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Enfermeira brasileira viaja países pobres cuidando de crianças com HIV

Rebecca com crianças na África – Fotos: arquivo pessoal

Uma enfermeira brasileira está levando, voluntariamente, esperança e cuidados a crianças com HIV que vivem em países pobres.

Natural de São Caetano do Sul, no Grande ABC, em São Paulo, Rebecca Alethéia, de 34 anos, viaja o mundo desde 2017.

Mas ela conta que a paixão por ajudar começou bem antes, em 2009, quando atuava com crianças e adolescentes vivendo com HIV/AIDS, no primeiro emprego dela, na cidade vizinha de Mauá.

Direto da África, onde se encontra atualmente, ela disse ao site SóNotíciaBoa.com.br que já perdeu a conta de quantas crianças atendeu.

“Estou viajando como enfermeira ao redor do mundo há 3 anos. Passei pelo TadjiquistãoMoçambique e agora estou no Malawi auxiliando em um projeto da Community Forum (COFO) juntamente com a Worldpackers”, disse.

Súplicas

Mestre em ciências da Saúde, com graduação em enfermagem e especialista em Infectologia, Rebecca ouve das crianças verdadeiras súplicas pela cura de pais e avós. Entre as histórias que mais tocaram o coração da brasileira está a da menina Aline – nome fictício para preservar a criança.

Depois de acompanhar um evento de prevenção de HIV/Aids em uma escola a garota perguntou: “se eu nunca tive relação sexual, nunca usei droga, como essa doença veio parar no meu corpo?”

A pergunta fez Rebecca refletir sobre a realidade da mulher diagnosticada com HIV.

“Ser mulher com HIV no mundo… [no qual] as mulheres são criadas para se casarem, o estigma, o preconceito, é muito alto quando se trata de HIV. É pensar que provavelmente essa garota não se case e a família não receba o seu dote, é provável que essa menina escolha a morte do que viver”, afirma.

Ela conta que outro grande desafio “tem sido trabalhar com o casamento prematuro, e a garantia de que meninas não abandonem a escolas”.

Rebecca explica que trabalhar com HIV/Aids vai além de pensar nas 3 vertentes: prevenção, controle e no tratamento.

“A revelação diagnóstica sempre fez parte do processo, uma vez que as crianças precisam saber o seu diagnóstico para aderirem o tratamento e prevenir uma adolescência menos traumática”, explica.

Do próprio bolso

Como voluntária, Rebecca vive um dia após o outro.

“Na atual viagem, utilizo dos meus recursos próprios. Tenho que arcar com tudo, transporte… porém, como estou oferecendo meu trabalho, recebo alimentação e hospedagem em troca, um jeito de ambos se ajudarem”, afirma.

Perguntamos por que ela decidiu viajar o mundo para ajudar pessoas nessa situação?

“Uma mulher negra não sai em vão no mundo pra ajudar, nos nascemos ajudando. Nossas comunidades têm sido assoladas diariamente por crimes, doenças, falta de acesso aos serviços públicos, recursos financeiros… Fica quase que impossível transitar por esse mundo e não colocar a mão na massa, não ser agente de mudança”, diz.

E ela cita um pensamento da filósofa Angela Davis: “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”.

“A minha árvore já tem raiz, os frutos estão caindo e germinado em outro quintal, é por este motivo que estou no mundo”, afirma.

Volta ao Brasil

Rebecca Alethéia segue no Malawi. Ela está na África desde janeiro de 2019 e volta ao Brasil no dia 23 de abril.

Perguntamos se ao retornar ela pretende cuidar de crianças brasileiras. Ela respondeu que gostaria, mas disse volta sem emprego.

“Não sei do meu futuro, por hora nem se regressarei trabalhando no Brasil… Não posso prever… Estou voltando, mas isso não quer dizer que em 2 ou 3 meses eu arranje um trabalho pelo mundo”, concluiu.

