico. E devemos lembrar que Akhenaton (informações históricas comprovadas por arqueólogos) tentou realizar uma transição pacífica para o monoteísmo 100 anos antes e não obteve êxito. A evolução espiritual das massas era muito crua para isso há 3.300 anos. Como Moisés conseguiria realizar isso sendo bondoso e manso? Como libertar e liderar um povo rebelde e em meio a diversas guerras no deserto apenas usando de docilidade para com os inimigos?

Os médiuns em geral estão sempre aprisionados aos seus próprios paradigmas (assim como o homem em geral). É muito difícil ao espírito comunicante trazer informações que ultrapassem a compreensão e o sistema de crenças dos médiuns. Por mais que o médium seja qualificado, ele ainda é escravo de suas limitações psíquicas. Ele sente a mensagem do mentor, mas não consegue romper com as suas crenças pré-estabelecidas, contaminando a mensagem pura que vem dos planos superiores.

Qual médium está mais próximo da verdade? Impossível definir. A não ser que comparemos o relato mediúnico às informações históricas e científicas que a humanidade física já possui. Como ainda tateamos no escuro com relação a comprovações incontestáveis, o ideal é nos prendermos a essência da mensagem, e não a informações pontuais que possam ter sido distorcidas pela limitação dos médiuns, que são todos humanos e falíveis.

Em resumo: creia naquilo que te faz feliz e auxilia a tua caminhada. Mas também permita-se ao questionamento de tuas próprias crenças. A verdade está onde se encontra o bom senso e a lógica. O amor já sabemos onde encontrar: ama ao teu próximo como a ti mesmo e não faças aos outros aquilo que não gostaria que te fizessem.”

Roger Responde 025 – Divergência entre livros Moisés e O faraó Merneptah de Rochester

025- Pergunta (07/06/2010): “Sou leitor apaixonado de seus livros escritos com o amparo do iluminado Hermes. Li toda a trilogia Akhenaton + Moisés 1 e 2 e fiquei muito emocionado em diversas passagens e relatos contados sob a ótica de Radamés e Natanael. Recentemente li também o livro “O Faraó Mernephta” escrito com o amparo de J. W. Rochester (Ed. do Conhecimento) que nos mostra uma versão na qual Moisés é um homem totalmente ambicioso, interesseiro, manipulador, vingativo e egocêntrico, além de pessoas e passagens muito divergentes das mostradas em sua obra. Como entender relatos divergentes e até antagônicos de espíritos que dizem ter presenciado os mesmos acontecimentos? Como separar o joio do trigo?”

Roger: Não gosto de comentar livros de outros autores. No entanto a pergunta é excelente e também pertinente. Nesse caso é necessário uma explicação devido a essas divergências apresentadas pelo leitor. Não é raro os médiuns contaminarem os textos que recebem da Espiritualidade com seus pensamentos e crenças. Já falamos sobre isso em outras oportunidades. E não me excluo dessa situação. Médiuns completamente isentos teriam que ter uma consciência muito ampla para abrangerem o pensamento superior dos mentores e os compreender além de suas crenças e de suas limitadas percepções de mundo. O próprio Chico Xavier, o médium mais brilhante que conhecemos, também deixou-se afetar por suas crenças em alguns de seus livros, não reproduzindo com fidelidade o que a Espiritualidade lhe passava. Por isso os livros mediúnicos devem ser sempre estudados com cautela e sem paixão. Recomendo até mesmo a se prenderem mais a essência das mensagens do que ao conteúdo “ipsis literis”, ou seja, ao “pé da letra”.

Os livros de Rochester, psicografados pela médium russa Wera Krijnowskaya, são um bom exemplo disso. Em várias de suas obras é possível perceber um terrível anti-semitismo, que seria totalmente inadequado nos dias de hoje, após o holocausto que vitimou milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial. Como ela escreveu os seus livros no final do século dezenove, tinha portanto a liberdade para atacar abertamente os judeus sem sofrer qualquer tipo de censura ou reprovação. Isso fica notório em vários livros seus, como por exemplo, “O Chanceler de Ferro do Antigo Egito”, “A vingança do Judeu” e o livro citado na pergunta “o Faraó Merneptah”. Os judeus são sempre citados nesses livros como traiçoeiros, odiosos, interesseiros e agiotas desprezíveis. Segundo esses livros, são desprezados pela sociedade em que vivem e desejam vingar-se disso. Esse é um tema recorrente nos livros de Rochester. Mesmo assim, eles são muito interessantes e com uma narrativa de encher os olhos.