Notícia retirada do site: sonoticiaboa.com.br

link:
https://www.sonoticiaboa.com.br/2020/03/11/enfermeira-brasileira-viaja-paises-pobres-cuidando-criancas-hiv/

Biólogo cria sacola que cai no mar e vira comida para peixes

Fotos: reprodução / Instagram

O biólogo Kevin Kumala (foto acima) criou uma sacola feita de mandioca e caso seja jogada no mar, ela pode servir de alimento para peixes.

Nascido na Indonésia, Kevin criou a sacola após retornar dos Estados Unidos para o seu país e dar de cara com o acúmulo de lixo em Bali, ilha onde nasceu.

O biólogo desenvolveu e passou a vender produtos que aparentam ser feitos de plástico, mas têm como matéria-prima o tubérculo, que não prejudica o meio ambiente.

Em 2014 ele criou a empresa Avani Eco. Lá, Kevin vende sacolas, canudos, talheres, copos e embalagens, todos feitos com materiais sustentáveis, com tempo de decomposição de cem dias.

“Nossos sacos de mandioca de tamanho médio podem transportar até 8 libras (3,5 kg) se transportar produtos secos”, diz o perfil da empresa no Instagram.

Segundo o site da empresa, ela já substituiu três toneladas de produtos não sustentáveis desde 2016.

“Nós buscamos continuamente nos tornar uma ponte para ajudar e encorajar comunidades e negócios a produzirem iniciativas que gerem um impacto sustentável para o meio ambiente. Encorajando o uso do termo ‘responsável’ como um valor central dos três fatores chave: reduzir, reutilizar, reciclar”, diz o site da empresa.

Estima-se que, em 2050, o mundo produzirá 33 bilhões de toneladas de plástico.

O material demora 400 anos para se decompor.

Fontes:
https://www.sonoticiaboa.com.br/2020/01/26/biologo-cria-sacola-que-cai-no-mar-e-vira-comida-para-peixes/
https://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,sacola-feita-com-mandioca-e-alternativa-sustentavel-ao-plastico,70003132941

Vírus que mata todo tipo de câncer começa a ser testado em humanos

Fonte: News Corp Australia

A Austrália vai começar a testar em humanos um vírus que pode matar todo tipo de câncer.

Curiosamente, trata-se de um vírus conhecido, o da varíola bovina, extinto há mais de 200 anos.

A empresa de biotecnologia australiana Imugene, que licenciou a inovação, projetou o novo vírus. Chamado CF33, ele reduziu tumores com sucesso em testes com camundongos e no início de 2020 será testado em pacientes com câncer de mama, melanoma, câncer de pulmão, bexiga, câncer de estômago e intestino.

Vírus inofensivo

O professor Yuman Fong, especialista dos EUA que projetou o vírus, disse que a varíola bovina é inofensiva em humanos e a misturou com vários outros vírus que os testes mostraram que poderiam matar o câncer.

O tratamento inovador fará com que os pacientes injetem o vírus diretamente em seus tumores, onde é esperado que infectem as células cancerígenas e as explodam.

Espera-se que o vírus alerte o sistema imunológico de que existem células cancerígenas no corpo e o levará a procurar e matar outras células doentes.

Os testes

Yuman Fong está na Austrália nesta semana para conhecer representantes da Imugene e planejar os ensaios clínicos.

Fong projetou o vírus no Hospital City of Hope, em Duarte, Califórnia, EUA.

O chamado “estudo da cesta”, que será realizado na Austrália e em outros países, vai registrar pacientes com câncer de mama triplo negativo, melanoma, câncer de pulmão, bexiga, câncer de estômago e intestino.

Os pesquisadores acreditam que isso mostrará onde o tratamento é mais eficaz mais rápido do que apenas testar em um tipo de câncer.

O professor Fong está esperançoso porque uma outros vírus mais específicos para matar o câncer já estão se mostrando eficazes no combate ao câncer em humanos.

Tipos de virus

Cientistas americanos transformaram o vírus que causa o resfriado comum em um tratamento para matar o câncer no cérebro – em alguns pacientes o câncer desapareceu por anos antes de retornar, em outros ele encolheu consideravelmente os tumores.