A médium viveu na Rússia durante o período final da dinastia Romanov, antes da Revolução Russa, período em que a nobreza vivia de heranças, sem trabalhar, e abusava de festas fúteis, como ela muito bem retrata em seus livros. Os judeus emprestavam dinheiro a muitos desses nobres falidos e depois cobravam inclusive com a penhora de seus bens, deixando-os na miséria. Talvez ela e seu esposo tenham passado por situações difíceis com seus credores judeus e ela repercutiu isso nos livros. Nota-se um ódio gratuito a tudo que se refere ao povo judeu em seus livros. Ela também se baseou nos textos distorcidos da Bíblia, ao pé da letra, para descarregar a sua ira sobre eles.

E outro ponto que pode gerar as divergências é que Merneptah era o próprio Rochester. E ele não era um espírito iluminado na época em que utilizou-se da médium para narrar as suas experiências. Talvez tenha feito o que é muito comum entre nós, humanos: ele defendeu seus próprios pontos de vista.

Além disso pode haver também as nossas falhas na captação mediúnica e na interpretação dos fatos. Como eu era o próprio Natanael, e vivi próximo a Moisés desde os tempos da Atlântida, quando ele viveu como Atlas, posso ter “defendido” de forma exagerada as suas atitudes nos eventos da libertação do povo judeu da escravidão no Egito.

Livro: O Faraó Mernephta – J. W. Rochester (Ed. do Conhecimento)

Roger Responde 022 – Você viu o filme sobre a vida de Chico Xavier? O que achou?

022- Pergunta (17/05/2010): “Você viu o filme sobre a vida de Chico Xavier? O que achou?”

Roger: Sim! O filme é bom, mas poderia ter um enfoque maior na mensagem espiritual trazida pelo Chico. Entendo que o diretor quis fazer um filme que não fosse doutrinário para alcançar um público maior, sem dar a ideia de estar defendo essa ou aquela religião. Mas senti falta de um conteúdo espiritual mais rico, que abordasse com profundidade a reforma íntima e o entendimento espiritual da vida, ao invés de dar ênfase às cartas de familiares que desencarnaram, que é algo que consola, mas não esclarece.

Espero que o filme “Nosso Lar”, baseado nesse excelente livro de Chico Xavier, que estreará em setembro, seja mais esclarecedor e retrate com mais profundidade a Vida Imortal. Estamos entrando na era do cinema espiritual. É fundamental que as pessoas lotem as salas de cinema e demonstrem a força desse tipo de filme para que mais produções sejam realizadas. Os filmes possuem um alcance muito maior que os livros. Infelizmente as pessoas não têm o hábito da leitura, mas filmes são sempre muito assistidos. Esse é um excelente caminho para popularizar as importantes mensagens espirituais que são canalizadas do Alto, auxiliando na mudança do padrão espiritual da humanidade. Creio que se o Brasil investir no filão do cinema espiritual, poderá se tornar referência mundial nesse ramo, alastrando para o mundo um conhecimento que hoje em dia está muito restrito ao nosso país: o saber espiritual!

Esperamos também que esse movimento no futuro permita que nossos livros tornem-se filmes. Na verdade eles já são elaborados em formato de roteiro de filme. O livro “A história de um anjo” parece um filme que se tornou livro. A trilogia Akhenaton, Moisés, o libertador de Israel e Moisés, em Busca da Terra Prometida também dariam ótimos filmes. Sem falar no épico Atlântida No reino da Luz e No Reino das Trevas. Este seria, sem dúvida, uma película inesquecível.

Roger Responde 017 – A esposa de Kardec seria a reencarnação de Nefertiti?