Uma forma modificada do vírus do herpes, ou herpes labial chamada Imlygic ou T-Vec, está sendo usada para tratar o melanoma.

Ela ajuda o sistema imunológico do corpo a reconhecer e destruir tumores e, em seguida, encontra outras células de melanoma por todo o corpo e as mata.

Imunoterapia

O professor associado do pesquisador australiano Tom John, do Instituto de Pesquisa de Câncer Olivia Newton John, testou recentemente outro tratamento contra vírus em combinação com a imunoterapia Keytruda em 11 pacientes com câncer de pulmão e 3 pacientes viram seus tumores reduzirem de tamanho.

“Houve evidências de que os vírus poderiam matar o câncer a partir do início dos anos 1900, quando as pessoas vacinadas contra a raiva tiveram seu câncer desaparecido e entraram em remissão”, disse o professor Fong.

Pesquisas anteriores usando vírus para matar câncer falharam porque os vírus usados eram muito tóxicos; outros tratamentos só conseguem lidar com câncer em células específicas, como pele ou tecido hepático.

“O problema era que, se você tornava o vírus tóxico o suficiente para matar o câncer, estava preocupado que também matasse o homem”, concluiu ele.

Fontes:
http://www.sonoticiaboa.com.br/2019/11/13/virus-mata-todo-tipo-cancer-comeca-testado-humanos/
https://www.news.com.au/national/human-trials-to-begin-next-year-using-a-virus-to-kill-cancer/news-story/f38cd02d2652a2ff3ae90a51b4893423?utm_source=DesignTAXI&utm_medium=DesignTAXI&utm_term=DesignTAXI&utm_content=DesignTAXI&utm_campaign=DesignTAXI

Costureira reforma bonecas do lixo e transforma Natal de crianças

Foto: reprodução site só notícia boa

Chiquita Costureira, como é conhecida, decidiu transformar o Natal de crianças que sonham com bonecas novinhas.

Francisca Monteiro Alves, de 67 anos – moradora do bairro de Santana, em Cariacica, no Espírito Santo – começou a reciclar bonecas e ursos de pelúcia que iam pro lixo.

A inspiração surgiu da própria infância pobre, ao lado dos seis irmãos em Aimoré, Minas Gerais. Eles não tinham brinquedos no Natal.

A ideia

Francisca conta que apesar de ter costurado por toda vida, foi em 2016 que ela teve a ideia de reformar bonecas.

Ao escutar de uma amiga sobre a felicidade de crianças quando recebem brinquedos de doações no Natal, ela decidiu que queria proporcionar sorrisos também.

“Eu tinha muitos retalhos, arrumei algumas bonecas velhas, revirei até no lixo, consertei todas e doei 43 bonecas.

Foi quando eu pude ver os sorrisos das crianças e decidi que faria isso sempre, cada ano em uma comunidade diferente. Em 2018, fiz 111”, recorda.

“Já em 2019, consegui bonecas em condições péssimas. Acho que por conta de chuvas e alagamentos. Mas recuperei, mesmo as piores, e as deixei bem bonitas”, conta.

Entre ursos e bonecas, foram mais de 200 brinquedos esse ano.

Cerca de 30 já foram doados para crianças do bairro Soteco, em Vila Velha.

“Ainda tenho 180 em casa, que serão entregues em Novo Horizonte, Cariacica”, comemorou.

FONTES:
http://www.sonoticiaboa.com.br/2019/12/05/costureira-reforma-bonecas-lixo-transforma-natal-criancas/
https://www.agazeta.com.br/es/gv/moradora-de-cariacica-transforma-lixo-em-bonecas-para-doar-no-natal-1219?utm_medium=redacao&utm_source=facebook&fbclid=IwAR24CJBK0QXJjrB2CMpFjvbgmBhs_f5Hfl1PYG_UWbJWgZVTI8nLUxX3l3I

Tuk-tuk que substitui charretes puxadas por animais é testado no Rio

Foto: Divulgação/Prefeitura de Petrópolis

Uma boa ideia para substituir as charretes puxadas por animais está sendo testada em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro na semana passada. É o Tuk-tuk.

Cada veículo tem capacidade para transportar duas pessoas e usa uma motocicleta 150 cilindradas.

“É um veículo que já funciona em outras cidades do país, como em Campos do Jordão, São Paulo e em alguns lugares do nordeste. Ele te uma capota totalmente removível, e temos um espaço atrás que pode ser usado tanto para malas, quanto para cadeira de rodas. A ideia é andar a no máximo 20 km/h, para o turista apreciar a paisagem, ver os atrativos da cidade”, disse o dono da empresa dos tuk-tuks ao G1.

O fim do uso dos cavalos para tração dos veículos foi escolhido por 117 mil pessoas em um plebiscito realizado no ano passado.

Após homologação do resultado do plebiscito pelo TSE, a prefeitura decretou a extinção da atividade, em março desse ano.

Os testes

Esta é a quinta empresa a fazer os testes, de um total de 12 cadastradas.

O teste de três tuk-tuks foi acompanhado pela CPTrans nas ruas do Centro Histórico e por uma comissão especial formada especificamente para analisar a concorrência.

A verificação prática e operacional da empresa dos tuk-tuks segue até a semana que vem e o serviço poderá prorrogado, a critério da CPTrans.

Depois dos testes, as empresas terão que apresentar o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI).

Eles deverão garantir a mão de obra dos antigos condutores das charretes puxadas por animais.

Links:
http://www.sonoticiaboa.com.br/2019/10/09/tuk-tuk-substitui-charretes-puxadas-por-animais-testado-rio/
https://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia/2019/10/04/tuk-tuk-e-testado-como-novo-modelo-de-transporte-turistico-em-petropolis-no-rj.ghtml

Pesquisadores encontram água em planeta habitável

Foto: Reprodução

Pesquisadores da University College London encontraram água num planeta localizado numa zona habitável do espaço, na busca de vida fora do Sistema Solar.

Eles detectaram sinais de vapor d’água na atmosfera do planeta K2-18b.

De acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira pela revista “Nature Astronomy”, o K2-18b está localizado a 100 anos-luz da Terra e tem características que podem propiciar a existência de vida extraterrestre.

“Encontramos água”, disse o astrofísico da University College London, Ingo Waldmann, a jornalistas.

A descoberta

A descoberta foi realizada a partir de observações feitas com o Telescópio Espacial Hubble, que analisou a luz das estrelas na atmosfera de K2-18b.

O coautor da pesquisa, o astrônomo Angelos Tsiaras, afirmou que sua equipe de trabalho “está focada na identificação de exoplanetas com condições parecidas com aquelas encontradas na Terra”.

“Mas é claro que isso não é para encontrar um lugar para onde possamos ir. Isso ainda é ficção científica”, advertiu Tsiaras.

Longe

O K2-18b orbita uma estrela anã na constelação de Leo que fica a 100 anos-luz da Terra. Tsiaras explica que “enquanto a luz sol leva alguns minutos para chegar à Terra, a luz da estrela de K2-18b levaria um século para chegar até o nosso planeta”.

Portanto, segundo ele, viajar para lá é impossível.

“Dado que é tão longe, não temos outra escolha senão permanecer na nossa própria Terra, por isso é importante tornar a Terra grande novamente, em vez de procurar uma alternativa para fugir.”

Além da tremenda distância que separa a Terra de K2-18b, o exoplaneta provavelmente está exposto a muito mais radiação do que a Terra, diminuindo a possibilidade de encontrar qualquer tipo de vida por lá.

Para Tsiaras, ainda assim, a descoberta aproxima os astrônomos da questão fundamental: “a Terra é única no universo?”.

Fontes:
http://www.sonoticiaboa.com.br/2019/09/12/pesquisadores-encontram-agua-em-planeta-habitavel/

https://exame.abril.com.br/ciencia/cientistas-encontram-agua-em-planeta-potencialmente-habitavel/

Juiz vai a casa de idoso com câncer para audiência de aposentadoria

Juiz atendendo idoso em casa – Foto: Aline Caetano/TJ-GO

Se a pessoa doente não pode ir ao Tribunal de Justiça, o juiz vai até ela! Foi o que aconteceu em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia.