017 – Pergunta (12/04/2010): “Acompanho seu site e leio seus livros! E o admiro muito! Gostaria de tirar uma dúvida, sobre o espírito de Nefertiti. No seu livro, “Atlântida no reino da Luz”, Atônis era o sumo sacerdote do templo do sol, em Atlântida, que logo seria o grande faraó Akhenaton no antigo Egito! No livro Akhenaton você comenta “muito” sobre Nefertiti e do amor que ela possuía por Akhenaton e ambos tinham uma encarnação altiva, recíproca, em que, um ajudava o outro. E em outros livros espíritas os dois sempre reencarnaram juntos. Mas você não relata Nefertiti encarnada em Atlântida por quê?Em “Moisés – Em Busca da Terra Prometida” e “Universalismo Crístico – O futuro das religiões” você afirma que a última encarnação de Akhenaton ocorreu na personalidade de Allan Kardec. Então Nefertiti poderia ser Amélie Gabrielle Boudet, a esposa de kardec? A historia dos casais são idênticas, um ajuda o outro, inclusive Amélie depois que Kardec morreu cuidou e com empenho e devotamento continuou o trabalho de codificação do Espiritismo idealizado por Kardec, assim como Nefertiti fez após a morte de Akhenaton! O que acontece com Nefertiti?”

Roger: Obrigado pelo apoio ao nosso trabalho! No livro Akhenaton, no capítulo inicial sobre a Atlântida, afirmamos que Criste (esposa de Atônis) reencarnou no futuro como a rainha Nefertiti, mas creio que esquecemos de fazer essa afirmação no livro Atlântida. Realmente foi uma falha de informação. Tu estás certa! Nem todos os leitores leem todos os livros. No livro “Atlântida – No reino das Trevas” colocaremos essa referência. Muito bem lembrado. Nos livros “Moisés – O libertador de Israel” e “Moisés – Em busca da Terra Prometida”, afirmamos que Nefertiti reencarnou como Séfora, a esposa de Moisés, enquanto Akhenaton era o sacerdote de Heliópolis, Amenófis, que foi o responsável pela iniciação espiritual de Moisés.

O conceito de alma gêmea é algo que também deve ser analisado. Não existem “almas gêmeas”, e sim “almas afins”, que evoluem juntas por afinidade. Nós somos seres integrais. Não dependemos de outra alma para existir e nos completar. Entretanto criamos afinidades em nossa infinita jornada evolutiva e amamos de forma mais especial esses espíritos afins. Mas com o passar dos milênios, abandonamos essa característica, digamos assim “mais humana”, e partimos para um amor verdadeiramente espiritual e universal, assim como o do Cristo, que é igualitário a todos os seres do Universo, independente de afinidade. Esse sentimento de amor especial a determinado espírito é algo característico em nosso limitado nível evolutivo.

Sobre Nefertiti ser Amélie Gabrielle Boudet, vejam como não é difícil desvendar esses mistérios. Basta analisar o perfil psicológico e comportamental para perceber que Amélie Gabrielle Boudet era Nefertiti reencarnada ao lado de sua “alma afim” com o objetivo de concretizarem em conjunto a missão de implantar o Espiritismo na Terra. Infelizmente até pouco tempo a humanidade ainda vivia uma época de sombras com relação ao papel da mulher, relegando-as a um segundo plano. O Egito Antigo foi uma época de ouro para a manifestação do espírito feminino, permitindo que Nefertiti se destacasse de forma mais intensa e atuante.

 

Roger Responde 013 – Pesquisas na múmia do faraó Tutankhamon.

13 – Pergunta (08/03/2010): “Li o livro sobre Akhenaton. Adorei. Gostaria de esclarecer umas dúvidas que vi num documentário da discovery na data de hoje 01/03/2010 e fizeram uns testes na múmia de Tutankhamon. Vamos lá: descobriram que tinha uma fratura no osso perto do joelho(fêmur), além de uma deformidade no pé (osteonecrose) causada por uma doença. Então fizeram um exame para de DNA para malária e descobriram o DNA do parasita na múmia dele. Então, o diagnóstico da morte foi malária. No sarcófago tinha também muitos cajados (mais de 50) que acreditam que usava, pois mancava de uma perna (osteonecrose). E no livro fala que sofreu um atentado e tinha uma lesão entre a cabeça e o pescoço. Se for possível, gostaria de que me esclarecesse essas descobertas.”

Roger: Para quem leu o livro Akhenaton, gostaria de informar que a história continua nos livros “Moisés – O libertador de Israel” e “Moisés – Em busca da Terra Prometida”. Trata-se de uma trilogia. Muitos leitores não sabem disso.