O juiz Joviano Carneiro Neto, do Tribunal de Justiça de Goiás, foi até a casa de José Antonio de Paula, de 62 anos, para fazer uma audiência sobre pedido de aposentadoria. E deu ganho de causa ao idoso.

Ele pedia aposentadoria rural por idade e como está doente – com câncer no rim e no fígado – não tinha como se deslocar até o fórum da cidade.

A doença foi descoberta em janeiro e, desde então, vem se agravando. Ele já não sai mais de casa e fica a maior parte do tempo no quintal, onde foi realizada a sessão.

O atendimento

A audiência durou cerca de 15 minutos – até pelo quadro de saúde do idoso. O próprio juiz filmou as perguntas com seu celular pessoal e disse que não fez nada além de sua obrigação.

“É a nossa missão, entrar, ver, ir onde for possível para buscar entregar a prestação jurisdicional. Não estou fazendo nada mais que a minha obrigação. Para a pessoa, o benefício é imenso e ela não pode ficar esperando algo que é tão importante para ela”, disse ao G1.

Depois da oitiva em casa, o juiz foi para o fórum, ouviu mais duas testemunhas e decidiu em favor do idoso.

“Após os depoimentos e análise das provas documentais, entendi que ele fazia direito ao benefício”, explica.

Na sentença, ele estipula que o INSS passe a pagar aposentadoria rural por idade a João no valor de um salário mínimo. Cabe recurso.

Mutirão

Essa audiência foi uma das cerca de 300 que o Tribunal de Justiça pretende realizar em Trindade, em três dias, dentro do projeto Acelerar Previdenciário.

É um mutirão no qual vários juízes integram uma força-tarefa para analisar processos e dar celeridade aos julgamentos.

Carneiro Neto, que atua na comarca de Jussara, é coordenador estadual do projeto.

“A ideia é agilizar os processos, levar a Justiça de forma mais rápida. Os 100% de casos deferidos a gente não vai ter, mas há a análise, o Judiciário dá a resposta e analisa os processos”, concluiu.

Fontes:
http://www.sonoticiaboa.com.br/2019/08/15/juiz-vai-casa-idoso-cancer-audiencia-aposentadoria/
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2019/08/13/juiz-faz-audiencia-na-casa-de-idoso-com-cancer-que-nao-tinha-como-ir-ao-forum-de-trindade-obrigacao.ghtml?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_content=post&utm_campaign=g1&fbclid=IwAR1_O0unytU3tvhMwVmWkPzOvLio8rCntbNaAZIjaAWatDTNLrhjJ-ACWeQ

Professora é a 1ª mulher indígena doutora em Antropologia pela UnB

Eliane Boroponepa Monzilar – Foto: reprodução / Instagram UnB

Eliane Boroponepa Monzilar, de 40 anos, do povo umutina, é a primeira mulher indígena doutora em Antropologia pela UnB, Universidade de Brasília.

Ela não teve a oportunidade de estudar em escola indígena durante a infância e cresceu em meio a referências escolares de vivências que não eram as suas.

“Só fui me entender enquanto indígena e pertencente a um povo quando ingressei na graduação”, conta.

Ela diz quando percebeu que tinha que lutar pelas causas de sua etnia:

“Durante a formação como professora indígena, não só eu como outros colegas fomos cobrados pela nossa identidade. Comecei a procurar saber da minha história, da minha cultura, conversar com os anciãos”, disse.

Hoje, Eliane é professora em uma escola de sua comunidade e, em julho de 2019, tornou-se a primeira mulher indígena a concluir doutorado em Antropologia na Universidade de Brasília.

A etnia

Por sua trajetória, sabe da importância da educação pautada nos saberes dos povos tradicionais como instrumento para fortalecer sua cultura, fragilizada após os primeiros contatos com não indígenas, no século XX.

“A população umutina foi praticamente exterminada, fisicamente e culturalmente, por todo o processo de colonização”, relata.

Registros da década de 1940 sinalizavam a redução da comunidade para apenas 23 membros.

Após décadas de lutas em defesa de seu território e sua cultura, cerca de 600 pessoas, de nove grupos indígenas, convivem atualmente na terra Umutina, de onde retiram seu sustento e reiteram os vínculos com suas tradições.

Eliane reconhece que muito do processo de manutenção da identidade e da memória de seu povo vem do próprio incentivo dos professores indígenas à valorização dos antigos saberes entre as novas gerações.

Essa é uma missão a qual ela tem se dedicado há mais de 15 anos e se interliga a suas experiências na academia. Eliane foi a primeira de sua aldeia a concluir a pós-graduação.

Com o apoio dos anciãos, Eliane ministra aula de campo para incentivar jovens estudantes a conhecer o território umutina.

História

Antes disso, passou pela licenciatura em Ciências Sociais na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e fez especialização em Educação Escolar Indígena.

Em 2011, tomou ciência, por meio de uma amiga, do processo seletivo para o Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais (Mespt) da UnB. Entusiasmada com a possibilidade de conhecer outras culturas indígenas nas aulas de campo, decidiu se inscrever na seleção e foi aprovada.

No ambiente acadêmico, percebeu a possibilidade de intensificar a militância em defesa de seu povo e a representatividade de seu lugar de fala.

“Na Universidade, não sou somente a Eliane. Represento um povo e isso é uma grande responsabilidade, não só por ser indígena, mas por ser mulher”, compartilha.

Durante o mestrado, a pesquisadora propôs-se a incentivar a busca de alternativas que contribuam para a sustentabilidade da aldeia e para reavivar os saberes e fazeres dos umutina.

Ela conversou com anciãos e jovens alunos da comunidade para investigar possibilidades de manejo do território que reconstruíssem conhecimentos tradicionais já em esquecimento, como o cuidado da roça.

A dissertação transformou-se em um livro, publicado em 2018.

Fontes:
http://www.sonoticiaboa.com.br/2019/08/03/professora-primeira-mulher-indigena-doutora-antropologia-unb/
http://noticias.unb.br/112-extensao-e-comunidade/3068-professora-do-povo-umutina-e-primeira-mulher-indigena-doutora-em-antropologia-pela-unb

Aprovada proposta de meia-entrada pra quem doa sangue

Foto: Pixabay

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou projeto que concede meia-entrada em espetáculos artístico-culturais e esportivos para os doadores regulares de sangue.

O projeto de lei, PL 1.322/2019, do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) recebeu voto favorável do relator, senador Romário (Podemos-RJ), nesta quarta, 10.

O texto agora segue para a Câmara dos Deputados, se não houver recurso para votação no Plenário do Senado.

Apesar de o Ministério da Saúde fazer campanhas anuais para incentivar a doação de sangue, um levantamento da pasta demonstrou, em 2016, que apenas 1,6% da população brasileira aderiu a essa prática.

Esse percentual está abaixo de parâmetro da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de engajamento de ao menos 4% da população de um país nesse tipo de doação

O senador Contarato chama a atenção para a necessidade de se criarem outros mecanismos para incentivar os brasileiros a tornarem-se doadores de sangue.

Segundo ele, os estados do Espírito Santo, Santa Catarina e Paraná já concedem o benefício proposto. Outros utilizam a doação regular como critério, por exemplo, para a isenção de taxa de inscrição em concursos públicos.

“Historicamente, o Estado não tem conseguido educar seus cidadãos com a cultura de doação de sangue. Assim, mostra-se necessário que o poder público tome medidas incentivadoras para o ato”, considera o senador.

Romário considera “imperioso” utilizar estratégias inovadoras para estimular as pessoas a se tornarem doadoras regulares.

“A nosso ver, o PL 1.322 é uma estratégia que merece receber atenção especial, pois seu público-alvo é bastante amplo — toda a população que não possui direito a meia-entrada — e utiliza mecanismo simples e direto para incentivar a doação periódica de sangue”, avalia o relator.