Sobre as novas descobertas divulgadas, costumo dizer que a morte do rei Tut é tão polemica quanta a veracidade do Santo Sudário de Turim. Muitas especulações e poucas informações realmente consistentes. Os cientistas creem que suas informações são altamente confiáveis e refletem a mais absoluta verdade. No entanto, alguns anos depois as suas teses (aprisionadas a paradigmas limitados) são derrubadas. E isso se repete em todos os campos, tanto na astronomia, como na arqueologia e também nas ciências médicas.

A malária era conhecida no antigo Egito como “doença mágica”. Inclusive Ramósis estudava suas causas para tentar debelar aquele mal que chegou a afligir, em alguns períodos, mais da metade da população. Muitos habitantes do Vale do Nilo naquele período teriam indícios dessa doença, mas isso não significa que foram a óbito especificamente por esse motivo. Os antigos egípcios eram bons médicos. Muitos casos de malária eram curados utilizando-se tratamentos desconhecidos pela medicina moderna, mas que deixariam resquícios no DNA.

Era costume colocar nos sarcófagos os objetos que o morto precisaria utilizar no pós-vida. Os encarregados do funeral de Tut acreditaram que ele precisaria dos cajados para se locomover na terra do Sol Poente, já que falecera decorrente de um forte trauma que havia enfraquecido gravemente o seu organismo. Os nossos idosos também usam bengalas para sustentar o seu corpo enfraquecido, e não apenas porque tenham fraturas aqui ou ali.

O egiptólogo Howard Carter quando removeu a múmia do sarcófago em 1922 causou-lhe graves danos, chegando ao ponto de serrá-la em várias partes, dificultando, com certeza, qualquer tipo de avaliação 3.300 anos depois da morte do faraó menino. Inclusive a múmia estava tão impregnada de resina que até o teste de DNA ficou sob suspeita. A medicina atual mal consegue obter resultados conclusivos com pessoas vivas, imaginem avaliar um corpo infestado por fungos e bactérias por um período de 3.300 anos…

Corridas de bigas e caçadas eram comuns naquele período. Era o “hobby” da realeza. Nada impede que ele tenha sofrido alguns acidentes e fraturas decorrentes disso.

Esses documentários e revistas precisam vender, então eles mesmos especulam coisas que já tinham sido atestadas por outras pesquisas, como a paternidade de Akhenaton, por exemplo. O documentário trata essa questão como se ninguém soubesse anteriormente que Akhenaton era o pai de Tut. O exame de DNA apenas comprovou essa informação que já tinha sido atestada por outras provas arqueológicas, apesar deles alegarem que não.

Infelizmente o faraó Tutankhamon gera muito dinheiro. Ele é o Michael Jackson do antigo Egito! Inclusive a verdadeira múmia de Nefertiti (que eles alegam já ter encontrado) está ao lado da tumba de Tut. Mas as autoridades egípcias não exploram aquele local porque teriam que fechar a visitação a tumba de Tut. Isso resultaria em uma perda financeira com o turismo da ordem de milhões de dólares por ano.

Roger Responde 007 – Como foi escrito os livros sobre Atlântida e por que o nome de Hermes não está mais na capa?

007 – Pergunta (25/01/2010): “Gostaria de saber, também, como você tomou conhecimento de toda aquela história ocorrida na Atlântida, se o assunto não foi obtido por via mediúnica. Foi através do Registro Akashico? E por que o nome do Hermes não está mais na capa?”

Roger: No capitulo introdutório do livro “Atlântida – No reino da Luz” creio que fica claro que ele foi escrito através de um processo de regressão de memória conduzido por Hermes, assim como ocorreu nos livros Akhenaton, onde fui Radamés, e nos livros sobre Moisés, quando vivi como Natanael. Nesses livros anteriores isso não fica claro porque ainda não tínhamos consolidado o nosso trabalho. Era necessário conquistar uma cumplicidade com os leitores para que isso fosse melhor compreendido.

O nome de “Hermes” e o termo “psicografia” não estaremos mais colocando na capa dos livros para atingir um público maior. Os nossos livros seguem um modelo de elaboração diferente dos espíritas, são Universalistas Crísticos, causando uma impressão equivocada de nosso trabalho por parte dos leitores de outras crenças quando percebem a indicação de que são “mediúnicos”. Infelizmente quem não é espírita tem preconceito com livros espíritas. Talvez até por não gostar da linguagem, algumas vezes, excessivamente doutrinária.