Fontes:
http://www.sonoticiaboa.com.br/2019/07/11/aprovada-proposta-de-meia-entrada-pra-quem-doa-sangue/
https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/consumo/noticia/8510464/meia-entrada-para-doador-de-sangue-e-aprovada-em-comissao?fbclid=IwAR2foajdWK4DLWjSHCtwGAATr_nBs_ixUjesv8vczwJULcXXNmhOYRrJKJs

Cães terapeutas fazem menino autista voltar a conversar

Foto: Paula Resende/ G1

Cães terapeutas estão fazendo a diferença em Morrinhos, Goiás.

Raylon Lomeu, um dos 12 pacientes atendidos pelos Bichos Terapeutas, começou a falar após participar do projeto.

Os cães Nino, Thor e Tacha participam de sessões de fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia na rede pública.

Os cachorros ajudam crianças e adultos durante sessões de fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia realizadas na rede pública, em Morrinhos, na região sul de Goiás.

“Com a presença do cão, a gente consegue que ele se comunique, fale com a gente, dê respostas, faça perguntas, coisas que não fazia. A criança fica mais espontânea, à vontade. Foi um resultado incrível”, afirma a fonoaudióloga Meiriely Duarte Silveira, responsável pelo tratamento.

Pai de Raylon, José Ricardo Dias Lomeu espera uma evolução constante do filho.

“Eu me sinto confiante que ele vai melhorar sempre. Cada dia uma coisa que ele faz é uma conquista para nós. Espero que seja independente, consiga se defender”, disse.

Professora do curso de zootecnia do Instituto Federal Goiano, Aline Camargos criou o projeto em 2014 e, desde então, 30 pessoas já foram atendidas pelos bichos — uma maritaca também compõe o time. Atualmente, 12 pacientes fazem terapia com os animais, uma vez por semana.

O tratamento dura, no mínimo, seis meses.

Os resultados surpreendem alunos e professores que desenvolvem o projeto.

“Os animais entram acelerando o processo de ganho de saúde. Me sinto realizada de ver o ganho dos pacientes e, não só dos pacientes, percebo que os alunos que eu trago evoluem muito como cidadãos. A gente percebe que o aluno que está ajudando é alguém que também precisava de ajuda”, destaca Aline.

Seleção dos cãoterapeutas

Para participar do projeto, os animais precisam ser aprovados, inicialmente, pelo veterinário Flávio Barros Costa.

“Os calendários vacinal e preventivo, tanto de verminose quanto de ectoparasita, têm de estar atualizados para que, entrando em contato com os pacientes, os cães não levem nenhuma zoonose ou doença. É um acompanhamento ininterrupto”, afirma.

Além dos testes de sanidade, os bichos também passam por avaliações comportamentais.

“A partir do resultado do hectograma, a gente vai entender o quanto o cão gosta do contato com o ser humano, o quanto é receptivo a outras técnicas, o aprendizado de truques e adestramento”, explica a coordenadora do projeto.

Aline ressalta que, para os animais atenderem bem, é necessário que eles estejam bem.

“O bem-estar desses animais que atuam como co-terapeutas é bem importante para a gente. Eles só podem participar de três sessões de 30 minutos por dia. A gente não pode ultrapassar esse limite porque o animal cansa e, quando está cansado, estressado, ele começa a ter outras reações que diferem do comportamento natural deles”, explica.

“A gente tem a segurança que os cães estão gostando dos atendimentos”, completa a professora.

FONTES:
http://www.sonoticiaboa.com.br/2019/06/24/caes-terapeutas-fazem-menino-autista-voltar-conversar/
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2019/06/21/menino-com-autismo-comeca-a-conversar-apos-terapia-com-caes-em-morrinhos.ghtml?fbclid=IwAR3kAHJ-PFyzSeDe_4_anjn-a8mpH9LPagyW6MKFD1i0esF4EcbPmgoFJqI